domingo, 4 de setembro de 2011

Impossível evitar concluir o inacabado.
Então vem.
Vamos começar... pelo abraço!

Frágil
Não perca as esperanças.
Ela é como uma criança,
que te faz sorrir!
Não perca a ternura.
Não seja tão dura.
Recite Guevara!
Se livre dos arames
que te fazem repartir.
A carne,os pulsos, o pulmão.
Aqueça sua alma.
Tudo vai passar.
Agora, tenha um pouco de calma.
Deite, apague a luz, é a hora de sonhar...
Inquieto coração.
EM VÃO

Como posso amar alguém que não vejo?!
Não ouço.
Não toco.
Não sinto.
Não falo.
Não assumo.
Não calo.
Não pego.
Não sossego.
Não transo.
Não paro.
Não aperto.
Não esfrego.
Não sorrio.
Não sujo.
Não lavo.
Não cheiro.
Não seco.
Não molho.
Não violento.
Não pondero.
Não promovo.
Não propago.
Não ofereço.
Não zelo.
Não entrego.
Não protejo.
Não brigo.
Não amasso.
Não resolvo.
Não retoco.
Não canto.
Não calo...
Há malcriado destino...

AMOR

Deus luta comigo,
é a minha briga diária.
Diz ser meu amigo e
eu empunhando uma navalha.
Eu fecho a porta
ele abre, como em um
conto de fada.
Eu querendo descer
ele me põe para subir.
Ele acha graça eu querendo partir.
Eu planto erva daninha
na história do meu coração.
Ele coloca camomila, chá em efusão.
Diabo de onipresente,
onipotente, prepotente,
me deixe em paz!
Eu caio ele me levanta.
Ele se acha demais.
Eu grito:
- Você me atrapalha!
Eu sou uma causa desnecessária,
ele um ente infinito.
Me tornei uma pagã.
Ele não desiste e
fica murmurando no meu ouvido:
- Amo você cristã!
Ele existe por si mesmo,
eu desito por mim mesma.
Fica me chamando de filha irmã!
Mas meu mundo é escuridão.
Ele me abraça com seu manto e
quer melhorar minha razão.
Diz que estou pronta
para a purificação.
Só porque eu penso em desistir
Acabar.
Me afundar no mar.
E é onde quero estar.
Ele me estende a mão!
Ele fala no Éden, nas estrelas
e em bem estar. Ficar.
Quem ele pensa que é?
Dizendo tudo de bom?
Jamais sendo evasivo?
Apagando minhas chamas acesas...
meu fogo, explosivo!
Faço trabalho ele desafaz.
Vira minhas páginas, as más.
Deus!! Escuta!!
Eu Sou amiga do satanás!
Nao quero me curar de nada.
Eu não tenho salvação.
Sou a própria perdição.
Eu fiz uma transfusão.
E não possuo o seu sangue
e nem comi do teu pão.
Ele calmamente fala.
E me abraça.
Seu amor se foi, mas está comigo
sentado ao meu lado,
olhando o infinito.
Na hora certa, vocês
terão o novo encontro...
Não se desespere.
Não se apresse.
Aqui é tudo lindo, vívido!
A paz ficará contigo.
Respira. Estou pedindo...
E eu sei que está me ouvindo
Deseje sempre o próximo!
Um caminho.
Um afago.
Nós dois juntos em um ninho.
Um próximo momento.
Um aconchego.
Bem quentinho.
Fica comigo,
você é o meu próximo...
desejo.



Não se afaste das pessoas que ama, o caminho de volta pode ser muito longo.

Deseje sempre o próximo!
Um caminho.
Um afago.
Nós dois juntos em um ninho.
Um próximo momento.
Um aconchego.
Bem quentinho.
Fica comigo,
você é o meu próximo...
desejo.

Caio, me dá um conselho?
Sério: estou precisando de algo sincero, honesto, verdadeiro. Como você.
É que meu coração se partiu ao meio.
Estou faminta de vida, mas não sei se anseio.
Mudar tudo, machucar alguém. Renunciar ou fugir?!
Segura minha mão, Caio.
Fala para meus olhos: em que direção... eu me norteio?

Pedindo conselhos ao Caio Fernando de Abreu.

Coragem

Coragem

Tenho medo da felicidade.
O vício me apavora.
Sou tendenciosa ao perigo.
Vejo a janela aberta, meu
corpo se joga.
Salto sem pára-quedas!
Tenho medo da fidelidade.
A monogomia me arrepia.
Sexo para mim é sagrado,
como a água e o vinho.
É minha exagerada mania.
Pratico todo dia.
Tenho medo da maturidade.
Ser controlada me enlouquece.
Não penso nas horas e
detesto compromissos.
Adoro rir por nada e
brincar de médico.
Sem complexos.
Eu sou apenas diferente.
Tenho medo da serenidade.
Gosto do meu dial no máximo.
Nunca acaba minha bateria.
Faço mil coisas ao mesmo tempo.
Adoro uma estripulia!
Tenho medo do amor.
Algo eterno não me completa.
Gosto da minha porta aberta...
Entra e sai gente, para que
a monotonia?
Provar que se gosta é o avesso
da vida!
Se temos tantos sabores?
Para que acordar, olhar
para o lado e sempre
tocar a mesma fisionomia?
Me chame de bipolar,
eu não me importo a
minha tatuagem é um escrita.
Diz assim:
Eu quero é sintonia. Viva!
Me grite um NÃO!
Mas eu te peço, não me ignore assim.
Não também é resposta, mas eu prefiro um SIM.
Agora ignorar, maltrata, dilata um sentimento ruim.
Melhor ficar em silêncio. Juntos.
E acabar com o buraco que existe em mim...
Mas acho que prefiro o NÃO, do que viver assim.
Quer um conselho?
Vai correndo para o espelho e abre um sorriso.
E diga:
Hoje eu estou maravilhosa, eu sou gostosa não estou me aguentando em mim!
E por não ser egoísta, neste salto vermelho, vou me dividir:
Metade de mim fica e a outra metade... Enfim...
Eu disse estar egoísta estou me querendo em mim.
Se você está se querendo assim. Não se divide então. Olha novamente no espelho, coloca uma bela canção, sacode o cabelo e singelamente pinga seu perfume, no cálice do que estiver bebendo... Aumenta o volume e diz ainda mais alto: Hoje estou podendo, cuidado, sou puro veneno, sedução.
Gostar como eu amo, intrinsecamente, é um desafio.
Se não te vejo, não te toco e mesmo assim posso amar.
O desafio em mim, não é algo que eu não possa destilar.
Minha pena neste exato momento, começa a esquentar.
Mas tenha calma, você não perde nada por me esperar.

Então venha!
Venha pousar... Repousar...
Se aconchegar em minha alma, sentir o antagonismo delicioso de sensações intensas que nos fazem suspirar...enlouquecer... viciar... desejar cada vez mais... Enfim, enlouquecer a minha calma!
Que os momentos beijem a eternidade...
Dissolva com calma o meu gosto... meu cheiro... minha essência...
Que no meio desse turbilhão de sensações, meus braços se tornem o teu porto seguro... Te dando a calmaria para atracar. Até o momento da próxima jornada, em direção ao "mais além".

FAST FOOD

FAST FOOD

Estou no cais.
Do porto, onde mais?
Esperando por você.
Amor...
Não demora!
Que eu espanto as
horas, mas se um
distraído passa?
Eu puxo pela gola
e demoro minutos,
no escuro,
no chão úmido.
Deixo os sinais.
Para você, moreno.
Do sexo rápido,
sôfrego,
ávido.
Eu apressada?
Eu não consigo é ficar
parada, me sinto
de mãos atadas
se não dou uma boa
pegada em um
belo rapaz!
Sou frenética, são meus
hôrmonios anônimos.
Me entorpecem, fico
impaciente. Sagaz.
Quero sexo
convincete.
Demorou!?
Deixa eu comer
e beber mais...
Eu te avisei, hoje estou
atacada, vampira.
Insaciável.
Você tarda e falha.
Tchau.
Ademais quero
outros prazeres.
...carnais.

MALDADE

MALDADE

Cuidado!
Eu ando desejando
que algo de mal
aconteça.
Corra, prepare
sua fuga, desapareça.
Estou feliz porque
esta agonia está por um
triz!
Eu me querendo de
volta...
Você me devolvendo
assim, na marra.
Morra, não estou
nem aí.
Não de morte matada,
mórbido desejo
te ver desfalecendo assim?
Que nada, faz parte
da vida, começo, meio e fim.
Eu sei que
você é que possui
a gene ruim.
Egoísta, soberba, atroz.
Menos um
aproveitando-se de mim.
Malevolência.
Birra.
Acabou.
E eu cantarolando:
Desaparecido? Sim!
Eu te quero em sete vezes.
Um para cada dia da semana.
Amor demais também cansa...

Amigo não se guarda no peito.
Com todo respeito, ao mestre.
Compositor.
O amigo segura sua mão rindo.
É eterno, com muito sabor.
Não guardamos nada.
Não existem segredos,
mágoas e farpas,
com amigo não existe rancor.
Saímos nos tapas se preciso for.
Mas estaremos juntos para onde
eu, tu, ele, nós, vós, eles...
meus amigos,
meu ammigo,
meu amor!
Hoje estou engasgada.
Com as mãos atadas.
Sem minhas asas.
Virei pó.
Hoje clamei Deus!
Pedi perdão.
Rápido,
me respondeu Jó.
Hoje abriu a ferida.
O chão desapareceu.
Perdi o foco,
tenha dó!
Hoje me senti rompida.
As faces se viraram,
eu só via costas.
Fiquei perdida.
Hoje quis mover a montanha.
Fiquei cansada das nuvens.
Com uma dor estranha.
Virei criança?
Hoje eu só precisava
que alguém,
resolvesse tudo
em um pedido só:
Desata meus nós.
Fecha minha ferida.
Me compreende.
Deixa o feixe brilhar.
Alivia minha dor.
Hoje eu senti amor...
AMOR??
Não foi nada
selvagem?
Improvável,
louco,
insano.
Meu coração enganando
meu cérebro?
Só pode ser miragem.
Me dá outra dose,
estou sentindo,
estou falando
bobagens ao
invés de sacanagens.

SEM FIM

SEM FIM

Contrariando a decência,
sob o meu vestido,
passe a mão em mim.
Lambe meu corpo inteiro,
puxa meu cabelo,
controla a vagabunda
que mora aqui!
Dentro, entre.
No meio, pode me invadir.
Estou livre e não
quero compromisso,
só o nosso
promíscuo, nus,
nos consumir.
Diga palavras indecentes
ao pé do meu ouvido.
Pir lim pim pim!
Que falo, grito e berro
aquele gemido
para todo mundo ouvir.
Somos obscenos,
despudorados,
viciados no amor.
Tórrido, safado.
Ai como gosto e falo...
Encosta sua serpente,
que eu sou indecente
na parte da minha frente.
Pode olhar gente!
Viu?
Ou fecha os olhos
daquela que te pariu.
Meu corpo está quente,
ardendo, querendo
seu coito latente.
Juntos... agora
e na mesma hora.
Nada pára.
Nada terminou.
Agora que me acordou...
Eu quero tudo,
jamais termine o que começou

CASTIGO

CASTIGO

O ciúme que não existia
começou a uivar...
Não viro escrava do seu
desejo, pode me matar.
A sua paixão é frágil.
Seu amor volátil.
Não me queira durante
a noite, para saber
onde estou...
Eu fui, eu ando, eu sou.
Me manipular. Controlar.
Seu vício em mim é
pura vaidade.
Ficou cansativo o seu
incessante entrar.
Sai, quero me poupar.
E eu sou território
para você me demarcar?
Olha para mim.
Toca minhas asas...
alvas, limpas.
Impossível você me podar.
Chora agora.
Segue seu caminho, eu vou voar.
DEVASSIDÃO

A minha borboleta
abre e fecha as
asas, abre e fecha.
Está pedindo.
Por favor,
tira sua roupa?
Vou pousar em você...
Repousar.
Descansar.
Empoleirar.
Levemente.
Sente.

COROA

COROA

Minha vida, uma mentira.
Virtual, a minha alegria.
Esperançosa agonia.
No teclado uma história,
estória, em prosa, verso
ou rima, dia após dia.
Ouvindo as pessoas
na minha mente, olhando
fotos de alguma lente.
Meu desejo, utopia.
Não consigo suportar
esta dicotomia.
Entre o real e o elo,
que humilha.
Os meus dedos teclam,
não tocam, isto é uma
heresia!
Eu deveria estar com
a maioria.
Na mesa do bar ou
na galeria, ouvindo
uma bela melodia.
Dançando um samba
em algazarra, uma
tremenda alegria.
Ouçam! Decidida.
Estou pagando agora
qualquer quantia.
Para que devolvam
a minha eufonia,
meu eu, minha criança.
Ou saiam logo em romaria.
Vai ter matança, por
liberdade!
Desce a bandeira
a meio mastro e
espalhem a notícia.
Morgana não quer
mais ser fada do
outro lado da tela.
Ela quer ser gente,
que ri, fala e sente.
Todavia, chamem
a polícia.
Agora ela vira Rainha.
Aqui é o seu lugar. Abra a porta, e pode entrar. Traga suas alegrias, o seu olhar, deixe suas marcas ao passar... Preciso de vidas para me inspirar! Outras alegrias, outros amores, pimentas doces, amargas, sedentas, eu quero publicar.
VINGANÇA

O que tenho para te oferecer
não é pouco.
Aceite o que quero lhe dar.
Seja inteligente:
É pegar ou largar!
Você me quer, eu não,
mas estamos presos
amarrados neste embrólio,
casório, então...
Vou te explicar.
Nada terá critério, nem padrão.
E chega de ilusão que não ando
amiga da vida.
A bandida me tirou tudo que
me ajudou a conquistar, foi
covardia.
E com a sua ajuda,
me colocou de joelhos e
desceu a forca, banida.
Preste atenção.
Se me quer, toda,
tudo. Perfeito.
Assina logo o contrato
de olhos fechados.
É ilimitado, já desvirginado
de todos os lados,.
Aguçado, maduro, depravado.
Tudo acordado.
Mas leia a última
cláusula da escravidão.
Eu abracei o diabo,
o corpo é seu
mas minha alma não!
Esta, sempre será
do meu homem amado.
Troco dado, seu amputado.
Agora... silenciado.
Abriu o sorriso do meu lado
Toda mulher, só quer ser mulher, mais nada.
Desejada, querida, amada.
Sentimentos corriqueiros que se vê por aí.
Pequenos atos, grandes momentos.
Nada de mais. Um beijo roubado.
Bilhete pregado no espelho.
Um abraço apertado
Se não compreende porque parece tão fácil.
Eu explico:
O especial em tudo é VOCÊ!



A vida é feita de pausas. Vem pára em mim.

MESA PARA DOIS

MESA PARA DOIS

Eu te viro a cabeça.
Para baixo.
Para cima.
Para o lado.
Quando cavalgo em você
com o meu rebolado.
Na nossa quebrada.
Põe a mão no meu decote
sente o recheio espetado.
Planta em mim sua semente,
quente, rígida.
Despudorada.
Eu cruzo minhas pernas
em torno do seu eixo,
balanço o meu corpo
e lambo o seu queixo.
Adoro, quando não faz
a barba!
Estou amaldiçoada.
Por tanto me dar,
te querer,
amar. Sem parar.
Adoro tudo isto.
Ficar excitada,
por ter sido beijada
sem afeto.
Só sexo.
Mais nada.
Sou seu jantar.
A sobremesa...
Hum! Manjar.
Abre a boca, vou entrar.
Agora, já.
EXERCÍCIO
por Yulla Guimaraes.

Vem agora.
Miserisórdia!
Não quero muito.
Quero pouco,
uma degustação.
Te provar,
Vamos pecar.
Mas é todo dia.
Silêncio e
sem reclamação.

TROCADO

TROCADO

Olhar parado.
Ficando estasiado
ao te ver do outro
lado da rua.
Fecho os olhos
te imaginando nua.
Prazer ensaiado,
enciumado, anunciado.
Fiquei encantado,
perdido, parado,
estasiado, em aflição!
Mulher loucura,
doçura, raça pura, cavala.
Minha tentação.
Há que linda morena...
Será minha prenda e
em meus braços,
com meus pecados,
dupla perfeita, a nossa união.
Seu gosto eu sentiria
o tempo todo, pelos
dedos, boca, corpo.
Ela é um tesão.
Faria dela rainha
de copas,
do mundo,
só minha!
Sem utopia...
perderia a noção.
E se rápido ganhasse um beijo,
amasso, atenção?
Ficaria fraco, achado,
perdido, nas suas mãos.
Ao acaso, nosso caso,
seria eterna a
loucura... uma paixão.
Mandaria flores
todos os dias,
recadinhos de amor,
descobrindo seus anseios,
realizando seus desejos...
Você, minha purificação!
Ai morena minha,
planto um jardim
de colombianas,
mas leva embora
meu coração!
Eterno no seu interno.
Dentro do seu seio.
Não respiro,
estou sem ar, pulsação.
Pintaria as estrelas do céu.
Cantaria a nossa canção:
do amor pretencioso,
premeditado, sem ilusão.
Bem.
... se eu fosse homem,
talvez escreveria
mil poemas por dia
em admiração... a morena
linda, EU, sua razão!
Seja, exista, faça,
cumpra suas promessas:
Nos resgate...redenção.
Bilhetes seus.

Eu te quero tanto, que fico pequeno diante de tanto sentimento.
Vou atravessar o oceano a nado.
E se nada encontrar.
Fico feliz de estar mais próximo ao menos.
Do seu sorriso, do seu olhar, do seu cheiro.
Bilhetes seus.

Estou começando a encontrar minha paz outra vez.
É uma sensação boa.
Quando vamos nos encontrar?
Penso que você é meu único amigo
e talvez a única pessoa que eu precise na minha vida.
Isso me faz sorrir.
Espero ouvir de você em breve um sim.
Quem discute relacionamento. Não vive um amor. Vive um tormento.
Amor não se discute. Tome uma atitude. Não procure problemas inssolúveis, seja um problema solúvel. Tudo precisa ter começo, meio e fim.

ABANDONO

ABANDONO

Recolha-se.
Saia de perto de mim.
Eu desteto tudo
mesmo te amando assim.
Parece confuso.
Não!
Absorto, perdido.
Precoce, é você
me deixando em mim.
Eu que estava tão
segura,
plantando flores,
jasmim...
Prometi que iria dar
certo, com um
começo sem fim.
Agora não tolero
desculpas, ser
despejada assim!
Da nossa história,
retórica.
Felicidade, emfim.
Não entendi
nada, do seu
adeus sem lógica.
Palavras de botequim?
Homem doido,
melancólico.
Você é mesmo ruim.
Dói o destino.
Destruído.
Consumado.
Fato. Por fim.
Foi-se a paz,
a vida.
Eloquência.
Estopim?
O sol se pôs.
Deus despediu-se,
tomou-me o
livre arbítrio.
Culpa sua.
Fácil... para você?
Aplausos!!!
Sim.

SUBSTANTIVO FEMININO

SUBSTANTIVO FEMININO

Eu sou pequena.
Redonda ou oval,
sou a origem de todo
o mal!
Mas também,
faço o bem
dependendo
pra quem!
Feche os olhos e
me considere.
Toque-me.
Bem...
Viro caixa de rapé
se falar besteira
na minha curva,
nos meus lábios.
Macios, doces,
ácidos.
Grandes, pequenos.
Sou a caixa de pandora
surpresas ou travessuras!
Olha, molha, prova
ou morra!
Mas sou indicada
para várias curas,
muitas taras.
As suas.
Eu posso te secar,
se não souber
me usar!
Sou anatômica
e externa.
Interna.
Sou a essência da vida
e não tenho bula.
Mas com certeza
te levo até a lua.
Em alguns minutos
e estou sempre nua!

DOR

DOR

Eu estava me procurando e me encontrei em você.
Me peguei de volta, nos braços. Me recolhi.
Você não cuida do amor, como cuidará de mim?
Vem

A noite não silencia.
Ela cala, enquanto a gente se ama.
Dama na cama.
Fada da fala.
Eu. Toda sua. FRIO

Cuidado ao fazer seus desejos.
O truque na vida não é conseguir o que quer.
É quanto ainda irá querer depois de obter!

Hoje eu estou precisando beijar. Mais nada. Um delicioso e longo beijo. Quente, ardente. Vou te ligar. Você precisa me salvar. Eu sei que um abraço cura, mas o beijo, muda a cor de tudo. E a gente só precisa ficar mudo e começar. Fácil, seguro e tentador. Eu preciso de um beijo, mas só serve o seu, é desesperador este desejo. Alô?
Você querendo me conquistar e eu querendo te esquecer.
Agora que trocamos de lugar é possível entender.
Quando a gente desama, a gente desama mesmo.

Crime

Crmei

A sua perfeita imperfeição,
me levou à loucura, paixão.
Destruiu-me.
Considere a perda do juízo.
Transtorno infinito.
Prisão. Hospício.
Amor com dor.
Acendo o cigarro,
suspiro, trago.
Penso...
Ladrão.
DIÁRIO

Vou te invadir.
Caminhar para dentro de você.
Arder sua pele, te beber.
Venha meu deleite,
passe através de mim.
Me esquente, até
compreender e descobrir.
O que eu quero tanto.
Embebedar de nós.
Sorver, impregnar
o seu no meu.
Sinto sua grandeza,
notável, palpável.
Admirada intimamente
com o seu tamanho,
volume, dimensão, objeto.
Seu toque, seus dedos
me prensando no balcão
da varanda, no chão.
Você me atraiu para o
sorvedouro, turbilhão.
Fazendo sexo,
explícito, implícito!
Me segura pela nuca,
diz coisas malucas,
é assim que eu gosto.
Porque não?
Me sinto generosa,
impetuosa!
Me faz de danada,
quando levanta minha saia,
quando nos esfregamos
na escuridão.
Guloso, você faz gostoso.
Quero mais uma sessão.
Estou com tesão.

Concreto.

Concreto.
Fazer do perdão a criação.
Sua, divina. Do mundo.
Cantar um mantra, uma oração, diária.
O tempo inteiro.
Uma música com a voz de Zeca Baleiro!
Determinar ser um herói da sua heroína,
da sua menina, do seu filho, da sua família!
Ou perdoe o capeta.
O perdão é seu.
Várias facetas ele tem, o perdão.
E o diabo também.
Não? Acredite.
Jogue fora as vaidades, eternidades.
Manias. Mentiras. Segredos.
Corriqueiras, mandigueiras... Pagãs!
Tudo dói mas é visível.
Viável, palpável.
Perdoar é validar sua miséria,
sentimental, interna, fetal.
É ter habilidade para destruir o óbvio
e recomeçar, devagar,
paulatinamente, sabiamente,
sem distorção.
Distração.
Seguir em frente.
É ser humando filho de Deus d.c.
Literalmente.
Não leia a bíblia, mastigue,
mastigue e engula
com pão e vinho.
Seja voraz!
Torne-se capaz de voltar ao útero,
ser feto e renascer.
Permaneça no caminho,
viva um dia após o outro e zele pelo ninho.
Da algoz criatura.
Perdoa esta alma impura.
É a palavra de Deus, não a minha.
Não seja fugaz.
Não hesite. Persista.
Olhe para adiante e não para trás!
Não tenha carne, sem sange... apenas coração.
Silencie a alma audaz.
Perdoar, não é arte, nem sabedoria.
Não tem nome, nem autoria.
É para poucos.
Há meu ver é triste, sombrio, célere.
Impossível.
Palavra bonita de ser dita,
mas impossível de ser consumida.
Feche os olhos.
Tente... consiga.
Te aplaudirei em pé
e passarei a minha mera vida
a te venerar.
Se me fizer, depois de tudo
Te perdoar!
SACRIFÍCIO

Quem tem capacidade
de amar, consegue perdoar.
Será?
Mas para perdoar há que determinar.
Expurgar da alma as chagas.
Dores, males, pesadelos.
Guardar as malas.
Curar o corpo inteiro.
Tudo, o mundano,
o dano, o zelo.
Lacrar as feridas.
Em sete palmos,
no caixão, no chão.
Nada em mim é diminuto.
Adoro um superlativo.
Sou impossível demais.
Não quero mais sangrar.
Jamais encontrarei alguém como você.
Ironia, coisa de menina!
Assim como nunca deixará de soar,
as palavras que usou para melindrar.
Nossa, foram tão fortes!
Mal consigo pronunciar.
Falta de respeito.
Eu que te fiz leão.
Monarca.
Te fiz fausto.
Nababo.
Te dividi sem medo:
com seus prazeres,
com seus afazeres,
com outras camas!
Sacana, danado.
Não me despreze porque acabou.
Seja justo, devolva-me o que restou!
Me deixe seguir em frente.
É chegado o momento,
solte minha mão e não agrida com a outra!
Me deixe solta,
me deixe amar,
me deixe completar a vida de alguém.
Siga em frente com a sua,
independente de qualquer contradição.
Cumprimos os sacramentos,
tivemos nossos momentos,
findou-se a missão.
Vá em paz, eu não te quero mal!
Apesar de você destilar veneno.
Eu perdoo você por ser tão pequeno.
Faltou humildade,
faltou amizade,
falta hombridade,
na sua ínfima verdade.
Minha esperança é que haja
um antídoto para sua maldade.
Passar bem, Sarraceno!
Fim da angústia.
Início da Epifania...
... música para meus ouvidos.
Cumprida a profecia!
Eu adoro ser impossível.

CARNAVAL

CARNAVAL

Espera um pouco.
Pare de agredir.
Respire,
segure a sua palma.
Foram tantos anos,
muitos momentos.
Maltratando a moral!
Tudo dói e não existe esperança.
Nada me trará de volta,
assim só será feito mais um mal,
mais um carma.
Não dá mais.
A paixão virou escorpião.
Ou nos envenenamos,
ou nos matamos.
Engraçada semelhança!
Como fomos capazes
de sermos tão incapazes,
medíocres,
imprestáveis!
Com um amor, uma escolha.
Eu fui a sua, você foi a minha.
Fugimos nos nossos melhores momentos,
usamos máscaras, fantasmas.
Amamos os nossos corpos.
Detestamos as nossas almas!
Não podemos mais brigar,
não há mais o que destruir...
Nos ferir, tolher, competir, marcar.
Pura verdade, extrema.
Corre que a vida anda apressada, sempre reclamando do tempo que anda passando e não pára. É uma briga danada. Se eu fosse você, fazia tudo que quer logo. Esta briga, pode não acabar bem. A vida ganhando tempo ou o tempo tomando toda a vida.

Não existe manual de instruções para o amor. Amar é integral, composto, geral, extrínseco, intríseco, pontual, anormal, insano, complicado, desigual, dolorido, colorido, humano. Depende de que ama. Depende de quem é AMADO!
Nunca é uma palavra eterna e me dá fome de mudanças.
Nunca é estar sempre preto e branco. Sem retorno. Forte. Cruel.
Precisa-se ter muita sabedoria para dizer e muita força para aceitar.
Eu acredito, que assim, como jamais é para sempre. Pense antes de falar.

LIBERTA

LIBERTA

A mulher gente,
geme ao parir
abre o ventre que
gera a vida
e verte a lágrima
ao ver partir,
quem ama.
Filhos.
A mulher gente,
arruma a cama
para deitar a cria
ou ser donzela.
Sob o sol ou chuva
vira esposa ou concubina,
depende de quem zela.
Amores.
A mulher gente,
treme de querer,
por tanto sofrer e
prefere punir-se,
entregar o útero
para saciar a fome,
da prole, do próximo,
do homem!
Cortesia.
A mulher gente,
não se abate
na sangria do mês
firme e intrépida com batom
nos lábios e salto nos pés
vestido apertado
indo ao trabalho.
Agravo.
A mulher gente,
cala os desejos
em detrimento
dos anseios
do suposto ao lado.
Amamenta durante
a vida inteira o
ser amado, recém-nascido
ou bem criado!
Obstinada.
A mulher gente,
fala com os olhos
gritando por um agrado:
Não é brilhante, nem casa,
carro, viagem, roupa, um
achado!
É o sentido da vida
a liberdade perdida
do amor errado.
Devolva-me
o útero alterado
o seio alargado
o sexo solicitado
o filho adotado,
sou gente
a mulher é obra
divina.
Objeto desapropriado
Se você acha que amou demais tenha filhos. Se você acha que amou de menos, tenha filhos também. Filhos te ensinam muitas coisas ao longo da vida, é um aprendizado atrás do outro, todo dia e você se sente cada vez mais gente, mais humano. São muitos sentimentos. Filhos fazem com que seu órgão vital, o coração, fique em outra perspectiva, o coração. Ele passa a pulsar do lado de fora do seu corpo. Onde quer que seus filhos andem, onde quer que eles estejam, lá está o seu coração, ao lado deles! Grande lição esta da vida. Tenha filhos.

GATILHO

GATILHO

Me puxe para sua tragédia,
não a Grega que dela você não faz parte.
A sua é pior, não tem arte,
não dá para contar nas memórias,
estandarte!
Esbanja seu imortal e acha que é
hombridade, atroz moralidade.
Hoje eu não quero!
Me faz culpada, e pede a outra face.
Sem problemas, eu dou.
Bate, espanca, amordaça,
intolerância... disfarce.
Mas quando me soltar
é bom se preparar,
vou acabar com sua aparência,
tirar seu sorriso do olhar
não vai ter o que sobrar.
Acabou minha subserviência,
do amor que jamais existiu.
Soprou ouro em pó, criança!
Burro, estúpido, maluco.
Nesta pele, corpo, alma, você não vive mais!
Sublimou Deus, depois que me dividiu.
Me tirou o meu eu, despertou meu Lúcifer.
Aqui jaz, uma mulher de verdade.
Desculpas? Jamais!!
Sou humana com livre arbítrio
indo e vindo em teto de vidro.
Cometo o crime.
De não perdoar!
Será mais um fardo para
eu carregar.
Tire seu corpo de cima do meu,
não consigo respirar.
Acabou homem!!
Opressor, tirano.
Bateu no peito
me pôs de joelho
e comecei a rezar:
- Alguém me dê insanidade
porque na qualidade de
vítima, eu não vou ficar.
Dano moral, físico mental,
dane-se!
Te peço clemência
desce com força a forca,
cortem minha cabeça
e tirem a coragem
que se apossou de mim.
Sentença.
Porque foi a última vez que minhas vidas
foram para o purgatório, é o
início do fim.
Atirou no escuro.
Mirou e errou.
Pegou de raspão.
Esquentou, partiu!

SEDA DE TARENTO

SEDA DE TARENTO

Gritei com você.
Perdi a razão.
Estava com o ódio
provocado, abafado,
dolorido!
Você fala muito mal no meu ouvido,
de mim para mim.
Bandido.
Sensibilidade exarcebada,
náusea, distúrbio. Pirei!
Uma sensação de agulhas
e alfinetadas
descendo por um lado
do corpo:
O esquerdo!
Coração. Que medo.
Foi merecido e estava
oprimido, o gume.
Clamei!
Soltei a voz, errei no verbo,
nem pensei quem iria escutar!
Rasguei a goela, tamanha
a fera que precisava
libertar!
Abri a jaula.
Xinguei a mãe, a filha
e a rameira e não foi
de Santa,
imagina tal elogio.
De baixo
para cima a melhor
palavra seria, meretiz!
Para ela.
E meu orgulho, isso sim.
De perder a conduta
para o filho da ...
que me dividiu assim:
Mulher imperfeita,
mãe incompleta,
amiga ausente.
Irmãos largados.
Sogra doente.
Sem pai ao nascer.
Sem vida antes de você!?
E batendo no peito
dizendo para todo mundo
que você é o melhor
que eu poderia ter?
Branar foi pouco,
o mínimo que eu
podia fazer.
Ínfimo.
E eu arrependida?
Com toda esta nódula
dentro de mim?
Eu deveria ter pisado
com o salto bem alto,
maltratado, agredido,
rasgado sua veia.
Apenas, assim!
Seu recruta,
resumido,
reduzido,
enxerido,
aturdido.
Agora: surdo e calado.
Está preso na teia, da
tarântula que você
mesmo criou. Manipulou.
Neófito, o próprio.
Engole seu veneno.

ÓSCULO

ÓSCULO

O beijo ofende
quando não afeta
por dentro por fora
em cima dentro
no orifício que lambe
a língua que grita
a tez bronzeada
da mulher torneada
minha nudez.
Venha e corrompe
sem prejuízo
infortúnio ou desgraça
meu corpo.
Crava os dentes,
usa sua estaca
na minha garganta,
boca, sem timidez.
Toca a minha
bula meu extra
e retira a palidez
deste dia de inverno
que inferno!
Estou nua outra vez.
Boca com boca,
sem aflição dor
ou tormento
que neste momento
sou uma atriz?
Risos.
Sem virtude moral
ou justiça,
vou de tomar,
por via oral , talvez.
E com o compromisso
de amanhã ser hoje
e nunca mais existir
nunca, quando nossos corpos
começarem as relações
ralações...
Deflora agora a minha desonra
pela raiz...que minha beleza,
figura, eu inteira
estou por um triz.
Não me censura,
que estou sem frescura
para esta cena tórrida, feliz!
Lambe minhas costas, coxas, nariz
e exagera no ato que eu
vou suspirar
murmurar.
Eu quero terminantemente
ser sua aprendiz.

Eu

Eu
extremos.
Não sei onde parar,
começar, terminar.
Não tenho limites
nem sei esperar, amar,
desejar. Tara.
Eu
extremos.
Me banho de água benta
e bebo cachaça,
viro copos,
zero números
e começo a contar. Falha.
Eu
extremos.
Experimento o exagero,
mísero mero
e o que restou é
destempero telepatia. Agonia.
Eu
extremos.
Cheia de manias,
com mil faces nos rosto
jogando fora peças
do jogo que mal
começou. Ínicio.
Nascendo agora,
olha a hora, grita o óbito.
Eu.

NEVRALGIA

NEVRALGIA

Eu
extremos.
Cores negras magentas.
Perfeitas placentas
que amamentam a tormenta
e expulsa após o impulso. Sedenta.
Eu
extremos.
No útero oco seco
órgão improdutivo
apenas sexual o desejo
da mulher é severo
o reflexo da vida. Mácula.
Eu
extremos.
Prefiro a ganância
o fel misturado com mel
a pele humana
de quem espera
e alcança. Infiel.
Eu
extremos.
Uso a ferramenta vulgar
de quem apela sem olhar
o tocar áspero no meu centro
meu núcleo, meu meio.
Entenda! Confuso.

PRIMEIRO ATO

PRIMEIRO ATO

Enche minha boca de besteira
esta noite, até amanhã.
Arrepia minha calma,
transborda, balança.
Completa o meu vício com o
seu, vamos arrasar.
Toca minhas pernas que elas vão te guiar.
Vem pelo meu caminho, meu ninho.
Se aquece, devagar.
Arremessa seu corpo no meu colo,
eu vou suportar.
Seu peso no meu eixo.
Seu queixo no meu beijo.
Seu cheiro no meu ar!
Vou te dar uma canseira, um chá!
Intenso este ato. Agora.
Fecha meus olhos e vem devastar,
de baixo para cima,
de um lado para o outro,
para dentro para fora,
abre e fecha.
Palpitar.
Amassa meu seio, aperta, morde,
belisca, não vai me matar!
Eu deixo, eu quero, preciso.
Permito.
Toma meu cálice, forte,
vivo, salgado.
Vem, vai,
não vamos parar.
Ser divino:
começa de novo.
Te dou um minuto apenas,
para respirar.
No meu lugar, dentro do meu lugar, o que você mudaria?
Tudo parece estar perdido.
Tudo está fora do lugar.
Quanto tempo você ficaria?
Quanto tempo você permaneceria?
Por mais quanto tempo sustentaria a mentira.
Lógico que eu tenho medo.
Eu não me preparei para isto.
Eu não me preparei para abandonar você dentro de mim!
Se voce for, eu ainda continuarei te esperando.
Mas por quanto tempo terei esta dor?
Mas por quanto tempo irei esperar?
Por favor. Volte.
Esteja no mesmo lugar quando eu me virar.
Que diferença poderá fazer a sua partida?
Tudo continua sem sentido.
Venha, vamos seguir em frente. Agora.
Por favor, volte e cante a nossa música.
No meu lugar o que você conseguiria mudar?
É melhor eu começar a rezar por nós dois. Ninguém consegue falar muito tempo das pequenas alegrias e penso que as grandes alegrias são esquecidas rápido também. Não vejo ninguém carregando uma TV de 42 polegadas por um mês para testemunhar a sua felicidade. Ou comentando por muito tempo sobre o tão desejado novo computador. Também não me lembro de alguém que tenha mandado convites expressos sobre a satisfação da quitação de alguma dídida, ou cheque especial. Já as tristezas... Essas sim, nos consomem horas e horas de saliva, memórias e dedicação.

VINGANÇA

VINGANÇA

Lá vem meu forasteiro,
quando sente o meu cheiro.
Tira sua capanga.
Toma um banho de lavanda.
E deita ao meu lado.
Com seus beijos,
me encanta.
Bicho arretado!
Mas depois da lambança,
deita e vira para o lado.
E se põe a dormir!
Fico fula da vida, brava,
arrependida.
Silenciosa.
Abro a caixa da cobra.
Cascavel.
Sorrateira.
...deixo ela sair.
Que papo é este de pratique o desapego?
Eu fico imantada quando me apaixono.
Quando eu amo.
Quando eu quero.
E acontece com qualquer amor que tenho.
Com a flor arrancada do jardim ao tórrido romance que vivi.
A fotografia antiga, uma velha amiga.
Tudo que eu quero é estar mais apegada ao meu desejo.
Que o meu exagero, seja eterno dentro e fora de mim.
Eu sou demais mesmo. Nada tem começo meio e fim.
Gosto de tudo misturado e ao mesmo tempo.
Enfim. Eu. Aqui e mais ali, ali e ali.

XADREZ

XADREZ

Abre a porta!
Senão eu arrebento.
Estou cansada.
Não vou dormir ao relento.
Abra.
Quero entrar.
Não entendo porque
você não quer me esquentar.
Sou casta, pura estirpe.
Não sou novata neste
jogo incoerente.
Eu ganho sempre
impreterivelmente.
Esqueceu que sou inteligente.
Brigas para que,
não consigo te entender.
Você me olha e consome
me toca e some.
Me quer sem pudor.
Fica alimentando esta dor.
Entrei.
Agora respira, porque minha vontade
vai te tirar da linha.
Xeque-mate.
Frio na espinha?
Coisas de rainha.
Beija meus pés,
olha minha boca
vou te virar ao revés.
É uma ordem.
A tormenta passou.
Nem lembramos o motivo
que nos acorrentou.
Agora tranca esta porta atrás de nós
que a vida começou.
Silêncio.
Suplício de amor.
Começo.
E o fim da dor.
Quem ganhou?
Estou com fome de amor. Carência infinita, de toda humanidade. Se você ama, compartilhe, o amor. Hoje em dia é um dever social.
Somos completamente incompletos. Queremos sempre mais. Incessante anseio. Inqueito. Nos tornamos máquinas dos desejos que não possuímos. Pedimos demais, queremos mais, somos insasiáveis. E a complexidade do incessante incompleto, me permite regorgizar por entre os intensos sentimentos. Que incompleta seja a vida, pois ainda assim, quero vivê-la mais e mais... quanto mais desejo, mais quero!
Fui ao cardiologista.
Estava com uma dor do peito.
Ele disse que vou morrer.
Retruquei, impossível, morri de amor três vezes e resisti.
Não estou aqui, estou?
Mulheres são mesmo uma classe desunida.
Ando falando de algumas dores, amores, desilusão.
E comentaram por aí que me falta um gênero masculino na mão.
Que insensível comentário!
No ledo engano da amiga, aí vai uma explicação.
Se não encontrar o que me falta no masculino, ser, então:
Amor, tesão, amizade, recomeço, carinho, zelo, comunicação, alegria, paixão...
Essas corriqueiras coisas da vida que as pessoas na pressa esquecem de dar atenção.
Falta de homem até pode ser uma solução.
Prefiro andar só e enfrentar uma solidão.
Temporária é claro, porque meu ANÚNCIO, não será em vão.
A dor precisa ser expurgada, sentida, exilada.
Mas ela passa. Um dia você esquece e fica mais forte.
Ainda terei tempo para falar sobre as alegrias.
Elas andam me rondando.
Tomarei a decisão.
Vou publicar, poesias, rimas, gargalhadas.
Polêmicas. Como qualquer eu.
Enquanto isso.
Peço, um pé de frango, um ovo frito e uma dose de pinga.
Fica a sugestão.
Yours scraps...

i hear your love
i never forget it
i carry it with me in every step
i can't see you every day
i can't touch you every day
i can't talk to you every day
but every day
i love you a little more
and i wait
til you are in my arms everyday
you are beside me at bedtime every day
til i can wake up with you every day
til i can talk to you every day
and tell you i love you
nonstop
without words but with a look
a touch
a brush past each other in the hall way
under candles and star light and moon beams and fire
under pink blankets and sheets and duvets
your hair in my fingers
your breast in my palm
your lips against mine
your hips in my side
baby
you are my baby
and i want a baby with you
you are the mother of my life, my future, and my child
i want no other
just you
simple
peace
beautiful
You.

PRÓLOGO

PRÓLOGO

Casamento acabado,
instintivo, voluntário.
Beijo sua boca.
Seca.
Caridade.
Você não enxerga.
É tudo sem vontade.
Deito na nossa cama e oro
para que você simplesmente
adormeça e me esqueça.
Arrume outro alguém,
não importa quem.
Vá ser feliz,
tudo tem começo
meio e fim.
Te dou anistia,
desta monogamia,
monotonia.
Sacramento.
Sofrimento.
Contrição.
Solenidade dissolvida.
Minha parte envolvida,
eu, estou batendo em retirada.
Espero que a outra estimada,
te dê em dobro o que eu não pude.
Peraí! Por tempo indeterminado. Claro.
Admiração.
Amizade.
Sexo.
Paixão.
Respeito.
Idolatria.
Significado.
Alegria.
Satisfação.
E que um dia como eu,
a próxima humana
saiba olhar para seu egoísmo
e dizer sem pestanejar,
a palavra perdão.
Eu aceito tudo.
Seu jeito egocêntrico de gostar.
Sua cara pintada, na hora errada.
Seu jeans descosturado.
Seu diploma entalhado.
Suas frases desesperadas.
Sua pia entulhada da farra passada.
Seu carro largado ao pé da estrada.
Sua pureza tingida de mal com a vida.
Sua tara velada pela inocência estampada, na cara.
Mas não me peça nada que eu não possa te dar.
Não prenda. Não me cale. Eu preciso cantar.
Olhando o mundo girar. As pessoas a se dedilhar!
Me solte aos cântaros... que assim, você me carrega
na sua bagunça, e é na sua vida que eu quero me encaixar.
Sina Minha.
Você vem?
Estou indo, mas preciso me preparar. Não estou pronto para deixar o mar...
O meu querer teme essa distância, onde meu ar deixa de ser água e cai na imensidão da estrada.
Eu preciso de tempo para pensar... quem ama sabe, alguns verbos são essenciais conjugar.
Escolha, esperar!

TEMPO LOUCO...

TEMPO LOUCO...

A gente procura um amor que dure pra sempre.
Mas quanto é que dura um pra sempre?

E pensando bem, dentro da intrépida loucura de te desejar.
Para sempre é muito tempo para nós.
Que seja o para sempre aqui e agora e que o amanhã fique para depois seguindo no ritmo da vida.
Não quero mais rótulos de superlativos em mim, basta você ser tudo em mim.
Por hoje chega.
Mas amanhã tem mais... mais... mais... eterno tempo louco de amar.

REPOUSO

REPOUSO

A dor. Sem pudor, com disfarce de amor!
Eu nua, de tudo, como vim ao mundo. E ela?
Vigarista, me chama de amiga e fere a ferida.
Aberta, fétida, maléfica!
A dor.
Não é mágoa é aflição, dó com nó na garganta,
que mata, escalda. Forasteira que entra e sai.
Apodera-se do meu veredicto, padecer no inferno, lágrimas!
Um derradeiro. Verdadeiro, violento.
A dor.
Cansada do lamento. Ladainha. Traiçoeira, há quanto
tempo está perene em mim... cem, mil, horas, enfim.
A dor.
Satanás. Este sentimento tem cheiro de memórias, póstumas, estio.
Quem dera fosse como Brás Cubas.
Oras! Azar o meu, eu sei. Intriga, culpa, fria, indiferente e arde.
Tentativas.
A dor.
Vai honrar a ameaça que me fez tragar? Encheu-me de pústulas
nas veias de tanto gritar:
CHEGA DOR, precisa passar!
Cresci, amadureci, tatuei o limiar, no pulso, jorrar.
Palavras. Juramentos.
Vem o cavalheiro e me estende o dedo, não a mão.
Depois de anos, aceito. Acalma minha peleja, cala o meu grito,
lambe minha lágrima. Toca meu cabelo. Um companheiro.
A dor.
Me aquece, adormece, apetece. esclarece:
Sou apenas um mensageiro, esvazio seu corpo inteiro, apago a
amargura. Agora.
A dor.
Momento.Tudo é passageiro. A vida, a tua. Segue a diante
sem medo, sou seu escudeiro.
Mas vestindo negro? Com este olhar sorrateiro, olhar disfarçado,
olhar oblíquo.
Cala-te, vim apenas te buscar. Tempo de viver o infinito.
A dor. Espírito. Pode dar seu último grito.
ALÍVIO da dor.
MEMÓRIAS...
Detestei descobrir que nem toda lembrança representa saudade.

Rasguei fora tudo que me lembra você e motiva ira.
Tenho medo de decidir esquecer você.
Prefiro me sentir como um rato, solto, nos escombros do nosso amor, do que te colocar a sete palmos do chão!
Abriu minha ferida. A possibilidade de viver só com memórias não me satisfaz. E sou decidida. Sofro, fico em cacos, mas jamais dividida. Saudade é sentimento de quem disse que ia e não foi. É pouco para mim, gosto da continuidade da vida.

TUDO JUNTO E NADA SEPARADO

TUDO JUNTO E NADA SEPARADO
Li uma palavra agora há pouco que ficou martelando o meu pensar: Misturinha.
Gostoso a gente se misturar. Desmistificar esta coisa de ser unilateral. Vamos transgredir. Uma misturinha ali, uma misturinha aqui. Já sei, não está entendendo? Levanta o traseiro da cadeira, verbalize, toque, mude de faixa ao dirigir, pegue a direção contrária, ande no contra fluxo, pise na poça de água, deixe a camisa sem botão. Toque no seu próprio ego. Passe uma noite sem dormir pensando nas músicas que não gosta de ouvir. Experimente TUDO! Eu por exemplo.

INVISÍVEL? IMPOSSÍVEL!

INVISÍVEL? IMPOSSÍVEL!

Você tem vergonha de que?
De mim!!!?
Porque provoco indignação.
Sou indecorosa ao amar.
Não tenho pudor.
Sou insensível a densonra.
Não mostro rubor e falo palavrão.
Não sou tímida e nem acanhada.
Assumo o que faço. Ando pelada.
E de cara lavada peço perdão.
Você é que deveria ter vergonha seu sem vergonha!
Não se esqueça, tatuei você na pele, no coração.
Vai comigo ou não?! Eis a questão.
Te arranco de mim e onde te jogo, alguma sugestão? Agora, não consigo distinguir qual sentimento eu não gostaria de sentir.
Amor, ódio, vergonha, orgulho, saudade... Posso sentir tudo por uma única pessoa em um único dia e por motivos completamente diferentes. Assim, não existe monotonia. Não sou existencialista, nem depressiva, muito menos confusa. Eu sou um tudo bem diferente do resto do mundo. Pronto, vírgula e ponto final.

ENFEITADO

ENFEITADO

Agora eu queria nos deitar em um roseiral.
Dentro das flores, sem espinhos.
Em um monte macio de pétalas vermelhas, bagunçadas.
Me levantar e flertar com você enquanto o vejo se despir.
Aquecer a pele com o doce sorriso de você me querendo.
Não importar com nada. E o nada não ser pequeno.
Pois a imensidão será o vazio do céu abençoando o momento.
Do vermelho das rosas misturado ao calor do corpo manchando a pele, nos florescendo.
Brindamos com o amor o sabor da vida. Nós dois e o sentimento consumado.
Que este momento seja eterno nos nossos desejos e para sempre lembrado.
Nós nos amando no rosal rubro, irremediável... perfeito

PREDICADO

PREDICADO

Queria ser bem pequinininha. Bonitinha, magrinha, fininha, fala mansinha, quietinha, morninha, queimadinha, calminha, bobinha, usar rosinha, amarelinho, chegar devagarzinho, paradinha, lisinha, mansinha, bobinha, dar gargalhadinha, baixinha, moreninha... Talvez seria mais fácil. Mas o que fazer com o mulherão que mora aqui dentro? Abandono também dá punição. Pensando bem. Prefiro que me amem e detestem ao mesmo tempo. Não ser notada?! E não preciso usar nada para chamar atenção. Até nua, parada, então, melhor verbalizar o com uma frase, resumindo: AQUI PODEMOS TUDO, ATÉ VOCÊ PEDIR NÃO!!! Não pare, não termine, não...
Quando penso em tudo que fiz de errado... palavras mal ditas, comportamentos impróprios, brigas fúteis, reclamações bobas, tempo perdido. Me dá um arrependimento em ter lembrado sobre tudo isso. Que pleonasmo, perder mais tempo pensando, naquilo que foi dissolvido. Passou, passado. Fim, finado. Melhor seguir em frente, cometendo outros erros e me arrependendo.
Para cada erro um aprendizado, mas lembrando sempre de esquecer tudo de novo.
Deus foi um sábio amigo. Nos deu um lugar, duas pessoas, uma cobra e uma fruta para começar. Lógico! Deus nos deu o amor, puro, intenso, perfeito. Mas para mim, cometeu um erro. Nos deu o livre arbítrio e nós, estamos acabando com tudo, que Deus nos deu. Sejamos mais reponsáveis! Não é corriqueira, nem passageira... é a dádiva, a vida!

RECEITA

RECEITA

Tenha pelo menos sete melhores amigos, sete bons inimigos, sete pessoas alegres, sete pessoas tristes, sete amigos ricos, sete amigos pobres, sete sábios amigos, sete fúteis amigos, sete parceiros de farra, sete parceiros da calma, sete amigos bacanas, sete amigos bananas, sete amigos gostosos, sete amigos bicho-grilos, sete amigos fantásticos, sete amigos normais, sete amigos religiosos, sete amigos infiéis... tenha sempre uma porção de sete amigos de tudo que precise, que seja essencial. Um amigo para cada dia da semana. Mas seja inteligente, o mais importante é ter 365 amores, um para cada dia do ano!!!
VIDA.
Me pega no laço, aperta meu braço, esfrega com força, as minhas coxas...
Me deixa marcas, arranca as faltas, da sua imprudência, nas nossas vidas!
Me dá um beijo, sem sua saliva, toma a minha, na sua papila.
Na maioria dos dias não importavam as horas, adorava as malícias, nossas ousadias! Mas fui despedida. Foi maldade, sua deslealdade com nossa alegria.
Que travessura, sua diabrura, se despir da armadura e gritar que trair em mente
é coisa de gente pura. Pureza... só sua!
Justificar seus erros através dos meus, sacanagem, molecagem. Nem pense
que vai virar o jogo com esta abordagem!
Preferia fingir que nossa delícia era a maioria. Que ironia.
Mas preste atenção, que estava aguardando o momento certo, para te dar a notícia:
Amei outro alguém, não pensei em ninguém, em outra carruagem.
Completo. Repleto. Eterno. Intenso. Ereto. Frente. Verso. Perfeito.
Glorioso momento da minha vida! E fui mais honesta comigo e agora com você,
com minha paixão, tesão, loucura. Não foi falsa miragem. Entenda a linguagem,
bem diferente da sua. Foi tudo gostoso. Real. Mágico. Pretencioso. Proposital. Nada cabal. Risos... em gozo, o dobro. Diferente de você. Que transa online
se toca e se pega, com todas nas teclas e telas e acha que ainda me ama? E elas?
Trai e trepa, porque é só som e imagem... virtual, fica tudo igual, normal?! Nada de pele, mas e a sua? Meu querido ex. Meu nome é o mesmo, mas o meu sobrenome além de LIBERDADE também virou CORAGEM!

DIVÓRCIO

DIVÓRCIO
Se eu separar meu cérebro do meu coração, pode ser que dê certo.
Um fala com a razão. O outro com o sentimento. A briga dos dois está pior que briga em casamento. Já estou cansando, estou no meio do furacão.
Melhor seria me dividir ao meio. O coração fica com meu coração e a razão com o corpo inteiro

MONÓLOGO

MONÓLOGO

Provocar com a mão.
Provocar com a pele.
Gozo venéreo!
Continuar.
Na espreita ansiosa,
de alguém chegar.
Olhar. Esfregar.
Começo a esquentar.
Provocar com o toque.
Provocar com a língua.
Gozo sem limiar.
Ter a posse na posse.
O próprio desfrutar.
Ofegante. Delírio.
Uma vida em prazeres,
me refrescar.
Em mim, no meu eu.
Provocar com o braço.
Provocar com o polegar.
Renunciar. Adivinhe?!
Sarrar. E para completar
a vontade. Selvagem.
Humana. Repleta.
Fêmea no cio.
Melhor respirar.
Não tenho mais tempo para recomeços. Quem anda de ré e faz manobra é carro. E nem dirigir eu dirijo. Eu quero é andar para frente. Todo dia não nasce e morre gente?! Pois é, relação é a mesma coisa. Termina uma eu quero outra. A gente troca de roupa, de carro, celular, computador, emprego, muda o cabelo e isso tudo em uma vida só. Já basta. Eu quero mobilidade. Adoro ver gente passando.
Hoje o confuso apareceu. Nem dei bom dia para ele, mas ele permaneceu. Ignorei o danado, ele se fortaleceu. Entrou na minha cabeça e me esqueceu. Se me confundo e me perco, fica tudo fora do lugar. Faço uma confusão danada com o meu pensar. Misturo o seu nome com o meu. O meu desejo no seu. A minha fome com a sua. Me troco de lugar. Fico com o seu coração no lugar do meu, batendo sem parar. E onde fica o meu?! Fica do lado de fora, suspirando pelo ar, palpitando o tempo todo te chamando sem parar!
Também gosto de não existir, algumas vezes. Não pertencer a ninguém. Ser meu mesmo. Fechado no meu mundo. Eu com eu, uma dupla e tanto.

Não tenhu relógio

Eu não tenho relógio, tenho velocímetro. Minha vida é um grande pulsar de vidas, muitas coisas dependem de mim. Vida corrida. Mesmo assim prefiro o velocímetro ao relógio. O motivo é óbvio. O relógio te cobra o velocímetro te solta.
Agora não tenho tempo para compor nem para ouvir, melodias, sinfonias, eufonias, vozes... a minha vontade de ser feliz ressoa muito mais alto que qualquer som. Emudece qualquer baraulho. Até a vida fica muda quando desejo ser livre. Quieto. Ouça. Por favor!

Caos

Caos
Amor e risos sínicos. Não olhamos mais nos olhos. A alma está cega, seca, frígida.
A foto na parede não fala. O mofo prolifera no vazio. Sempre esquecemos que somos humanos e desabamos. Erramos e mentimos. Manipulamos aos uivos. A carne não apetece. Anorexia. A mão não alcança e a voz só geme, rasga palavras. Amargas cheia de mágoas. Olor da vela que não acende. E a espera cansa. O sangue congela. Aparece o medo. Sabemos que deveríamos parar de nos usurpar. Debater e denunciar. Faltas. A humildade vira mulher, fêmea, efêmera. A hombridade toma conta da soberba. Escárnio. Coajir ou agir. Fuga em massa. Vá, cumpra as ameaças. Vãs. Pagãs. E eu já acredito nas suas mentiras! Me tire a PAZ... se for capaz. Somente na lápide. Onde mais. Desamor.
Eu sou um vulcão. Cuidado comigo, estou em erupção. Não esbarra que solto um palavrão. Ando perderdo o juízo por poucas razões. E não peço perdão. Te jogo no chão e faço... façamos um trato no chão... começa a acalmar o meu coração.

Escolho ser louca. Já dizem tudo de mim. Não troco de roupas, troco de rótulos. Uns eu adoro, outros me acostumei, outros não tem jeito, tenho que usar mesmo, uns coloridos, outros bonitos, gosto de uns desbotados, meio antiquados, mas dá para o gasto... uns causam medo, falam a despeito de desejos carnais, sacanagens mesmo... tem os do humor, bem engraçados, uns eu uso descalço, nem preciso de sapatos, os que mais gosto são imperfeitos, estampados no peito. Uns eu empresto, combinam com muita gente, as que amo e as que desprezo, mas prefiro manter todos por perto, daí uso os do controle. Agora, nos tempos modernos, estou esperando ganhar novos rótulos, ando precisando renovar, o meu aspecto. Enviem de presente para mim...
Olá!!! O incorrigível é tentador. Vira a cabeça de qualquer um. É inevitável não se apaixonar. Contém tanto sentimento que acha que não tem nenhum pra demonstrar. Faça-me rir!!! O seu interior é cheio de carinho, transborda amor. Vamos brindar, eu te ajudo a encontrar. Comece conjugando o verbo terminado em AR. Vamos lá?!

Eu não quero amor sincero. Eu não quero nada eterno. Eu quero é me sujar com a vida, para ela me entender. Eu não quero começos e términos, eu não quero nada pontual. Eu quero quebrar as regras, ser incompleta eu sou irracional. Quero um encontro marcado as escondidas com o acaso, casual. Eu sou feliz por ser diferente independente do dia, constantemente. Estão falando sempre de mim, aleatoriamente. Este é o meu legado... mostrar para toda essa gente, que bem no fundo das almas, todo mundo é igual. Abafando seus desejos, sendo condicional. Que para se debandar do bando, só tendo muita coragem e alimentar o essencial. A vida, mais nada, o resto é bobagem. Passam os dias, acabam as horas,daí a gente envelhece e tchau.
Eu sou uma pessoa excêntrica. Esquisita mesmo. Converso com um computador o dia inteiro. Ele me tem o tempo todo. Sabe mais da minha vida do que eu mesmo. Guarda meus segredos, minhas máscaras, minhas vidas. Guarda todas as minhas memórias e esconde até as perdidas. É o fim dos tempos. Sinto tudo por tudo no mundo pelos meus dedos. Teclando palavras, pensamentos, sentimentos?! Quando falo até me assusto. É o meio dos novos mundos. O futuro nos calou por fora e nos abriu por dentro.

Eu tenho preguiça de ser infeliz. Alías, eu tenho os 7 pecados capitais, gula de amor, avareza por felicidade, luxúria pelo sexo, ira por falta de humor, inveja de quem consegue dormir e soberba por assumir que sou um pecador!
Vou dar uma receita: pegue suas vontades misture com a coragem, coloque o pé na estrada, pode acrescentar uma bíblia e uma escova de dentes para temperar. Aqueça o forno antes de partir e deixe um recado na porta da geladeira... Fui viver uma nova vida e não volto.
Estranho que dessa vez ninguem pediu pra ela ter calma, ninguem pediu pra ela tomar cuidado, ninguem se espantou quando ela contou todas aquelas pequenas coisas e muito menos pediram pra ela por em pratica tudo aquilo que aprendeu em todos aqueles livros, e a historia do pedaço de papel foi ouvida de uma forma tao suave, ela percebia os sorrisos de quem ouvia como reflexos dos seus, Parecia que todos sentiam aquela mesma"coisa", Acho que no fundo todos sabem que ela sempre sobrevive aos mais fortes dilúvios e se amanhã ela descobrir que tudo não passou de uma historia mal contada e o pior...mal contada pra ela e pra muitas outras, ainda assim ela vai se reerguer, claro... vai chorar um pouquinho, (talvez nem chore), e se chorar, as lagrimas vao secar e ela estará ali novalmente exalando tudo de melhor que sempre existiu e sempre existirá nela.

Ando tropeçando em absurdos. Em desassossegos também. Tem gente que tirou o mês pra me chatear, me colocar pra baixo, me jogar em cima um amontoado de energias ruins. Tem gente que tem esse dom. De não ser feliz e querer enferrujar o sorriso alheio.

Aí eu lembro daquela música do Forfun: "Faço de mim casa de sentimentos bons, onde a má fé não faz morada e a maldade não se cria." Me cerco de boasintenções, me reservo pros poucos e melhores amigos. Me encho de luz lendo Adélia e Manoel. Me permito o riso.

Porque, na verdade, o que eu levo aqui dentro é maior que tudo. É maior porque é do bem e vem fresquinho. Eu vivo mesmo é de claridades e não vai ser qualquer gentinha à toa que vai enfraquecer minha fé na vida e minha vontade de sorrir pro mundo.
Não, o amor não é cego, ele só é capaz de te cegar;
O amor não é surdo, mas te faz parar de escutar;
Não é sujo também, mas ele pode te sujar...
O amor sempre vem com uma doze de anestesia,
Torça para não sentir dor quando o efeito passar...
...Vai um conselho:
Ame!
Não tenha medo,
Pois não será feliz aquele que não é capaz de amar.
MAS EM PRIMEIRO LUGAR SE AME, SE RESPEITE!!!!!!
Eu não quero que seus amigos saibam tudo sobre mim, só quero que quando ninguém saiba onde você está, eles digam que você provavelmente está comigo. Eu não quero que tu ame todas as bandas que eu gosto, só quero que você me ligue pra dizer que ouviu uma música, e lembrou de mim. Eu não quero que você me dê presentes o tempo todo, só quero que em um dia aleatório, você chegue com uma margarida roubada do jardim do vizinho. Eu não quero que você me ligue o tempo todo, só que mande uma mensagem de madrugada, dizendo que não consegue dormir. Eu não quero que você me leve pra onde tu for, só quero que quando você voltar, diga que sentiu saudades. Eu não quero que você saia comigo todos os dias, só quero que em um dia qualquer você me ligue dizendo que está em frente a minha casa, me esperando. Eu não quero que você me faça declarações de amor, só quero que eu encontre meu nome escrito em algum canto do seu caderno. Prefiro o natural do que o forçado, o pouco, mas verdadeiro, do que o exagerado, porém falso.