quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Afinal o q nós mulheres esperamos de um homem?


Não esperam muito, eu garanto. Fazendo parte desse fiel grupo que se preocupa cada vez mais com o sentimento (falo por algumas e não por todas), garanto que não é nada complicado entender o que esperam em um  homem. 

Não sei ao certo, mas homens tem milhares no mundo e o que de fato procuram talvez seja o amor. Exatamente por isso, não deixe que uma mulher se apaixone somente pelo que você tem a oferecer. Faça com que ela goste de você. No fundo, talvez nenhuma mulher saiba exatamente o que quer, mas acredito que elas só querem alguém que tenha uma sensibilidade suficiente para saber diferenciar o dia em que elas precisam de um abraço amigo do dia que querem um beijo maiscaliente. Alguém que saiba instigar o suficiente para que ela queira mais. Que divida seus segredos sem mostrar que isso representa uma ameça. Que não assuste, não pule fases. 

Mulheres gostam de saber o que está por vir, mas não querem um cara completamente prevísivel. Mulher gosta de mensagem no meio da tarde, bombom de vez em quando no fim de semana, um convite inesperado, um beijo na bochecha com gostinho de carinho. Tente aprender a sutil diferença entre um dia de carência e um dia de conversa - eles vêm aos montes e entender o que difere um do outro pode causar milagres.
Não precisa entendê-las por completo, saiba somente respeitar. Respeite sua TPM, saiba compreender suas crises. Não aceite qualquer atitude fútil, mas aprenda a dose necessária para conviver em harmonia com elas. Se necessário (e muitas vezes é), saiba respeitar até o tempo que ela leva para arrumar: a demora não é por mal, sério.

Acima de tudo, se tiver apaixonado, mostre. Não é vergonha nenhuma lembrá-la disso. Entenda que existem os apaixonados (equilibrados) e os melosos. Queira estar na primeira categoria. Mulher gosta de ser lembrada do quanto é desejada, amada ao invés de saber que existe um cara grudento que a sufoca. Uma vez ou outra ela pode estar falante demais, carente demais ou sossegada demais e eu te garanto: Isso passa. Algumas mulheres vivem de fases e se acha que merece, mostre que quer permanecer em todas.

Lembre-se: Dizer um 'eu te amo' uma, duas ou três vezes não faz mal. Se ela não ouvir de você, ela vai querer ouvir de outro e no dia que isso acontecer, meu caro, eu sinto muito por você

Sequestro meu coração


Às vezes você encontra alguém que te rouba, te seqüestra. E não é seqüestro físico não. É seqüestro sentimental, do coração. Às vezes - às vezes não, sempre – seqüestros não são bons, e nesse caso não seria diferente. Às vezes você encontra alguém que te suga tão de leve, que na hora que você percebe, mais da metade de você já se foi. Um vazio preenche o espaço oco e você jura não entender o porquê, mas no fundo sabe a verdade. De vez em quando a gente nem percebe quando acontece, mas às vezes a gente se deixa ser roubado e na hora que percebe o prejuízo, passa a arrepender amargamente por isso.

Aí você começa a querer lutar. Volta a fazer o que fazia antes, corre contra o tempo, contra a vontade, contra o orgulho e às vezes você custa a conseguir. Você tem vontade de ligar para o seqüestrador, para o ladrão que te levou a alma, que levou o melhor que você tinha, mas você resiste, resiste, desiste e liga. E percebe como é engraçado como tudo fica ainda mais vazio depois que cede à vontade que você nem sabe de onde vem – afinal, ele não levou tudo? De repente você começa querer fugir, fugir dele, do pouco que te resta. Você precisa voltar, sabe que precisa se livrar desse cativeiro que deixou ser construído na sua mente, sabe que precisa da razão, mas ela, incompleta, não é capaz de agir. Porque, acredite: razão sem o desequilíbrio do coração também não costuma funcionar. E às vezes você começa querer deixar o desespero bater, mas vai lá e pega um livro, faz de conta que ainda sabe fazer o que gosta e passa a analisar criticamente a situação: Ele conseguiu. Se esse não era seu objetivo – porque, aliás, nunca deve ser! – ele chegou chegando. O que era para ser saudável virou pedra e começou a te machucar, e você passou a sentir que é só você que está sendo machucada também. Percebe que essa não é a primeira vez que você se deixa levar, essa não é a primeira pessoa que te rouba e, se for ou não, você precisa fazer alguma coisa.

Um drible ali, um tapa na cara que a vida te dá aqui e com muita calma, você volta a ser você. Talvez você ainda esteja com a pessoa, talvez não. Se estiver, que você tenha aprendido a moral da história, que, por sinal, agora sim pode ser um conto de fadas. Se não estiver, eu te garanto que os machucados logo virarão cicatrizes e que um belo dia você irá olhar nos olhos dele e pensar: “Estou grata por me ter de volta e ainda mais apaixonada por mim mesma. Obrigada.”

Essa sou eu

Eu sou assim. E eu nem deveria pedir desculpas por isso, porque eu simplesmente sou assim. Às vezes, mudo na velocidade do vento. Em outras, tão rápido como uma tartaruga. E eu nunca pedi que as pessoas tivessem paciência por conta disso, porque sou eu. Eu tenho paciência comigo mesma e sei que certas pessoas não têm. E eu não vou pedir desculpas por conta disso, porque é assim que as coisas funcionam. Posso ser quente, mas sou capaz de chegar à frieza bem rápido. Tenho a péssima mania de insistir no que para mim ainda vale a pena, mesmo que no fundo não valha nada. Sei não, mas eu me acho meio estranha. Gosto de solidão, contanto que minha alma não se sinta só. Gosto de viver rodeada de pessoas, contanto que elas não invadam minha tranqüilidade. E, olha, eu abri mão de parte da minha tranqüilidade por muita coisa nessa vida e não me agrada nem um pouco ficar aqui chorando por certas coisas que no fundo também nem merecem minhas lágrimas. Eu gosto muito de mim, mas me cobro com o fervor de um professor que só quer sacanear seus alunos. Eu gosto de paz, mas posso ser tempestade assim que eu me permitir.

Não gosto de choro, mas vira-e-mexe eu estou chorando. E eu nem me julgo por isso. Eu sou assim. Um tanto desespero, aliado a pouquíssimas doses de razão, mas conectados a muito amor. Sou um borbulho de idéias gritando por alguém que queira me escutar. Sou o sim, mas posso ser o não. Sou o tormento de uma sexta à noite e o tédio de um domingo pela tarde. Eu nunca te disse que eu era simples e nem madura. Eu havia lhe dito que eu sou simplesmente assim. Complexa. E sim, eu lhe dou o direito de cansar, porque eu sempre me canso. Me cansa ser assim às vezes, mas aí a gente vai levando. No fundo, eu gosto disso tudo. Nunca pedi para ninguém me tolerar. Prefiro que as pessoas fiquem perto pelo o que sou e não pelo o que posso oferecer. Se não gosta, simplesmente se afaste.

Eu sou complicada. Eu sei que sou complicada. Mas acho as mudanças tão difíceis quanto equilibrar um ovo na ponta de uma faca presa pela sua boca. Comparação ridícula, eu sei. Mas eu também sei ser ridícula às vezes e para certas coisas minha ficha quase nunca cai. Uma vez me disseram que a gente só muda pela gente mesmo. Se alguém lhe pede para mudar, você não vai porque você não quer. Às vezes acho isso errado, mas tenho medo de ser exatamente isso que acontece. Gosto de me ter assim. Gosto de ser assim, porque eu aprendi a ser quem eu sou. Não foi fácil chegar até aqui e não vai ser fácil chegar até onde quero, mas eu vou tentando. Equilibrando um defeito aqui e outro ali, transbordando em lágrimas enquanto tenho um tsunami de palavras tomando conta de mim. Eu sou assim. 

Eu também te amo...


(Talvez eu devesse situar quem lê esse texto. Talvez não. É só um diálogo perdido memória de um casal. Um diálogo que nunca aconteceu, mas que permaneceu misteriosamente na cabeça de ambos por muito tempo. É parte de dois corações que se amam afastados pela cegueira temporária de paixões. É só a essência de um casal que não consegue ter suas exatidões somadas e, por isso, resolveram se afastar.)

- Oi, boa noite!
- (Silêncio) Cadê sua namorada?
- Boa noite para você também! Mas ela não veio. Tudo bem com você?
- É, estou bem sim. Quanta ironia do destino, ein? Nos fazer encontrarmos logo aqui, sozinhos...
- Uma hora ele ia agir à nosso favor. Demorou muito até.
- Verdade. (Silêncio) Será que a gente pode conversar em outro lugar? Tem muita gente conhecida aqui. Não quero fofoca atravessada depois.
- Claro, vamos ali comprar algo comigo.
(...)
- Mas, e aí? Está gostando do show?
- Estou. Por que veio sem ela?
- Ela não curte esse tipo de coisa. (...) No fundo, imaginei que você estivesse aqui. Lembra quando eu não podia ir aos shows e então eu te ligava só para escutar uma música sequer?
- Lembro. Lembro de muita coisa também.
- Para ser sincero, eu nunca esqueci nada. (Silêncio) Queria te pedir desculpas por tudo que aconteceu.
- Desculpa por ter amado outra mulher?
- Não! Desculpa por ter te feito sofrer, porque eu sei que fiz.
- Olha, eu tive raiva de você. Eu quis esquecer tudo que a gente viveu, porque na verdade, tudo foi parte de um amor que eu vivi sozinha.
- Eu sempre disse que só seríamos amigos...
- E eu sempre achei que pudesse te convencer do contrário, mas quebrei a cara. Seus olhos sempre deixaram bem claro quem você realmente amava e eu sabia que não era eu essa pessoa.
- Você ainda tem raiva de mim?
- Não, porque eu sempre quis te ver feliz. Mesmo que não fosse comigo.
- E eu já nem sei se sou feliz com ela...
- Sinto muito por isso, mas essa foi sua escolha. (...) Por que simplesmente não termina, então?
- Por que acho que tenho medo de não encontrar mais ninguém que goste de mim. (Silêncio) Por que está sozinha? Soube que conheceu outro cara...
- Conheci. Foi logo na época que se envolveu com aquela garota. Eu estava disposta a amar quem me amava, mas não deu muito certo.
- Por que?
- Porque eu o amei, mas não tanto quanto amei outra pessoa.
- Entendo. Ainda está disposta a amar?
- Estou, contanto que seja a pessoa certa.
(...)
- Eu estava com saudade de falar de nós dois, sabia?
- Saudade das coisas que nunca vivemos?
- Incrivelmente, até daquela amizade estranha que tínhamos.
- Eu também sinto falta, mas você bem sabe que eu te amei, mas cansei de viver nossa história sozinha. Como acha que me senti quando você passou do meu lado e não disse uma palavra sequer, porque o 'novo amor da sua vida' o impedia?
- Me dói ouvir você dizer isso.
- Me dói lembrar de nós dois.
- (...) Acho que temos muito o que conversar ainda, mas no meio desse show vai ser impossível.
- É melhor voltarmos. Ela não pode nem sonhar que tivemos essa conversa.
- Ela nem deveria ter feito parte da nossa vida.
- Mas fez! Ainda tem meu telefone?
- Tenho. Ainda tem o meu?
- Não. Eu não conseguia te apagar da memória. Ao menos no celular, eu podia fazer isso.
- (Silêncio) Foi bom rever você.
- Me liga.
- Te ligo. E se cuida.
(E como quem escuta um 'se cuida' como quem ouve um 'te amo', ela simplesmente deu um sussurro:)
- Eu também te amo.