domingo, 4 de dezembro de 2011

Até para ser amado...

Até para ser amado, também é preciso saber...
Eu estava pensando o que nos leva a amar uma pessoa? O que é que nos atrai e nos envolve, ao ponto de começarmos a fazer planos e projetos com alguém, que não sabemos nem como e nem quando passou existir dentro de nós??? Infelizmente não encontrei respostas... quem as tiver, por favor compartilhe...
No entando... continuei pesquisando, buscando, e observando experiências...
Percebi, que em alguns casos, nos apaixonamos por uma idéia, isso mesmo, por aquilo que gostaríamos que a pessoa fosse... o que é facilmente descoberto com a convivência; porque logo descobrimos que aquela pessoa não era aquilo que imaginávamos...
Em outras situações, nos apaixonamos por um personagem criado pelo outro para nos atrairmos... nos envolvemos e nos apaixonamos por uma fantasia, porém, nesse caso, a culpa não é nossa... fomos enganados por outra pessoa, não por nós mesmos.
Há também aqueles casos, que conhecemos alguém, que não nos desperta nenhum interesse, e desprentensiosamente, sem nenhuma segunda, ou terceiras intenções, começa a brotar um sentimento diferente; nesse caso, é mais provável que não haja ilusões... porque o conhecimento prévio e sem interesse, nos privam das máscaras; geralmente só nos escondemos quando queremos seduzir, e sem esse interesse, nos expomos como somos, dizemos o que pensamos, sem nos importarmos com julgamentos e avaliações...
Relacionamentos, sentimentos, paixões... amores... O que é isso que buscamos, encontramos e tantas vezes desprezamos??? Por que essa busca tão urgente da outra metade? Aprendamos primeiro a sermos inteiros, para podermos dividir-nos e compartilhar-nos depois..." Para viver a dois, antes, é necessário ser um." (Fernando Pessoa)
Gosto de um texto do Arnaldo Jabor que diz:
"Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada; Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é. Sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; Quem não levanta a voz, mas fala; Quem não concorda, mas escuta. Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!"

Aprenda a amar e a ser amado; porque até para ser amado, também é preciso saber...

Como saber se é amor???

Como saber se é amor???
"Cada qual sabe amar ao seu modo, o modo pouco importa, o essencial é que saiba amar..." (Machado de Assis)

Admiro essa frase, mas para mim representa apenas uma meia verdade... o modo de amar pode não ser importante para quem ama... mas para pessoa que é amada é justamente o que é fundamental: a maneira, a forma, o jeito, as expressões desse amor...

Eu quero ser amada do meu jeito, na minha linguagem, no meu idioma... Para mim, se tem amor, tem que haver carinho; evidenciado pelas palavras e por atitudes, traduzidas em gestos de amor... Me sinto amada quando sou tocada: abraçada, beijada, acariciada... quando ouço palavras oportunas e, algumas vezes, inoportunas também, porque o amor não exige complementos nem concordâncias verbais...

Há momentos em que o silêncio das vozes é solicitado, para que o corpo transmita os seus sons através dos gestos, que, em plena intensidade, dizem muito mais do que as palavras conseguem expressar em suas limitações gramaticais...

Ame do seu modo, mas traduza-o, expresse-o na linguagem da pessoa amada... porque, se é amor de verdade, ele tem que ser não apenas dito, mas essencialmente compreendido; para que seja sublime, intenso e absoluto, em todas as suas expressões e conjugações...






"O amor não é um produto acabado. O amor se cultiva, o amor se lapida, o amor se estimula. O amor morre, mesmo sendo real. E ainda renasce, mesmo estando morto. O amor não é genético, não se nasce sabendo amar, você aprende a amar..."
Augusto Cury

Sou Mutante!?

Sou Mutante!?
É muito bom nos avaliarmos como somos, não como gostaríamos de ser... Eu sou intensa, absoluta; não encontro relatividade em mim. Não sou complicada, sou complexa; as vezes impulsiva e imediatista, outras, prudente e paciente; algumas vezes egocêntrica, outras altruísta e generosa; as vezes insatisfeita e insaciável, outras plena e feliz... Enfim, sou feita por extremos; Comigo é tudo ou nada; Certo ou errado; bom ou mal; Dizem que nascemos do jeito que somos, que há algo de imutável em nós; Isso não é uma verdade absoluta. Só não muda quem não busca, quem não cresce, quem não amadurece...

Com o tempo, a tal da maturidade chega (isso vem irremediavelmente com os anos), e com ela descobrimos um novo caminho... uma linha bem ao meio, na divisa dos extremos, chamada equilíbrio. Ela nos traz um novo atributo, e com ele muda-se toda uma perspectiva de uma vida. Percebemos que não há nada absoluto, e que há relatividade em tudo... ou seria tudo absolutamente relativo? Somos mutáveis (graças a Deus!), estamos em constante avanço e transformação, e por que não dizer mutação??? O acúmulo de nossas experiências nos faz gerar outra vez a nós mesmos, e na maioria das vezes, com muitas dores de parto... mudar dói, crescer dói, e principalmente, se refazer dói.

Estamos nos refazendo, nos reconstruindo, nos redescobrindo... quebrando conceitos adquiridos por uma vida inteira, e formando novas possibilidades de vida... Com menos rigidez e com mais liberdade; com menos ditadura e com mais flexibilidade; com menos frieza e com muito amor. Isso não significa perder valores e abrir mão dos princípios, ao contrário; o objetivo é viver a vida abundante que Jesus nos oferece.

Plenitude não é perfeição, é suprimento em todas as áreas; Prosperidade não é riqueza, é ser bem sucedido naquilo que realiza; e felicidade não é TER tudo; mas SER tudo aquilo que nos determinamos, cumprindo aquilo que acreditamos ser a razão da nossa existência. Qualidade de vida não é ter tudo para ser feliz... é ser feliz com tudo o que já temos, apesar de tantas limitações; é estar em harmonia consigo mesmo e que as pessoas que nos cercam, independente dos problemas e diferenças; é justamente encontrar o EQUILÍBRIO nos extremos da vida, das relações e de nós mesmos...