domingo, 4 de setembro de 2011

Impossível evitar concluir o inacabado.
Então vem.
Vamos começar... pelo abraço!

Frágil
Não perca as esperanças.
Ela é como uma criança,
que te faz sorrir!
Não perca a ternura.
Não seja tão dura.
Recite Guevara!
Se livre dos arames
que te fazem repartir.
A carne,os pulsos, o pulmão.
Aqueça sua alma.
Tudo vai passar.
Agora, tenha um pouco de calma.
Deite, apague a luz, é a hora de sonhar...
Inquieto coração.
EM VÃO

Como posso amar alguém que não vejo?!
Não ouço.
Não toco.
Não sinto.
Não falo.
Não assumo.
Não calo.
Não pego.
Não sossego.
Não transo.
Não paro.
Não aperto.
Não esfrego.
Não sorrio.
Não sujo.
Não lavo.
Não cheiro.
Não seco.
Não molho.
Não violento.
Não pondero.
Não promovo.
Não propago.
Não ofereço.
Não zelo.
Não entrego.
Não protejo.
Não brigo.
Não amasso.
Não resolvo.
Não retoco.
Não canto.
Não calo...
Há malcriado destino...

AMOR

Deus luta comigo,
é a minha briga diária.
Diz ser meu amigo e
eu empunhando uma navalha.
Eu fecho a porta
ele abre, como em um
conto de fada.
Eu querendo descer
ele me põe para subir.
Ele acha graça eu querendo partir.
Eu planto erva daninha
na história do meu coração.
Ele coloca camomila, chá em efusão.
Diabo de onipresente,
onipotente, prepotente,
me deixe em paz!
Eu caio ele me levanta.
Ele se acha demais.
Eu grito:
- Você me atrapalha!
Eu sou uma causa desnecessária,
ele um ente infinito.
Me tornei uma pagã.
Ele não desiste e
fica murmurando no meu ouvido:
- Amo você cristã!
Ele existe por si mesmo,
eu desito por mim mesma.
Fica me chamando de filha irmã!
Mas meu mundo é escuridão.
Ele me abraça com seu manto e
quer melhorar minha razão.
Diz que estou pronta
para a purificação.
Só porque eu penso em desistir
Acabar.
Me afundar no mar.
E é onde quero estar.
Ele me estende a mão!
Ele fala no Éden, nas estrelas
e em bem estar. Ficar.
Quem ele pensa que é?
Dizendo tudo de bom?
Jamais sendo evasivo?
Apagando minhas chamas acesas...
meu fogo, explosivo!
Faço trabalho ele desafaz.
Vira minhas páginas, as más.
Deus!! Escuta!!
Eu Sou amiga do satanás!
Nao quero me curar de nada.
Eu não tenho salvação.
Sou a própria perdição.
Eu fiz uma transfusão.
E não possuo o seu sangue
e nem comi do teu pão.
Ele calmamente fala.
E me abraça.
Seu amor se foi, mas está comigo
sentado ao meu lado,
olhando o infinito.
Na hora certa, vocês
terão o novo encontro...
Não se desespere.
Não se apresse.
Aqui é tudo lindo, vívido!
A paz ficará contigo.
Respira. Estou pedindo...
E eu sei que está me ouvindo
Deseje sempre o próximo!
Um caminho.
Um afago.
Nós dois juntos em um ninho.
Um próximo momento.
Um aconchego.
Bem quentinho.
Fica comigo,
você é o meu próximo...
desejo.



Não se afaste das pessoas que ama, o caminho de volta pode ser muito longo.

Deseje sempre o próximo!
Um caminho.
Um afago.
Nós dois juntos em um ninho.
Um próximo momento.
Um aconchego.
Bem quentinho.
Fica comigo,
você é o meu próximo...
desejo.

Caio, me dá um conselho?
Sério: estou precisando de algo sincero, honesto, verdadeiro. Como você.
É que meu coração se partiu ao meio.
Estou faminta de vida, mas não sei se anseio.
Mudar tudo, machucar alguém. Renunciar ou fugir?!
Segura minha mão, Caio.
Fala para meus olhos: em que direção... eu me norteio?

Pedindo conselhos ao Caio Fernando de Abreu.

Coragem

Coragem

Tenho medo da felicidade.
O vício me apavora.
Sou tendenciosa ao perigo.
Vejo a janela aberta, meu
corpo se joga.
Salto sem pára-quedas!
Tenho medo da fidelidade.
A monogomia me arrepia.
Sexo para mim é sagrado,
como a água e o vinho.
É minha exagerada mania.
Pratico todo dia.
Tenho medo da maturidade.
Ser controlada me enlouquece.
Não penso nas horas e
detesto compromissos.
Adoro rir por nada e
brincar de médico.
Sem complexos.
Eu sou apenas diferente.
Tenho medo da serenidade.
Gosto do meu dial no máximo.
Nunca acaba minha bateria.
Faço mil coisas ao mesmo tempo.
Adoro uma estripulia!
Tenho medo do amor.
Algo eterno não me completa.
Gosto da minha porta aberta...
Entra e sai gente, para que
a monotonia?
Provar que se gosta é o avesso
da vida!
Se temos tantos sabores?
Para que acordar, olhar
para o lado e sempre
tocar a mesma fisionomia?
Me chame de bipolar,
eu não me importo a
minha tatuagem é um escrita.
Diz assim:
Eu quero é sintonia. Viva!
Me grite um NÃO!
Mas eu te peço, não me ignore assim.
Não também é resposta, mas eu prefiro um SIM.
Agora ignorar, maltrata, dilata um sentimento ruim.
Melhor ficar em silêncio. Juntos.
E acabar com o buraco que existe em mim...
Mas acho que prefiro o NÃO, do que viver assim.