domingo, 2 de outubro de 2011

Jogue Sua Aliança Fora – seu relacionamento não existe

Acreditar que o outro estará sempre lá pra você, é uma das ilusões mais antigas nas quais fingimos acreditar. Assinamos contratos, compramos alianças, damos nomes à relação – ficar, namorar, noivar, casar. Tudo numa tentativa em vão de nos amarrarmos ao outro. Queremos estar no controle. Mas afinal, como nos amarrarmos a algo que não existe?

Gênesis

No início, veio a paixão e – de um dia pro outro – temos a sensação que não conseguimos mais viver sem aquela pessoa que, até alguns dias atrás, não existia no nosso universo. Perdemos a concentração, ficamos bobos, falamos coisas idiotas, nos arrependemos. Queremos estar mais bonitos, mais atraentes, mais interessantes. Queremos aquela pessoa pra gente.

Se a paixão persiste, começa-se um relacionamento “oficial”. Desejamos estar do lado da pessoa pra sempre, queremos caminhar juntos, nos visualizamos em todas as situações mais adversas – mas nada parece tão grave, se vocês estiverem unidos. Os dois descobrem o prazer da jornada acompanhada. Alinham gostos, compartilham universos – tudo para fortalecer ainda mais o nó invisível que os une.

Subindo no Barco



Uma vez ouvi, o que acredito ser a melhor metáfora sobre relacionamentos até hoje. Apresento-a:

A vida, é como uma viagem num barquinho. Nascemos em nosso barquinho e passamos a vida navegando, cruzando com pessoas, desviando de outras. Até que, certo dia, você vê alguém em um outro barquinho que te faz querer parar. E aí, você entende, que sua jornada vai ser muito mais feliz se navegarem juntos. Porém, cada barquinho é individual e intransferível – se os dois subirem em um barquinho só, este irá afundar e outro vai ficar sem rumo e provavelmente vai acabar naufragando também. Então vocês decidem que a melhor forma de seguirem juntos, é de mãos dadas – um segura na mão do outro, com força, dispostos a se manterem juntos, não importa o tamanho das ondas que irão enfrentar ou os perigos do mar que são forças constantes querendo separar o laço. Cena bonita de se ver.

E esse laço, funciona por um tempo, às vezes até pra vida toda. Quanto mais tempo juntos, mais adversidades e perigos terão que enfrentar para continuarem unidos. Acontece que, certo dia, uma tempestade chega. No outro, alguém que te encanta passa no barquinho ao lado. Depois, vem um peixe gigante querendo derrubar o barco. Ou, até mais simples – vocês decidem que querem seguir em direções opostas: você quer ir para o norte, ele para o sul.

Mas e todas as promessas de continuarem juntos, haja o que houver? Bem, elas eram verdadeiras. De coração. Mas a maré muda diariamente e você não consegue fingir que não percebe a força que os puxa para direções opostas. E você se sente mal – queria continuar de mãos dadas. Mas a soma de outras coisas pequenas, está cada dia se tornando mais forte. E, de repente, vem uma onda, daquelas que ninguém espera muito e vocês soltam as mãos.

E assim, relacionamentos acabam, mesmo que vocês queiram continuar. E a solidão dói, então vocês lutam, remam e podem até conseguir dar as mãos de novo. Mas, lá no final do horizonte, tem mais ondas se formando. E elas não param para vocês serem felizes. E você, subtamente percebe, que nada daquilo foi concreto – tudo o que viviam, falavam, planejavam, era estranhamente abstrato e assustadoramente frágil.

O Laço Invisível

Caminhar junto é sempre recompensador. Desde que nascemos, precisamos de alguém para preenchermos aquele vazio interno que existe em todos nós. Somos feitos para vivermos em grupo. É muito difícil sobreviver sozinho. Depois que os pais não conseguem mais preencher esse vazio sozinhos, procuramos alguém que o faça. E a sensação de preenchimento é boa, é gostosa, é confortável, é aconchegante. Por isso, lutamos tanto para termos alguém do lado.

E é por isso também, que nos forçamos acreditar nesse laço invisível que nos une. Não conseguimos bancar o fato de que somos livres, de que ninguém segura ninguém, de que ninguém está pronto para segurar e ser segurado. Esperamos que alguém nos salve. Ficamos profundamente ofendidos quando alguém nos fala que quer abandonar a caminhada em parceria. Mas esquecemos de pensar que, poderia ter sido você quem decidiu abandonar o posto – todos estamos sujeitos a querermos mudar de trilha na vida.

Flores de Plástico Não Morrem



Então quer dizer que nada é eterno? Acredito que não. Mas também nunca vivi uma enternidade pra descobrir. Mas se pensarmos nas estatíticas, quantas pessoas você conhece que se relacionam por muitos e muitos anos? Quantas dessas estão felizes? Quantas dessas estão juntas por conveniência?

Mesmo com os números não muito animadores, é provado que dá pra ter uma caminhada feliz de mãos dadas. Assim que entendemos de vez, que a eternidade é muito subjetiva e que jamais poderemos nos amarrar a alguém, os relacionamentos passam a ter outro brilho – cuidamos mais, admiramos mais, observamos mais, nos conectamos mais. Quando reconhecemos que todo mundo têm livre arbítrio para ir embora a qualquer momento, aí sim, passamos a viver intensamente o relacionamento, como se cada beijo, cada toque, cada conversa, fosse a última.

A vida é um fluxo contínuo – nada é estático, nada é permanente. E o amor, é como uma flor delicada, que não pode ser forçada a ser permanente. Você pode ter flores de plástico – que é o que muitas pessoas têm: casamento, família, trabalho, tudo de plástico. O plástico é permamente, mas o amor de verdade é uma incerteza, assim como a vida. E, admitir que as pessoas mudam e permitir que elas sigam o caminho que manda o coração, isso sim, é a maior prova de amor que você poderia dar a alguém. Vinícius mesmo, já sabia de tudo isso quando disse: “Que não seja imortal, posto que é chama,
mas que seja infinito enquanto dure.”

Uma Romântica Sem Cura

Desde menina sempre curti histórias de princesas e príncipes encantados. Cresci ouvindo Tom Jobim, em meio a citações de Shakespeare e Camões, poesias de mamãe e a magia do teatro. Minha infância foi encantada, lúdica, doce… e todas estas experiências me fizeram acreditar no poder das palavras, de pequenas gentilezas, do carinho, cuidado e sobretudo, do amor. Para ser sincera – em relação a relacionamentos -muitas vezes me sinto como se estivesse no século passado– retrasado, vai.

Para mim, um beijo tem muito mais do que troca de salivas, chupadas, língua com língua, tesão. Um beijo tem troca de sentimentos, química, desejo, carinho, envolvimento, paixão, loucura, encantamento. Nunca me imaginei beijando alguém se não sentisse um frio na barriga, coração palpitando – te parece careta? Para mim não é.
E quer saber? O romance não é feio e nem bobo. Ele é incrível, envolvente, sedutor, entorpecente e vale muito a pena ser vivido.

Tudo bem, você pode dizer que estamos no século XXI, desprendidos de tabus e preconceitos, em tempos de sexo livre e sobretudo, cada vez mais mergulhados em agendas insanas no trabalho – buscando nos destacar de alguma forma em meio a tantas novidades e bombardeios de informações. Neste cenário frenético muitas vezes parece mais conveniente satisfazer nossas vontades e instintos sem ter de nos dedicar tanto a pequenos detalhes, como a conquista, o cuidado, a atenção e a entrega. Mas estes pequenos detalhes fazem toda a diferença e transformam instinto em sentimento, prazer, realização, cumplicidade e felicidade. Isso te fará uma pessoa mais completa, acredite – não é idiotice.

Quem não gosta de uma ligação carinhosa no meio do dia? De um presentinho fora de data, de gentilezas e demonstrações inesperadas de afeto? Adoro ler as entrelinhas de um beijo demorado e molhado. A respiração ofegante, o toque, a pegada… tudo intenso, louco, mas nem por isso instantâneo, vazio. Para mim, tudo tem sabor de poesia.



Buscar e querer viver um romance não significa fraqueza emocional, carência…nada disso. Significa querer mais e melhor. Significa que você está preparado para se entregar e dividir carinhos, atenção, cuidado e prazer com outra pessoa que te faz sentir o tempo parar, a voz tremer, o coração bater diferente, o corpo arrepiar. Com alguém que acrescente mais emoção e prazer à sua vida.

Algumas sensações e reações que fazem toda a diferença:

Cuidado e Entrega

Não existe nada mais excitante do que um homem que te faça sentir única. Que se importe com seu prazer, que observe seus desejos e queira satisfazê-los, simplesmente porque isso o satisfaz também.



Sintonia

Quando existe romance as palavras são dispensadas. A gente sabe exatamente o que o outro quer apenas com um olhar, um gesto. A gente não tem vergonha de pedir e nem de fazer nada, simplesmente porque rola química e cumplicidade em cada toque. Isso é pura poesia!

Vontade de ficar perto

Depois do sexo a gente não sente vontade de sair correndo, porque não era só gozar o que importava. A gente pode descansar no colo um do outro, sentir o cheiro do suor e da mistura de nossos perfumes, ganhar um cafuné, trocar olhares , dormir um pouco e acordar querendo mais.

Ser Parte do outro

Descobrir que temos muitas coisas em comum, milhares de discordâncias e que talvez por isso desejamos tanto um ao outro. Descobrir que nos admiramos na cama e fora dela. Que nos completamos de uma forma incrível e que curtimos isso.

Não precisar jogar

A gente liga, manda email, torpedo… a hora que tiver vontade, sem medo de ser inconveniente, sem joguinhos de sedução, sem máscaras. E quando conversamos, o desejo é explicito em nosso timbre de voz, que vibra de vontade de estar perto.



Pode ser que uma transa casual traga uma sensação selvagem de descompromisso, mas ainda assim, não me encanta. Prefiro a intimidade, a cumplicidade. Descobrir a cada dia caminhos que intensifiquem o prazer do outro, a entrega, o orgasmo mais incrível – e isso obviamente não se conquista com casualidades.

Talvez você ainda não tenha encontrado alguém que valesse a pena, ou que tivesse um encantamento tão profundo que te fizesse querer mais do que uma transa. Talvez esteja achando tudo isso aqui uma grande balela, ou não. Mas seja como for, certamente este dia vai chegar e você vai entender como estes sentimentos deliciosos são incuráveis e nunca mais se contentará com nada mais, nada menos do que um indescritível e apaixonante romance.

Homem de Verdade

Outro dia ouvi uma amiga comentar que estava um pouco irritada com seu namorado. O amava e tudo mas, volta e meia, sua sensibilidade “extrema” a deixava incomodada. “Queria que ele fosse mais macho de vez em quando, sabe? Que fizesse mais coisas de homem. Sinto uma invejinha da mulher que reclama que seu homem gosta muito de futebol, que tem o guarda-roupa zoneado, que usa a mesma faca pra margarina e pra geléia.”


A definição de “extrema sensibilidade” que ouvi me deixou confusa quanto às características do tal homem sensível. Porque a minha definição de sensibilidade parecia não se encaixar como a oposta do sujeito “machão”. Por exemplo, um cara que tem o guarda-roupa mais organizado que o meu, não entraria na minha definição de sensível. Talvez super organizado, ou metódico – mas não sensível. Não gostar de futebol também não me parece coisa de homem com sensibilidade. Na verdade, acredito que há em algum lugar, alguma sensibilidade oculta naqueles que vibram tanto por um monte de homens correndo atrás de uma bola. Tem que haver uma sensibilidade escondida na emoção da torcida, na vibração do gol, em cada derrota sofrida – sensibilidade essa que o meu ser não consegue perceber sem esforço (será que sou insensível?). Agora, consigo identificar um certo grau de sensibilidade na história da mesma faca para a margarina e para a geléia – mesmo que mínima. Um cara que percebe que realmente é desagradável a sensação de abrir margarina e ver uma mancha vermelha não identificada no meio, tem que ter um pouco de sensibilidade a mais. Valorizável. No entanto, acho que essa ainda não é a chave. O homem sensível de verdade enxerga muito além da margarina manchada.

O homem sensível é aquele que te olha no olho e já percebe que tem alguma coisa errada. Você não precisa necessariamente chorar ou fazer cara feia para que ele perceba. Muito provavelmente ele não irá identificar qual o problema de cara – afinal isso exige uma sensibilidade quase extraterrestre, principalmente se tratando de homens – mas ele irá perceber que o brilho no seu olho anda um pouco opaco.

O homem sensível não apenas te escuta, te ouve. E ele ouve porque sabe que nessa vida, muito melhor do que falar de si mesmo, é ouvir as pessoas. Porque de suas experiências, você já sabe mas, cada indivíduo que trombamos no caminho tem algo a ensinar. E o homem sensível se interessa de verdade, pergunta, tenta entender, questiona. Fala de si também, é claro, mas só quando conveniente – ele sabe mesmo que temos muito mais a aprender, do que a ensinar.

O homem sensível de verdade, gosta de animais, principalmente de cachorros. Provavelmente muitos irão discordar e dizer que isso não tem nada a ver com sensibilidade – você pode, por exemplo, não gostar de cachorro porque não gosta do cheiro deles, dos latidos e nem das patas sujas caminhando pela casa. Mas o homem sensível de verdade enxerga muito além das patinhas e do rabo abanando. O homem sensível reconhece que os cachorros têm uma outra forma de amor para ensinar. Ele reconhece que eles são muitos superiores a nós em sabedoria quando percebe que para eles não existe rancor, nem mal-humor, nem indisposição, nem maldade. Ele enxerga que, na falta da fala, eles se comunicam conosco pela energia e pelo olhar. E pra reconhecer isso, tem que ter sensibilidade.



O homem sensível de verdade te chama de gostosa, porque realmente te acha gostosa, no sentido mais verdadeiro da palavra. É claro que estou falando daqueles com qual já possui intimidade pois, um homem sensível, não vai chamar uma mulher que não conhece de gostosa. Primeiro, porque ele a enxerga como ser humano e não quer correr o risco de ofendê-la ou passar uma impressão errada. Segundo, porque ele vê a gostosura muito além de decotes e micro-saias. Ele sabe que a mulher gostosa de verdade é aquela em que você toca, e não tem mais vontade de se afastar. A textura da pele, a firmeza dos membros, as curvas escondidas e improváveis, o cheiro natural do corpo – essas coisas dizem muito mais sobre gostosura do que uma simples bunda marcada na calça.

O homem sensível te dá flores – mas somente se sabe que você gosta delas. Caso contrário, ele te dará algo que sabe que significa mais. Nem que seja aquele seu chocolate preferido, ou um sapato igual àquele que você tanto gostava mas que parou de usar por estar com a fivela quebrada. Ele não tem medo de arriscar porque te observa, fica atento aos detalhes. Sabe que esse caminho é mais complicado, mas sabe também que um presente à medida faz toda a diferença.

O homem sensível não vai reparar se a cor do esmalte da sua unha é mais bonita nessa semana do que na semana passada. O homem sensível de verdade vai reparar nas suas mãos. Na maciez, em como elas se movimentam, em como elas pegam. Ele não vai te achar desleixada naqueles dias em que você não fez a unha – pelo contrário, vai até achar interessante ver os seus dedos naturais, sem intervenção das cores.

O homem sensível provavelmente não vai se emocionar com aquela cena improvável do mocinho e da mocinha do filme de comédia romântica, mas vai sentir o olho lacrimejar quando escutar uma história de vida foda. O homem sensível pode ficar ao seu lado se mostrando firme naquele momento em que você mais precisa, mas pode se emocionar posteriormente ao relatar como aquela fase foi difícil. O homem sensível pode não ser tocado pelo fim da novela, mas pode chorar por te ver chorar em meio a uma discussão.

O homem sensível vê além da divisão entre coisas de homem e coisas de mulher. Mesmo que não goste tanto, ele não vai hesitar em pegar uma tábua e te ajudar a cortar as cebolas pro almoço. Nem em lavar a louça enquanto cozinha pois sabe que, entre as duas, essa é a tarefa que ele melhor sabe executar. E faz isso, principalmente, por que não quer vê-la sobrecarregada – prefere vê-la tomando uma cervejinha e se divertindo do que cortando um balde de cebolas sozinha.



O homem sensível não vai querer chamar pra briga aquele cara que te chamou de “Delícia” na balada, mas vai te ensinar que não existe sensação segurança maior do que ter um par de braços grandes te envolvendo em um momento que você está triste.

O homem sensível pode não reparar que você cortou aqueles 3 dedos de cabelo, mas vai reparar em como fica charmosa quando você faz aquele coque bagunçado quando está com pressa, que deixa uns fios caindo no rosto. E em como você fica encantadora nas vezes em que, incansavelmente, tenta manter os fios teimosos para trás.

O homem sensível tem muitas amigas mulheres, porque admira o gênero feminino. Isso não se significa que queira ficar com todas, significa que gosta do jeito delas, tem interesse na vida delas e nos assuntos delas – tão diferentes dos masculinos (que, diga-se de passagem, giram uma boa parte do tempo em torno dos pilares de futebol, carro, mulher ou zoação). É aquele que, desde pequeno, tinha amigas mulheres porque achava chato ter que conversar o tempo todo sobre video game.

Tem muita gente que pode ter chego até esse ponto do texto achando que eu estou descrevendo ou um homossexual ou um homem muito afeminado. Pura ilusão. Tem muito gay que não tem nem 10% das características acima, pelo simples fato que, sensibilidade não tem nada a ver com sexo e sim com pessoas. E nem com feminilidade – aquele cara que de fora parece o Ogro Pai, pode ser o mais sensível que você já conheceu. E pensando por esse ponto de vista, difícil entender porque algumas mulheres insistem em preferir os “machões”. Talvez os conceitos de sensibilidade X feminilidade ainda não estejam completamente definidos. Respeitemos a escolha das que preferem os macho-alfas, pois, como já dizia a poeta “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Mas, assumo que consigo compreender muito mais as outras – afinal, é preciso ser sensível para reconhecer e admirar a sensibilidade alheia.




ps:a alguém que de certo modo fez parte da minha vida.

Dor, Eu Te Amo!

Sobre Fins de

Relacionamentos Masoquistas


Tem pessoas que se amarram mais à dor, do que ao amor. Já vi inúmeros casos de gente que se prende a esse sentimento – segura, aperta, não deixa ir. Relacionamentos estranhos esses, masoquistas ao extremo. Parece haver um conforto nisso, parece ser um porto seguro de onde as pessoas não têm coragem de sair. E o pior de tudo é que não há nada que possamos fazer, já que a decisão de seguir em frente é única e exclusiva do outro.

Ou Vai ou Racha

Não existe relacionamento bom de verdade sem entrega. Relacionamentos vividos cheios de dedos, recheados de atitudes pensadas, com fobia de passos em falso, acabam sendo sempre limitados e rasos. Não é possível amar cheio de dedos. O amor não aceita essa condição, não há acordos, cláusulas extras no contrato – amor é tudo ou nada. Nada na vida é perfeito. O amor com entrega nos leva às alturas – e, já estamos cansados de saber que, quanto maior a altura, mais longa a queda. Não dá pra ter tudo.

Mesmo conscientes da dor que geralmente surge no fim da estrada, escolhemos arriscar. E o fazemos porque sabemos que de nada vale a vida se não a vivermos com emoção. Não amar por medo de se decepcionar, é como rejeitar a sobremesa por medo de engordar. Ou como entrar no mar e não molhar o cabelo por medo de estragar a escova. O medo nos freia, nos limita. Uma das lições que deveria ser passada de pai pra filho, ou que deveria ser ensinada na escola (no lugar de logarítmos) é a seguinte: Ame profundamente, esteja preparado para a dor e, quando ela chegar, desapegue-se. Muitos podem dizer que essa tarefa é difícil demais, que não é possível desapegar-se assim. Pois eu não concordo. Ninguém disse que é fácil – estamos dizendo apenas que é necessário.

MOVE!



A vida não é fácil pra ninguém. Vivemos constantemente nos decepcionando, errando, nos arrependendo, levando tombos. Já imaginou se cada vez que levássemos um tombo, nos recusássemos a levantar? Pois as pessoas que se agarram à dor fazem justamente isso. Elas vão muito além de curtir uma fossa – elas querem mais: precisam chorar ouvindo qualquer música no rádio, cultivam a sensação de se sentirem vítimas, acham que com elas foi diferente – viviam um amor muito profundo, muito intenso, muito gostoso para se despedirem dele assim. E, dessa forma, se agarram à dor, rastejam, sofrem. Não olham para seu sofrimento como se fosse algo que faz mal, que precisa ser enterrado.

Todo mundo sabe que um pé na bunda ou o fim inesperado de um relacionamento dói. Dói e dói muito. Faz ferida. Você se sente como o último ser da terra, não quer sair de casa, não quer tomar banho, não quer ouvir o despertador – mas faz um bem danado depois que passa. Se você já viveu uma situação assim, provavelmente está se lembrando de como foi ruim. Aliás, deve estar pensando também em como algo que pareceu tão pesado na época, hoje já não existe mais – não faz nem cócegas no coração. E aí entendemos que precisamos nos forçar a seguir adiante, simplesmente porque, como já dizia Quintana: “o pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso”. Ou seja, se você não se forçar a levantar da cama, a dirigir pro trabalho, a comer, a escovar os dentes, ninguém vai fazer isso por você. E, quanto mais você se força, mais percebe que o peso da rotina vai ficando menor a cada dia. De repente, o bar sem ele j á não parece mais tão chato assim. E a cama já não parece mais tão vazia sem ela. Isso acontece por questão de sobrevivência – na natureza, não há lugar para fracos. É preciso erguer a cabeça e continuar andando.

Por isso, as pessoas que refletem, logo percebem que não dá pra passar a vida sofrendo por alguém. Não dá pra obrigar ninguém a querer ficar com a gente, não dá pra passar borracha no que já foi. A vida é curta demais, rápida demais (já percebeu que já estamos no fim do ano?) e frágil demais. Não dá pra arriscar gastar a nossa existência chorando pitangas por alguém. O mestre Cazuza mesmo, já entendia isso muito bem quando disse: “Fique livre do mundo, aproveite a dor, ame de olhos fechados e se divirta na Terra.”

Eu Te Amo Tipo Como?

Dia desses li uma crônica da Martha Medeiros que me deu um pouco de aflição. No texto, ela lamentava o fato de as pessoas não falarem mais de amor umas com as outras, os casais não dizerem ‘eu te amo’ como era antigamente e pedia que nós, ‘meninos e meninas’, falássemos mais as três palavrinhas mágicas. A aflição veio porque achei esse discurso dela, além de desnecessário, bastante perigoso. A Martha escreve como ninguém e eu tenho todos os livros dela, mas na minha humilde opinião ela está equivocada.
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Por que deveríamos falar mais ‘eu te amo’ se não sabemos ao certo o que é isso e vivemos errando o alvo da coisa? Por que deveríamos sair por aí dizendo que amamos sendo que muitas vezes esse sentimentão todo se resume a uma simples vontade de dar ou de comer alguém? Qual a razão de considerar amor a sua necessidade de ganhar um abraço, de trocar umas palavras inteligentes, de se sentir importante?
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E aí que cruzamos vidas e mais vidas despretensiosamente e ficamos doidos pra sermos protagonistas, mas o que no sobra às vezes é só uma participação especial ou a figuração, papel que ninguém quer desempenhar na vida de ninguém. Sonhamos todo santo dia viver relações Ramones, intensas, alucinadas, feitas pra perder a cabeça e te fazer sentir como se toda a vida coubesse em três minutos de duração. Os Ramones não tinham partitura, tocavam tudo energicamente na base da intuição e berravam uma paulada atrás da outra. Mas as músicas duram isso. Não mais que três minutos.
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Antes de dizer que ama, considere a hipótese de que a relação pode ser Miles Davis, construída parte por parte, com a hora do tema e a hora do improviso, bem costurada, pensada e com uma dinâmica absolutamente racional, sem por isso deixar de ser intensa. A vantagem do jazz, nesse caso, é que dura mais, bem mais do que um punk rock e pode causar arrepios bem mais constantes. Tanta racionalidade chega a atingir o ápice do sentimentalismo. Daí, se ao final da partitura inteira ainda tiver sobrado paciência e admiração, pode soltar umas palmas e um eu-te-amo. Aos ouvidos do outro, vai soar como música. Aos ouvidos do resto do mundo, uma verdade entre tantos equívocos.

Eles Não Sabem Amar

Amar não é pra qualquer um. Amar exige tempo, exige abrir mão, existe dedicação. E nem sempre se quer doar tempo, abrir mão e se dedicar a outra pessoa. Há pessoas que simplesmente não sabem amar – ou não querem amar. Acham amor um fardo muito grande, pesado, sofrido e arriscado demais.

Direito delas.

Daqueles que não amam, há dois tipos. O primeiro deles é aquele que já amou antes. Geralmente, esses são do tipo que se jogaram de cabeça, deram mais do que deveriam dar, colocaram o outro num pedestal. E, fatalmente, se decepcionaram. Porque o amor tem dessas coisas – é preciso estar preparado pra cair. Cair de cara. É como o artista que, depois do auge, tem que estar preparado para despencar. Poucos tem o privilégio de se manterem no topo durante a vida toda – o universo, geralmente não permite. Há que haver espaço para os novos, para os iniciantes, para os cheios de motivação. E aí, é preciso de contentar com os 5 minutos de fama. Ou morrer de dor. Esse tipo dos não amantes aos quais me referia, provavelmente morreram de dor. Amaram demais e não estavam prontos para a queda, não aguentaram sentir o prazer dos cinco minutos de amor e ter que abdicar disso. E, decidiram então, não amar mais.

Há também os que já sacaram que essa coisa de amor não era para o bico deles. Viram, observaram, refletiram. E decidiram fazer outra coisa da vida que não fosse amar. Respeitável. Só que, não querer amar, não implica em não se envolver em relações pessoais. Relações, digo, no sentido original da palavra. Porque, nesse sentido, a partir do momento em que você começa uma conversa com alguém, está se relacionando com a pessoa. Os não amantes dessa categoria, geralmente gostam de se relacionar, mas não querem amar. Param sempre antes desse ponto. E machucam – mesmo que sem intenção. Porque, acredito eu, que a maioria deles não tenha intenção de sair por aí magoando pessoas, mas é que é difícil encontrar pessoas do mesmo time, que querem apenas viver o lado bom dos relacionamentos que vem antes do amor.



Difícil recriminar os que fazem essa escolha. Porque, como disse antes, o amor pesa, machuca, exige, dilacera. E tem um lado bom que da pra viver sem necessariamente amar. Boa companhia, é uma delas – como é bom ter alguém pra acompanhar os momentos bons da vida, afinal, as experiências, quando vividas sozinhas, perdem um pouco da graça. A graça maior está em compartilhar. E, pra isso, não é preciso amor. Sexo é outra coisa. Por que, por mais que confundam, sexo bom não é aquele feito necessariamente com amor – sexo bom, requer intimidade. Até pra dormir de conchinha, não precisa amar. Basta ter um outro corpo, aconchegante, fazendo o encaixe e trocando calor. E tem pessoas que, simplesmente, fizeram essa escolha. Recriminá-los, seria como recriminar aqueles que escolheram não ter filhos ou continuar morando com os pais depois de velho. É uma escolha pessoal.

Se as pessoas não recriminassem tanto os que não querem amar, poderiam obter deles uma relação proveitosa e até feliz, mesmo sem amor. Mas, como não se pode falar que não se quer amar, os que fizeram essa escolha geralmente não se abrem, vão indo nos relacionamentos até que, quando percebem que o amor vem surgindo, somem, desaparecem, inventam qualquer desculpa do tipo estou-indo-pro-Japão-a-trabalho. E colecionam filas de corações quebrados, de lamentações, de questionamentos do tipo o-que-eu-fiz-de-errado. Na verdade, você não fez nada de errado. Apenas, descobriu tarde que as intenções de vocês não batiam. É como o cara que é louco por filhos mas que se envolve com uma mulher que quer ter 10 cachorros invés de pupilos correndo pela casa. Nada de errado, apenas conflito de interesses.



Mas como na vida o livre arbítrio é sempre defendido – mesmo que nem sempre, respeitado – me reservo o direito de dizer que acho que a vida vale muito mais a pena quando existe amor. Amor daqueles quentinhos, de aconchego, de conforto. Sou uma viciada em amor. Amo pessoas que nem conheço. Amo cachorros quando olho dentro daqueles olhinhos. Amo plantas, quando relembro o milagre que elas são. Amo, porque sou viciada nos efeitos que só um amor, daqueles bem profundos, propiciam. Já cai, chorei, morri de dor por amores. Mas, no final, sempre achei que o sofrimento valeu a pena. Obviamente, não no calor da dor – naqueles dias em que se acha que tudo está acabado e quando o próximo sorriso parece ser a coisa mais utópica do mundo. Mas ele sempre vem. E, junto com o retorno do sorriso, vem sempre a vontade de amar de novo – porque, quem sente uma vez, dificilmente consegue largar o vício.

Eu Nunca Quis Um Amor Perfeito

Ainda que fosse só a boa conversa, a química eletrizante, o sexo livre. Ainda que fosse só a atração física, a admiração das ideias ou os beijos encaixados.

Você já me valeria a pena.

Mas não é. Tem isso e ainda todo o resto. Escuto as pessoas se queixarem repetidamente que o amor completo anda escasso no mercado. Encontra-se, às vezes, só a beleza, a afinidade ou o sexo inesgotável. Falta o resto. Ou ainda, a paciência, o companheirismo, o aconchego. Mas a incompletude, ainda sim, reina. E os pessimistas, dizem que não é possível achar alguém do jeitinho que você quer. Alguém que te complete, que te baste, que te encante repetidamente. Eu, insisto no contrário. Porque amores incompletos, não saciam a fome. É como uma dieta só de proteína – você se sustenta por um tempo, se engana, inventa que o buraco no estômago está saciado – bebe água, fuma um cigarro. Mas, a falta de carboidrato, cedo ou tarde, pega. E você volta pro início.

Eu nunca quis um amor perfeito.

Sempre quis mesmo foi um amor cheio de erros, que vão sendo alinhados durante o caminho. Porque se tudo já começa certo, não vive-se o prazer da vitória.

Sempre quis um amor quentinho, daqueles de aconchego no fim de tarde, de colo depois de um dia de cão, de beijo no nariz ao acordar.

Sempre quis um amor livre – sem a ideia desajustada que um pertence ao outro. Com menos regras ditadas – e mais pontos de vista ouvidos.

Sempre quis alguém com o qual pudesse fazer sexo sem regras – em nome das descobertas. Porque sexo bom de verdade, é aquele com instinto e sem razão.



Sempre quis um amor com respeito. Não daquele tipo das “moças de respeito” que querem seu patrimônio corporal preservado. Sempre quis aquele respeito que te permite ver o outro como um outro ser – cheio de vontades e desejos. Respeito é aceitar que o outro é diferente de você.

Sempre quis um amor que me fizesse crescer. Por que o essencial, faculdade nenhuma ensina. O essencial aprende-se na troca de ideias, no debate, nos pontos de vista trocados.

Sempre quis um amor que me valorizasse. Não somente pelas coisas cotidianas, mas principalmente pelas qualidades que poucos enxergam.

Sempre quis um amor que me enxergasse. Mas não que enxergasse somente as coisas óbvias – porque, de obviedades, a vida está cheia. Sempre quis alguém que me enxergasse lá no fundo – e, ainda, sim, gostasse de mim.



Sempre quis alguém que quisesse ouvir verdades – e falar, também, na mesma proporção. Porque meias-verdades não interessam. Difícil mesmo é achar alguém que esteja pronto pra ouvir até o mais pesado, até o mais doído e retribuir na mesma moeda.

Sempre quis alguém que me achasse gostosa – mas que entendesse que gostosura, mora mesmo nas entrelinhas.

Sempre quis um amor que me mostrasse caminhos – invés de impor trajetórias.

Sempre quis um amor que não me reprimisse – pelo contrário, que me provocasse para que eu conseguisse mostrar o que vive escondido lá no fundo.

Sempre quis um amor que sonhasse. E que corresse atrás dos sonhos comigo. Não por imposição, mas por vontade de seguir a mesma trilha.



Sempre quis alguém que não tivesse jeito pra joguinhos. Porque deles, eu já me desencantei desde a adolescência.

Sempre quis alguém que me ganhasse nos detalhes. Alguém ao qual eu não conseguiria resistir. Alguém que trouxesse brilho pros meus olhos a cada nova atitude, a cada nova ideia a cada novo sorriso.

Sempre quis alguém pra ficar junto – alguém que entendesse que pra estar junto não é preciso estar perto o tempo todo, mas sim do lado de dentro. Por que a proximidade física nem sempre completa tanto quanto a do coração.

E não sei se foi por insistência ou merecimento – mas esse amor veio antes do esperado, contrariando os que diriam que amor completo é coisa rara.Mas acabou e voltei na minha busca .E hoje, entendo, que o amor bom é o amor livre – que se recicla todos os dias como energia renovável. O quanto vai durar – não sei. Prefiro a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia.Quero um amor pra somar,se é eterno,só o tempo dirá,mas vou saber quando encontra-lo e olhar nos olhos.

Eu Sempre Quis Um Amor Utópico

Bom eu sou solteira e ja me relacionei com alguns homens.Mas eu estou buscando um homem com os valores que me encantem, porque namorar qualquer um é perda de tempo. Eu estou buscando um homem que topasse ter um relacionamento ideal do meu ponto de vista, mesmo que ele fosse coisa da minha cabeça. Para encontrar esse homem, eu teria que procurar bastante e escolher de perto – não existia outro jeito.

Não era a toa que eu não estava encontrando esse homem, mesmo procurando durante anos. Até os meus amigos achavam que eu queria um homem que não existia e que eu queria viver um modelo de relacionamento que não era viável, que não era possível. Frequentemente me colocavam um rótulo de hippie maluca. Quando alguém me perguntava que tipo de homem
eu estava procurando, eu respondia que:

Estava em busca de uma homem independente.

Não financeiramente. Uma homem independente de espírito e opiniões. Uma homem que pudesse mudar de opinião da noite para o dia, se julgasse que esse era o melhor a se fazer. Ele poderia contrariar meio mundo com essa opinião, mas sempre colocaria a sua felicidade em primeiro lugar.

Estava em busca de um homem parceiro.

Daqueles que ensinam enquanto aprendem e aprendem enquanto encantam. Adicionando novos conceitos, acordos e combinados para que o namoro fosse ainda melhor e com o sentimento de felicidade presente todos os dias.

Estava em busca de um homem batalhador.

Eu queria namorar uma homem como São Jorge,rs, mas sem as espadas e o dragão. Eu queria um homem guerreiro ao meu lado, que batalhasse por seus ideais e corresse atrás de seus sonhos, por mais distantes que eles estivessem.



Estava em busca de uma homem inteiro.

Impossível ter um relacionamento feliz de verdade formado por duas metades desesperadas para se completarem. Relacionamento feliz de verdade tem que ser formado por inteiros – que trabalham sua felicidade, o seu tesão, o seu prazer, para duplicar esses sentimentos quando a união acontece.

Estava em busca de uma homem humilde.

Um homem que soubesse reconhecer o valor das pequenas coisas, como um piquenique no parque, do mesmo jeito que valorizasse um jantar em restaurante chique.

Estava em busca de um homem com a mente aberta.

Que não engolisse tudo o que mastigasse. Que não aceitasse tudo o que é imposto por terceiros, sem antes se questionar livremente.

Estava em busca de um homem com atitude.

Daqueles que realizam suas vontades, que não esperam a mulher tomar todas as iniciativas, que te atacam quando estão com tesão, que defendem suas opiniões, que resolvem problemas sozinhos e que pedem colo quando precisam.

Estava em busca de um homem honrado.

Daqueles que combinam uma coisa com você e cumprem. Assim é fácil fazer acordos para a felicidade e o prazer na relação, sem se preocupar se o outro é oportunista e te engana pelas costas.

Estava em busca de um homem que não me enchesse o saco.

É impossível mudar o outro. Aquele defeito que nós não gostamos, pode ser o berço da qualidade que mais admiramos na pessoa. Sem defeito, não tem qualidade. Sem sombra, não existe luz.

Estava em busca de um homem que pensasse.

Ser inteligente e raciocinar é fácil. O difícil é pensar, desenvolver novas ideias e conceitos para sua vida.

Estava em busca de um homem gostoso,rs.

Daqueles que sabem que uma olhada safada vale mais do que horas na academia. Daqueles que entendem que uma rebolada bem executada vale mais que um tratamento de beleza. Daqueles que sabem pedir, e ao mesmo tempo, que sabem oferecer.

Estava em busca de um homem que me valorizasse pelo que eu sou.

As pequenas atitudes, os carinhos mais simples, as demonstrações de amor rotineiras, os meus olhares apaixonados e sinceros.

Estava em busca de um homem bom de papo.

Com história interessantes, opiniões fortes, pontos de vista incomuns e senso de humor apurado.

Estava em busca de um homem que gostasse mais de montanha do que de praia.

Mesmo que a maioria dos homens adorem praia e sol.

Estava em busca de um homem por quem eu me apaixonasse todos os dias.

Daqueles que mesmo acordando pela manhã todo descabelado, dá vontade de beijar e abraçar como nunca.

Por mais que várias pessoas diferentes me perguntassem que tipo de homem eu buscava, tinham sempre a mesma reação incrédula ao ouvir minhas respostas. Reações desse tipo, não me desviaram da busca que eu estava fazendo. Eu tinha certeza que existia um homem assim, que faria minha busca valer a pena. Uma busca para a minha felicidade.

Um dia ainda vou poder bater no peito e falar que encontrei a relíquia que eu tanto buscava. Um sentimento nobre e sem fim, que só os arqueólogos experimentam.O homem dos meus sonhos.