segunda-feira, 16 de julho de 2012

A distância, mas continua sendo amor.

É como uma grande casa, em que entrei me comprometendo não sair. Mal sabia eu que seria tão bom, que apesar de nunca tê-lo sentido, o amaria. Sôa tão estranho eu nunca sentir isso por ninguém, sem ter tocado ou até mesmo visto. Amor se chama a casa que entrei me comprometendo não sair, que às vezes me faz ter a impressão que está a desabar, ou até mesmo a precisar de um reparo. Eu irei lutar por você, vou lutar por esse amor.
Posso não estar junto a você 24hrs, mas lhe amo. Posso não ser a princesa dos contos de fada da Disney, mas posso ser sua princesa com defeitos e qualidades. Eu sei que você está longe, mas o que me deixa feliz é que estamos ligados pelo mesmo céu. E apesar de toda a nossa diferença, estamos ligados pelos mesmos sentimentos: a compaixão e o carinho que sentimos um pelo outro. É difícil para eu descrever tudo isto numa pequena palavra, pois tantas pessoas usam sem ao menos saber o que é. Tenho medo de errar. Tenho medo de não estar certa. É esse amor confuso, essa coisa dentro de mim que me deixa assim, tão confusa. Tão sem certeza. Eu só quero que dure, quero que não seja passageiro, quero que seja eterno. O eterno agora. O nosso eterno agora.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O que eu chamo de amor

Nunca fui boa em falar de amor, mas agora estou me aperfeiçoando, eu e o amor sempre tivemos uma relação não muito harmoniosa, quando eu queria ele contrariava, e quando eu não estava nem ai, ele insistia.
Mas com o tempo aprendemos um com o outro.
Tive que aprender que amor, não é simplesmente dizer “eu te amo”, mas amar a qualquer momento, amar estar com a pessoa, amar suas qualidades e defeitos, fazer planos e sonhar um futuro ao seu lado. Aprendi que o amor a gente não encontra em qualquer lugar, mesmo que no lugar mais estranho você o encontre.
Aprendi que amor não é passageiro e sim, uma viagem sem fim. Aprendi que não tem nada mais lindo do que olhar pro lado quando você acorda e ver que aquele Amor ao seu lado, é todo seu. Aprendi que amor é feito de momentos marcantes, de desejos antes tão bem escondidos, agora todos realizados.
Alguns dizem que o amor é cego, pois eu acredito que sua visão é única e que nada melhor do que visualizar a tudo isso.
Aprendi que amor é acordar a cinco da manhã só pra tirar foto do nascer do sol, aprendi que amar é ter ciúmes, não aquele ciúme possessivo e sim ciúme de alguém gostar tanto quanto você.
É sonhar em ficar velhinho ao lado de uma única pessoa.
Aprendi que por mais diferentes que sejam algo os torna iguais.
Que é cuidar, amar, defender e acima de tudo respeitar.
Aprendi que o amor é algo que você não deve ficar a vida toda esperando bater a sua porta. Então, desligue do mundo, viva, aproveite e se você não o encontrar não de importância, um dia ele encontrará você.
E o que o amor aprendeu comigo?
Que Ele é único.

Sempre comigo(conto)

Inverno de dois mil e dezessete

Aqui faz muito frio, lá fora o ar parece petrificar tudo, as árvores não têm mais forças para sacudir suas folhas, folhas essas que caem feito pedra na grama congelada.

Aqui é frio, meu coração suplica por um pouco de calor e por algo que o faça ter forças para recomeçar, mas infelizmente você levou tudo de mim. Na minha frente tenho a bela imagem do inverno que chega tão depressa e sem pedir passagem vai transformando tudo da forma que deseja. Lembro que essa era a nossa estação preferida e que sempre saíamos para fotografar essa linda estação.

Estou sentada frente à lareira, enrolada no cobertor, com uma xícara de chocolate quente do lado e com meu caderno esperando algumas palavras na mão.E por alguns minutos a felicidade toma conta de toda a tristeza, ao sentir que você pode estar próximo.

Mas isso é por pouco tempo, pois a solidão dessa casa me assusta e eu me vejo perdida num lugar que antes era o refugio perfeito para nós dois, para o nosso amor. Nós dois, era tudo que antes eu tinha e hoje me contento com a parte fraca do que sobrou.

Tudo aqui ainda lembra você, a sua foto ainda está na mesinha de cabeceira, suas roupas ainda ocupam aquele espaço no meu armário e o seu cheiro ainda está pela casa. Eu ainda acordo toda a manhã e chamo você, depois com lágrimas nos olhos tento bruscamente esquecer o que passou. Eu ainda arrumo a mesa do jantar para duas pessoas, arrumo a roupa do banho para duas pessoas e ainda escuto você cantando aquelas suas músicas que me irritavam demais. Ainda imagino como seria nossa viagem para a Holanda e como eu me sentiria no mundo das tulipas. 

Ainda comemoro nosso aniversário mensal de namoro e compro livros para lhe dar. Talvez eu me recuse a aceitar a sua perda, ou talvez você esteja mais próximo de mim agora. Eu sei que devo deixá-lo em paz e viver a vida que somente a mim restou. Mas eu não quero meu amor, eu não quero passar o resto dos meus dias com essa dor no meu peito, com meu coração em pedaços e com essa saudade sem fim. Eu não quero amor acordar todos os dias e não sentir o gosto do seu beijo e o carinho do seu abraço. Eu não quero fechar os olhos e ficar somente imaginando que ainda tenho uma vida e que não sei quando o verei de novo.

Eu não culpo ninguém por você não estar mais comigo, eu entendo que tinha que ser assim, somente não consigo aceitar a tudo isso. Ta sendo difícil demais me sentir tão sozinha e tão abandonada e certamente esse inverno não terá fim.

Espero que de onde estejas, estejas bem. Espero que não tenha me esquecido e nem tenha deixado de me proteger, pois agora tenho outra vida que depende da minha, a vida que aos poucos cresce dentro de mim. É amor, hoje eu peguei o resultado do exame de sangue, e você será papai. E agora não importa onde estejas, estará sempre comigo, como essa saudade está.

Com eterno amor, das tuas eternas mulheres.

Em minhas mãos (conto)

Tudo começou tão diferente dos outros namoros, acho que minha relação com Brayan nunca foi um exemplo de perfeição ou pelo menos perto disso.Tínhamos tudo e nada haver um com o outro, ele era bipolar demais e eu impaciente demais pra esperar. Quando eu esperava um carinho, um aconchego ele vinha com grosserias e mal humor. Quando eu estava nem ai pra nada e querendo desistir dele, a coisa mudava e era nessas horas que eu não tinha coragem de deixá-lo.
Por mais que Brayan nunca tenha sido um namorado prestativo eu o amava, não sei por que e nem quando começou, mas tinha algo nele que me encantava profundamente, talvez fosse apenas o meu amor por ele. Tudo isso estava me cansando demais, me deixando triste demais, deixando todos de lado, inclusive eu mesma.
Queria poder viver tanta coisa ao lado do meu namorado, queria poder fazer planos sem ser contrariada, queria contar do meu dia sem ser criticada. Pensei que meu sentimento fosse capaz de suprir a falta que ele me faz, mas não foi e nunca será. As pessoas me aconselham e eu confesso que me sinto uma palhaça vivendo uma relação dessas, mas o que eu posso fazer? Deixá-lo? Já pensei inúmeras vezes, mas o meu coração sempre resolve as coisas por mim. Por mais que eu me esforce para ser tudo aquilo que eu gostaria que ele fosse, meu namorado se recusava a sequer lembrar do nosso aniversário de namoro. O único presente que eu ganhei dele em vinte e quatro meses juntos, foi um convite para o cinema, caso esse que aconteceu há muito tempo e gerou isso que acontece hoje, nós dois juntos, porém distantes.
Então uma ligação mudou tudo e me fez ter coragem e tentar me amar uma vez na vida.
Era na base de vinte horas, meu telefone toca, a ligação era restrita, eu pensando que era Brayan, atendi eufórica, mas somente ouvi:
- Não sou ele, mas sou quem está com ele. Você nunca foi amada, porque o amor que você queria, me pertencia e sempre irá me pertencer. Se você não acredita no que está ouvindo mais uma vez, venha ao apartamento dele, você encontrará todas as respostas que precisa.
Aquela voz era conhecida, mas na confusão dos meus pensamentos não consegui decifrar, apenas peguei minha bolsa e fui correndo conferir se tudo aquilo era verdade.
Pelo caminho as lágrimas já rolavam por imaginar a cena, ou o que eu iria ouvir, eu não conseguia acreditar nisso, mas tudo tinha nexo, tudo agora fazia sentido, ele só podia ter outra.
Ao chegar ao apartamento dele, minhas pernas trambolhavam de nervosismo, mal conseguia tirar a chave da bolsa. É porque eu iria bater e dar tempo de alguém se esconder, se eu tivesse que ver algo, seria na cara, na hora, sem mentiras mais.
Ao pegar a chave as dúvidas mais uma vez bateram e eu não sabia se estava agindo certo. Porém se eu entrasse e ele estivesse com alguém, eu iria enlouquecer. Se não tivesse ninguém eu iria enlouquecer também por ficar mais sem saber se é verdade ou não.
Com a chave em minhas mãos e com a cabeça a mil, tomei a decisão, abri a porta. Tudo tava escuro, só havia uma música baixa, fui direto ao quarto dele e pra minha grande decepção, meu namorado acompanhado. Aquela cena transformou a pessoa que existia em mim, der repente os meus olhos se abriram meu coração se clareou e minha mente enfim, entendeu tudo. Meu coração? Esse talvez nem tenha sido tocado, prefiro assim, antes de tudo consegui bloqueá-lo pra não sofrer mais.
Não consegui dizer nada, apenas olhei pra eles e aplaudi. Isso mesmo, aplaudi pelo show e agradeci por eles terem me libertado de algo que eu imaginava ser tão bom, mas que se tornou tão ruim pra mim.
Brayan visivelmente surpreso, tentou evitar minha saída, e gaguejando tentava encontrar uma explicação pra aquela cena horrorosa. E a pessoa que estava com ele me marcou profundamente, era uma colega de trabalho dele, que convivia demais conosco. Alguém que eu jamais suspeitaria. Enquanto Brayan gritava e implorava para que eu lhe escutasse, mesmo eu não emitindo palavra alguma, fui até Sofia, olhei nos seus olhos e com todas as minhas forças dei um tapa em sua cara, tapa esse que ela tentou revidar, mas não conseguiu. Brayan me agarrou e disse pra mim me controlar, quando viu o ódio existente em meus olhos ele me soltou, e naquele momento eu percebi que não valeria a pena me arriscar, fazendo algo que não me levaria a nada, apenas alimentar minha raiva. Mas com meu coração partido consegui dizer apenas:
- Obrigada por ter me impedindo de viver dois anos da minha vida. Obrigada por mentir, por enganar e por ser tão cruel. Sei que estava na minha frente que você não gostava de mim, mas teve coragem pra fazer isso e não teve coragem pra terminar comigo. A única coisa que eu te desejo é, azar, muito azar na tua vida.
Minha mão queimava de ódio e não consegui evitar outro tapa, mas esse foi pra me libertar de vez. Algo que eu já tinha que ter feito.
Não olhei nem um minuto pra trás e não derramei lágrima alguma na frente deles, apenas sai em silêncio.
Quando sai do prédio, respirei fundo e apartir dali comecei a me amar. Estava visivelmente triste com o que tinha acontecido, porém bastante aliviada em saber da verdade e não viver sendo usada.
De tudo isso descobri apenas uma coisa, que minha vida depende de mim, assim como minha felicidade, meus planos e minhas conquistas. Pessoa alguma, sendo amigos, namorado, pai e mãe, viverá a minha vida, apenas estará nela, ninguém irá sentir minhas dores e tomar as minhas decisões. Aprendi que tudo depende exclusivamente de mim e que meu destino sempre estará em minhas mãos, só basta eu abrir os olhos e seguir o caminho certo, assim como estou fazendo agora.

A falta que ele me faz(conto)

Estava começando uma das últimas noites de agosto, um mês muito estranho, onde eu me dividia entre sonhos e realizações, entre medos e coragens, entre um amor e a dúvida, não pela duvida do amor e sim do amor por mim.
         Às vezes me acho tão complicada, não queria na verdade estar escrevendo tudo isso, mas as palavras parecem fluir naturalmente e incrivelmente eu não consigo controlar mais esses pequenos dedos que já escreveram tanto. Meu rosto está parecido com aquele dia que eu me senti tão sozinha no meio de tanta gente, quando um alguém disse para eu ver minha própria imagem, e tão vergonhosamente não consegui, na minha mente imaginei como me viria e como estava sendo estranho para aquelas pessoas me verem daquela forma.
         Na minha cabeça passavam cenas de uma vida incompleta e que por mais que eu tente me esforçar, permanece assim, simplesmente incompleta. 
         Ao meu lado uma xícara de chá, vários livros que não terminei de ler, minha câmera lotada de fotos com as últimas boas recordações de um final de semana, pelo chão papeis dobrados, amassados, com frases mal escritas, uma florzinha que eu ganhei recentemente implorando para ser salva, meus olhos continuam inchados da noite passada, minha roupa amassada esconde meu corpo bastante fraco querendo reanimação, pelas paredes riscos que eu mesma fiz num momento de desespero, meu roupeiro antes tão bem organizado agora se encontra vazio, é, porque todas as roupas estão amarrotadas em um canto, por todas as vezes que a duvida bateu de qual vestir. Do meu som ecoa uma música muito familiar, algo que por mais melancólico que seja, é a única coisa que me anima, e eu não me importo se ela ta tocando há duas horas.
         Entre linhas deste texto eu deixo lágrimas caírem, as mesmas lágrimas que caem por minutos sem saber ainda o motivo certo. Lá de fora eu ouço o som da chuva que chegou sem avisar, peço que o vento que a acompanha leve junto todos os meus medos e que eu possa agora cessar esse coração que tão aflito se encontra. 
         Meu telefone toca, - mas eu nem sei onde ele se encontra. – eu o procuro rapidamente, mas quando eu o encontro já foi perdida a chamada do numero desconhecido, impossibilitando assim que eu saiba quem haveria de se importar comigo naquela hora. Ele toca novamente, eu atendo meia sem voz e pra minha grande surpresa era meu namorado me cobrando o porquê do sumiço. Incrivelmente espantada eu o deixei sem respostas, porque eu nem lembrava que tinha um namorado. Dei uma desculpa qualquer e marcamos um encontro para essa noite, mas eu não estava a fim de sair da minha casa, do meu canto, do meu quarto desarrumado e muito menos ver pessoas se divertindo e eu ali com aquela cara de que tudo um dia vai mudar, ou, eu um dia possa mudar em relação a isso. 
         Vou ao amontoado de roupas e acho um dos vestidos que havia ganhado de Ítalo no nosso ultimo aniversário de namoro, um lindo tomara que caía, na cor lilás, com detalhes em pedrinhas brilhosas, curto, mais curso agora naquele pequeno corpo. Pego também um casaco combinando. Escolho uma linda sandália que tinha comprado na ultima vez que me presenteei, meu par de brincos preferido, uma linda gargantilha presente de minha mãe, coloquei na cama juntamente com perfume ainda na caixa que havia ganhado em uma dessas promoções que você tem que escrever uma frase bonita, onde a frase ganhadora não tinha nada de bonita e sim, um relato de um coração que ainda tem esperança de ser salvo. 
         Deixei tudo pronto e fui para o banho. Quando a água tocou meu corpo eu tive uma reação desesperada, minhas lágrimas não se controlaram e parecia que queriam ser expulsas de uma vez só. Por minutos estive ali, só sentindo aquela sensação gostosa, meu corpo exausto daquele dia cansativo, de horas de auto-ajuda após o trabalho, foi se reanimando.
          Saio do banho e minha mãe está no meu quarto, ligeiramente sinto o que está por vir e já preparo meus ouvidos para não escutar tudo aquilo novamente. Ela fica ali por minutos reclamando, gritando e xingando, eu somente continuo a me arrumar como se ela não existisse, pois, às vezes, não tocar no assunto é a melhor coisa a fazer, eu sei o quanto minha distância machuca os outros, mas nada perto do sofrimento que a mim mesma causo.
Esperei minha mãe se retirar e coloquei o vestido, passei uma leve maquiagem, pus o perfume e por último minhas bijus. Arrumei meu cabelo com uma simples trança para lado direito e franja para o esquerdo. Por fim, consigo escutar alguma coisa que preste da boca daquele ser que me colocou no mundo, ela, aquela que eu trato por mãe  disse que Ítalo estava a me esperar.
         Ao chegar à sala lá estava ele, lindo, com aquele perfume que me hipnotizava, com aquele olhar que espantava qualquer tristeza e nos braços um lindo buquê de tulipas vermelhas. Óbvio que fiquei sem reação frente aquilo, e lentamente tentava me lembrar que dia era hoje, mas minha mente estava aos poucos retomando ao normal. Ele pegou minha mão e elogiando o belo vestido que eu vestia e mais ainda o gosto de quem me deu, disse que hoje ele não havia trazido algo para que eu usasse, mas sim para eu nunca esquecer. Foi então que me toquei que mais um vinte e dois havia chegado e eu tão cruelmente não me recordava. Uma mistura de ódio e nervosismo tomou conta de mim e eu não sabia o que fazer. Depois de alguns segundos estatizada, sorri e disse para ele que importante mesmo não é o presente e sim a lembrança da data, coisas essas que cruelmente eu tinha esquecido depois de alguns anos ao seu lado. Ele me deu um beijo demorado e aquilo foi capaz de apagar todos os péssimos pensamentos que ainda restavam em mim.
         Lembro-me que a nossa noite foi perfeita, perfeita como todas as outras ao seu lado. Acordei na casa dele, eu ainda sonolenta abri os olhos, olhei pro lado esquerdo e lá estava o dono de todos os meus melhores sentimentos, o homem pelo qual eu não era nada sem te-lo por perto. Fiz café da manhã pra nós, coisa rara, porque sempre isso era algo que ele fazia questão de sempre ser o comandante.
         Depois de termos saboreado, modestamente aquele delicioso café, Ítalo foi tomar banho. Foi em fração de segundos longe dele para que eu me tornasse aquela pessoa antes do jantar. As lagrimas voltaram e a falta que algo me fazia me corroia. Queria imediatamente sair dali, me esconder de tudo novamente. Foi o que fiz.
         Encontrei a agenda dele, abri na data e escrevi as seguintes palavras:
         “ Mais uma vez você conseguiu me surpreender, mais uma noite ao seu lado inesquecível, mas eu me torno fraca sem você por perto. Obrigada por mais um dia ao meu lado, por mais uma vez acordar com teu olhar junto aos meus, por saber que eu sou amada. Porém desculpa por todas as vezes que fraquejei, por todas as vezes que lutei sem esperanças. Agora eu vou partir, como da última vez, na esperança que você não demore para me encontrar, na esperança que sua imagem não desapareça de novo  dos meus olhos e que aquele calor não se apague do meu coração. Esperei você por toda a vida, esperarei você mais uma vez. Daquela que ainda não é completa, daquela que sente sua falta como nenhuma outra pessoa, daquela que sabe o que precisa para ser feliz.
                         Daquela menina que se esconde de si mesma.”

Sobre o amor(coisas de Juh)

Não sei se tenho uma explicação convincente a mim mesma, quando se trata do tal do amor. Não sei se nasci com esse dom, ou aprendi a amar apenas admirando esse sentimento.
Ainda não sei se os tais sintomas que definem o “SDA”, são realmente verdadeiros, ou se é apenas uma coincidência de sentimentos, que algumas pessoas utilizam para distingui-lo ou até mesmo para disfarçá-lo, assim como eu.
            Não sei se tenho motivos o suficiente para me render aos momentos que chamamos de amor, ou se tenho motivos para não querer ser hospedeira disso tudo.
Sinceramente, queria saber como isso acontece e o porquê permanece.
Pra quem tem uma carga grande de sofrimentos poderia decifrar o amor, como uma das doenças mais dolorosa, que só tem cura com a transfusão total desse sentimento, arriscando assim estar infectado novamente.
Pra quem deseja ter um amor, definiria como algo impossível de se ter, complicado de se conquistar e necessário encontrar.
Pra quem tem um amor, diria apenas que não tem explicação. Que apenas quem vive sabe o que é, e que não é apenas um sentimento passageiro.
Já eu defino o amor, apenas como um sentimento que rege as pessoas, que faz tudo ter um sentido diferente e assim fazer coisas diferentes, que te impulsiona aos sonhos, que te faz pensar em dobro e certamente pensar melhor. Não definiria o amor como algo que te faz sofrer, apesar de já sido rendida a isso. Acredito que só sofremos se permitirmos isso e cometemos a grande injustiça de colocar a culpa no amor.
Ele nunca será o cara perfeito, nem ela a menina dos seus sonhos, sabe por quê? Porque isso não existe nesse caso, você apenas tem uma pessoa que te completa de alguma forma, e é essa forma que cada um tem que descobrir pra ser feliz. Então viva não a procura do amor, deixa ele te encontrar. Não viva na expectativa de ser feliz todos os dias porque isso é impossível, felicidade no máximo dura oito horas por dia, mas e o restante ? O restante você utiliza nas desculpas impedindo que ela aconteça.
Então, a partir de hoje se permita ser feliz que assim você irá se permitir a amar e o mais importante, assim você vai saber como é ser amado.
E você, sabe o que é o amor?
Sim ? Então, ame e viva !

O amor,seu tempo e suas marcas (conto)



Uma vez uma linda menina, se viu deparada com o sentimento que mais machuca, que faz perder noites de sono, que a fazia suspirar do nada e levava seu coração ao extremo da ansiedade; quando ela fechava os olhos via somente uma imagem, a daquele homem que um dia a encantou!
O que ela sentia era amor, o mais lindo, puro e sincero amor.
Mas ela teve medo, medo de não sentir sempre aquilo, que um dia acabasse e ela não tivesse a oportunidade de dizer a ele o que sentia!
Foi então que o destino os colocou juntos e ela percebeu que o que sentia era mais forte, mais forte que ela mesma!
Ali nasceu uma grande amizade, só que não eram um sentimento de ambas as partes, porque nela ainda estava alojado o tal amor.
Ela seria capaz de deixar tudo, todos e ficar com ele. Mas ele não faria o mesmo por ela.
Seu próprio coração a enganou, pois ela achava que era correspondida. Ele tentava a fazer entender que talvez com o tempo ele pudesse amá-la e assim corresponder o que tanto ela queria. Foi sincero ao dizer que nunca sentira esse sentimento que ela tentava traduzir e que jamais tinha dito eu te amo antes, mesmo que fosse pra agradar alguém. Que gostava de sua companhia e que sentia sempre sua falta ao ficarem longe. Carinhosamente disse que não a amava ainda, que não era nem paixão o que sentia, era apenas um sentimento forte e que no momento não tinha nome.
O mundo dela desabou, pois seu próprio sentimento a iludiu, e ela não teve paciência de esperar, queria que ele a amasse momentaneamente e então não pensou nem duas vezes e cometeve o maior pecado tirou a própria vida. Acabou com seus sonhos, destruiu o amor mais verdadeiro que existira e o pior, não soube dar tempo ao tempo.
Ele não sabia o que fazer, pois ela já fazia parte de seu mundo, mesmo com seu jeito calmo de viver e de saber que tudo acontece quando tem que acontecer, ele não queria entender o porque dela ter feito tamanha destruição com seu coração.
Seus dias nunca seriam o mesmo, pois não teria mais junto de si aquela menina meiga, alegre, que atrás dos lindos olhos negros escondiam uma tristeza profunda, que ele sempre tentava apagar. Não teria mais junto de si a tal amiga, a mulher que ele confiava, aquela que fazia seu coração disparar, suas mãos suarem e seus pés não sentirem o chão.
Foi então que ele descobriu o que tanto ela queria, ele a amava... E ela acabou com tudo, só por ser ansiosa. Ele não queria se conformar com isso, e não acreditava que nunca tinha dito para aquela mulher o que tanto ela sonhou o verdadeiro, puro e sincero, "eu te amo".
Pela primeira vez em sua vida ele sentirá isso, e não poderia mais expressar esse sentimento. Daí veio o medo, a culpa, o arrependimento e a certeza, ele a amaria pra sempre, mesmo que nunca mais sentisse o sabor de sua boca, nem o calor de seu corpo.
Ele perdeu o amor que tanto esperou, ela perdeu a chance de ser realmente amada.

Moral da história:

O amor tem tempo próprio e não o tempo que você deseja que ele tenha. Saiba esperar, porque talvez em breve você entenderá cada linha, cada letra e cada vírgula da sua história e porque ela foi feita pra você.