terça-feira, 22 de março de 2011

Não vou me apaixonar...


Não precisa me evitar. Nao adianta apenas escutar quando eu digo que senti saudade. Nao eh necessario ouvir atentamente cada minunciosidade q revelo. Nao cale quando eu falar de emoçoes...NAO VOU ME APAIXONAR.Nao me abrace por instinto. Nao me beije por momento. Nao deseje o meu corpo se n ker meu coração...eu NAO VOU ME APAIXONAR.Nao fale que n vai me encontar. Nao me deixe sperando por resposta. Nao me cause ansiedade por algo q nao vai acontecer. Nao me deixe tao nervosa...NAO VOU ME APAIXONAR.
Nao me faça de idiota. Nao me acostume a sua companhia. Nao me deixe pensativa.
Nao me faça adorar o seu sorriso pq eu NAO VOU ME APAIXONAR.Nao me diga kem eh kem. Nao me aponte os seus amigos. Nao me fale do seu dia. Nao me conte seus segredos. nao confie a mim seus planos, ja disse que NAO VOU ME APAIXONAR. Nao me interessa sua familia. Foda-se romances seus romances anteriores.
Nao me arranje deculpas. Nao diga o que eu n kero ouvir. Nao deixe de vir aki. Nao me largue assim...
Escrevendo tolices e mentindo que NAO VOU ME APAIXONAR POR VOCE!

Eu to aqui


As vezes tenho a impressão de que estou jogada, como um planeta que vaga por toda akela imensidao a esmo e solitario. Eu vago entre os sentimentos, caminho pelas horas, sou levada pela vida, arrastada por todas as minhas falsas certezas... E mesmo me sentindo tao sozinha, n consigo me encontrar.
Não sei quem sou nem o que quero. Acho que sou uma carta que se perdeu pelos correios do mundo... Parar pra pensar no futuro eh buscar dentro de mil gavetas uma chave de alguma visão favoravel. Olhar pra tras eh sentir na pele mais uma vez a dureza de cada erro...Viver o presente eh td q me resta mas tô acorrentada a pessimismos que me parecem infindaveis e n encontro força para mover-me....
Me pergunto o que poderia causar tao longas sucessoes de ekivocos. Kestiono ainda qnd isso vai ter fim. Serah ki td soh vai acabar qnd eu fechar os olhos i n mais abri-los? Eh isso, vai td embora cmg?
Eu tô aqui sozinha...Ngm consegue me ouvir. Sozinha, sem ngm pra entender a tristeza dos meus olhos, penetrar em minha alma e enxergar u qnt ela ta escura i em qts pedaços u meu coração foi dilacerado.
Eu tô aqui e n tenho ngm pra dividir td isso...
O tempo jah n me satisfaz cm resposta. N kero tempo! Quero vc! .. Sua vida, DENTRO DA MINHA..
E eu sei u ki kero?
N kero mais nada! Entao pára, pára tudo! eu n kero pedir nem screver mais nada, pq de nada adianta escrever pra quem vai lê e palavras solitarias n vao me socorrer...
Eu tô aqui....

So por hj


Hoje eu decidi dar um tempo. Me afastar de tudo que não me faz bem. Deixar de lado todas as minhas preocupações. Decidi esquecer que no mundo existe dor, que dentro de mim tem sofrimento e que a minha volta há tristeza. Vou ignorar as decepções, as lágrimas e as revoltas. Tô abandonando as doenças, os perigos e a morte.
Eu quero silêncio. Quero paz de espírito. Quero ver os anjos voando mais baixo e quero Deus mais perto de mim. Eu quero sentir a brisa tocando o meu rosto e ter a certeza de que as coisas mais simples nos fazem bem. Quero que a chuva caia e lave minha alma, que ela escorra sobre o mundo e leve consigo toda a maldade e frieza nele existente. Eu quero o sol irradiando felicidade, iluminando minha casa, aquecendo minha vida.

Tô expulsando os desencontros, a espera, o martírio. Eu tô jogando fora a impaciência, a raiva, a fraqueza. Tô abolindo o medo, o fracasso, a escuridão.
Eu vou rasgar a pressa, a imperfeição, a covardia.
Vou diluir o ódio, o desespero, o cansaço.
Hoje eu tô dando lugar ao sorriso, a verdade, ao amor.
Eu quero saúde, juízo, respeito. Tô colhendo justiçao, humanidade, descência...
Eu quero olhar pros lados e encontrar amigos. Quero reunir minha família e agradacer ao meu PAI por isso. Quero sorrir sem motivo. Eu quero ter certeza de que sou especial so pelo fato de existir...

Eu vou fechar os olhos e sonhar...Vou acordar sabendo que a vida se torna simples quando se da margem as possibilidades. Que ela não eh tao complicada quando VOCÊ decide que ela NÃO VAI SER. Quando você escolhe o seu caminho, traça o seu destino no lugar de culpar Deus ou os demais por tudo que tem acontecido.

Daqui pra fente


Sozinha, procurando um caminho pra casa. Perdida. Desesperada. Atormentada com pensamentos loucos querendo tomar de conta de mim.
Angustiada. Impotente. Fraca diante da forca que habita minha mente.
Dominada. Sensível. Acorrentada com tanta dor aprisionada em meu peito. Dor que eu nao sei de onde nem porque vem. Dor que me massacra e me faz tao sensivel. Dor que transborda os meus olhos de lagirmas e que eu ja nao posso mais suportar.
Escrever pra dizer isso! Pra afirmar o meu fracasso, pra expor os
meus tormentos!
Como se ja nao bastasse tudo isso me torturando eu ainda to aqui
ocupando o meu tempo com tantas tolices...
Entao escrevo pra libertar, pra expulsar, escurracar toda e qualquer
forma de sofrimento. Entao eu escrevo pra jogar fora, amassar e
fazer picadinho de todo o mal que tenta me consumir. Eu escrevo pra
mandar pra bem longe tudo isso que quer fazer da minha cabeca a sua
moradia, do meu corpo o seu abrigo.





Eu to aqui eliminando de vez os meus medos, as minhas neuras. Eu to
aqui porque quero ser livre, pq eu ainda preciso sorrir, pq eu ainda
quero brincar, pq eu ainda espero por um grande amor. Eu so to aqui
pq ainda tenho sonhos, pq eu ainda acredito em mim... Pq eu vou
construir dentro da minha vida uma outra vida. E pq agora eu vou dar lugar a toda felicidade existente nesse mundo.
Pq agora antes de tudo eu sou mais eu.
Pq eu nao me importo mais com os problemas que nao tem solucao. Pq eu nao to mais nem ai pro que nao consigo resolver.
E pq a vida eh hoje, o momento eh esse e a hora eh
agora...

Eu...



Eu.
Entre ruínas e castelos. Sonhos e verdades. Devaneios e realidade. Por entre paredes, ruas, desertos, mares e labirintos... Eu, essa casca. Essa máscara que insite em não cair. Essa mágoa que não esgota. Essa meta que se distancia. Esses desafios que me enfraquecem. Entre cartas e vidros estilhaçados. Gritos e sussurros. Lágrimas e desespero. Por entre amor, liberdade, opressão, vergonha e medo...
Eu, essa mutação constante entre menina e mulher. Esse humor inconstante. Essa vida enlinhada.
Sob grandes provações. Procurando lógicas e encontrando desequilíbrio. Eu, esse corpo que definha e essa mente que não se satisfaz. Essa alma que não se aquieta.
Eu...
Rebeldia. Ingratidão. Incompreensão. Sensibilidade. Emoção. Saudade. Tortura. Juízo. Respeito. Igualdade. Justiça. Amor. Insegurança. Arrependimento. Compaixão. Espera. Busca. Remédios. Euforia. Silêncio. Amizade. Carinho. Dedicação. Extremismo. Dor. Insatisfação.
Entre várias de mim apenas EU...
Dona dos meus atos. Responsável pelo meu destino. Julgada pelas minhas palavras. Machucada pelo meu ego. Livre por opção. Levada pelos meus instintos. Acorrentada à falta de perdão. Impulsionada pelos meus anseios mais profundos...
Eu que já sorri e gritei de tanta alegria. Eu que já consegui contagiar muita gente com o meu astral. Eu que já insisti para que saíssem comigo. Eu que já tomei um porre só pra dar uma de doida. Eu que já dancei como se ninguém tivesse vendo. Eu que já fiz promessas e não cumpri. Eu que já iludi sem saber.
Eu que já fui enganada. Eu que ainda acredito... Ainda acredito naquilo que os outros chamam de FELICIDADE.

Apenas me ame...


Apenas me ame! Deixe de lado o tempo, os percalços e a banalidade. Não se perca em meio às brigas, sempre haverá uma saída. Tente ser mais flexível. As qualidades são sempre bem vindas, você há de convir comigo.

Não procure a verdade nos meus lábios, tire-a dos meus olhos, das lágrimas que insistem em molhar o meu rosto quase todos os dias e inundam meu travesseiro. Não me pergunte nada, apenas me abrace! Eu posso transmitir meu sentimento ao ter o seu corpo colado no meu. Não grite comigo, contenha-se na paz de espírito e veja que eu sou humana, sujeita a falhas tal qual você. Não despeje palavras frias, pesadas e amargas sobre mim, acredite, elas têm capacidade de perfurar minha alma.

É muito fácil viver quando não se tem a humildade de se importar com os outros. É mesmo muito fácil ter uma vida tranqüila, se focar apenas naquilo que quer pra si. Eu posso dizer que o mundo inteiro mora em mim. O meu corpo é como se fosse o mundo e as minhas partes são os países. Cada órgão uma região e cada célula uma pessoa. Não sei fechar os olhos diante apenas das minhas dificuldades. Meu mundo se desfaz em manchetes de jornais, noticiários e cenas trágicas.

Eu abrigo toda uma nação num só corpo e te peço pra que me ame só com o coração.

Apenas me ame, o resto eu saberei fazer...

ps:a uma pessoa muito especial...só ele sabe

Partes de mim...


Tenho me acompanhado diariamente: observo, analiso, averiguo, constato e me assusto. Nada mais atormentador do que se conhecer assim, tão detalhadamente.
Sou o que penso o que escrevo e o que calo. Muito do que profiro não passa de um colete protetor.
Tenho uma sede enorme por tudo que é expresso a punho. Convém-me a realidade traduzida em letras, à indignação e a revolta diante de tudo que não deveria ser exposto num papel quiçá numa canção bem eloqüente.
Interesso-me por verdades sejam elas fantasiadas ou não. Aprecio o silêncio e toda a escassez do que é banal e insignificante. Não sufoco o que por vezes chega a se debulhar em meu peito como se fosse um vulcão culminando em larvas.
A mim não importa as feridas provocadas por outrem. Um impacto é sempre bom ainda que traga na sua bagagem apenas fraqueza disfarçada de rebeldia.
Escrever serve pra esvaziar minha mente. Penso em demasia. Talvez faça isso por mim e pelos outros...
Uma das coisas que me remete medo é o escuro. Posso enxergá-lo como fazendo parte de um mundo fúnebre. Isso não me faz bem, muito embora tenha um lado gótico, por vezes “emo”, como virou moda dizer.
Não tenho admiração por estrelas, lua ou sol. Se isso me faz diferente de alguém? Às vezes é bom ser água em meio ao fogo.
Amo muito e incontrolavelmente. Acredito na entrega, na busca e no sentido da vida.
Sou a favor dos sentimentos e das emoções. Extravaso sem receio. Errado é passar na vida quando se pode vivê-la...
Poucas coisas me fascinam nesse mundo insano, dentre elas destaco a leitura: nada mais prazeroso do que viajar por um universo de palavras. Rodo o mundo inteiro num embalar de uma rede ou na quietude de uma cama.
Amigos: a medida exata pra seguir em frente. Nem tão pouco que eu possa contar nem uma multidão que me torne efusiva.
Ódio. Não aprendi a senti-lo. Gosto da sua definição e por vezes insisto pra que seja fincado em mim. Há pessoas que merecem um sentimento bem medíocre...
Estou do lado das declarações, do que gostam de definir como “meloso”. Rótulos: não tenho medo de vocês! As pessoas que taxam as outras não têm tempo de crescer, a vida alheia lhes consomem por inteiro...
Música bem alta e estridente. O som é meu e eu escuto o que quiser. Tape os ouvidos quem não estiver afim. Egoísta? Não, deixo isso pra você.
Teimosa. Rebelde. Danada. Essas gentes assim pequenas não conhecem “determinação”...
Fernanda, Caio, Mario, Florbela... Nomes simples pra alguns, verdadeiras fontes pra mim.
Redigir tudo enquanto possa me conceituar. Bem queria eu que fosse assim. Perdão, pois não posso me limitar ao que se consegue definir.
Sou bem mais do que está escrito aqui. Mais ainda do que você pode imaginar. Sou mais do que letras, objetos e canções podem expressar...
A quem interessar possa, partes de mim!

Minha inércia...


Estive inerte todos esses dias.
Acompanhei de perto a rebelião que por ora se manifestava em minha mente.
Fugi de mim mesma como quem corre de um cão.
Barulho. Grito. Choro. Um inferno aqui dentro!
Travei uma batalha entre mim e minhas múltiplas identidades. Aquelas que assumo sempre que tento não ser assim tão previsível.
Detestei estar de mãos atadas, punhos algemados.
O que deixara fazer dos meus instintos?
Tive medo do que penso. Sufoquei minha imaginação na tentativa de não torná-la real.
Analisei cada centímetro do que construíra até aqui. Percebi um erro atrás do outro.
Repouso, repouso. Repouso absoluto...
Uma foto. Uma palavra. Um gesto. Tudo se torna um processo de acontecimentos se você permitir.
Odiei o mundo e suas diversas tendências.
Repudiei pessoas sem o mínimo de integridade e caráter.
Contive-me no cuidado de ainda mostrar o que alguns olhos não alcançam...
Esperei por telefonemas. Mensagens. E-mails. Recado algum recebi.
Testemunhei a batalha entre aquilo que se é e o que deixara de ser.
Com olhos marejados notei a ausência do que definem como felicidade.
Fui vítima de tentativas constante de corrupção e loucura, mas também fui autora de vitórias e conquistas mil.
Hoje ainda permaneço em mutação contínua.
Já sei diferenciar o real do imaginário. O concreto do abstrato. O verdadeiro do falso. O leigo do imperfeito. O que tenta e o que simplesmente deixa.
Complicado entender as pessoas e não ser compreendida.
Por vezes desejei ser fraca como os demais. Talvez isso me tornasse menos digna, de sofrimentos, eu diria...
Quis tanto não imaginar, não desenhar, não construir, não aprender...
Extensão de mim que teima em continuar.
Sofri calada. Engoli seco e só assim pude abraçar as respostas daquelas interrogações que tanto me atormentavam.
Entendi que existem pessoas cruéis e que são indiferentes as suas tentativas de torna-se melhor ou de fazer melhor aquilo que se tem tão pequeno.
Triste, sim eu fiquei por saber agora verdadeiramente que o mundo não se constitui só de sonhos.
A realidade é mais dura do que parece e se você deixar ela te devora.
Quis desistir de mim.
Por um momento achei que o melhor seria igualar-me.
Não! Mil vezes não.
Abrir mão do que sou para satisfazer alguém ou no intuito de não mais sofrer não é justo, não é humano, não é vital.
Precisei de coragem e esperança pra continuar.
Não é fácil controlar o que te invade e te arrasta sem que você queira.
É pavoroso andar no escuro, mas...
Farei do medo minha mais perfeita companhia e meus dedos me guiarão para um mundo que eu espero dividir com vocês.

So quero que vc saiba..

Há tantas coisas que eu quero que você saiba.
São tantos detalhes, meu bem.
Um corpo jogado ao poço ou um poço encarnado num corpo?
Tenho me sentido vazia ainda que com tanta coisa a me invadir (o tempo todo).
São overdoses de medo e revolta diante daquilo que posso, mas não consigo mudar.
São minhas palavras a machucar outro coração e é outro coração a me maltratar.


Uma caixa de quase. Um rio de dor.
Teus pensamentos tão pequenos e tão frágeis...
Tua boca tão linda e tão prolixa...
São fantasmas, são paredes...
São de LUA.
É um consumo excessivo de mim. Uma alma inquieta. Um peito estridente.
Mágoas, tantas mágoas a passear pelas minhas veias que não sei o que fazer com todas elas. Algumas se transformam em medo e outras viram poesia.
O passado que ficou lá atrás você ainda tenta alcançar.
Eu já te disse: isso me queima, destrói.
A individualidade que eu não quero precisa estar aqui (agora, urgente).
As marcas são ecos que eu não faço questão de ouvir.
Você, sempre você a carregar o peso do que é meu.
Largue minhas malas, o conteúdo não te cabe.
Eu sei, quer ver, quer saber, quer jogar fora...
Não, eu não me importo.
Rasgue. Amasse. Dissolva.
Só não me diga que sou eu que vivo a lembrar do que hoje é só mais uma mais outra experiência.
Fique aqui ao meu lado. Permaneça. Nunca se vá.
Abrace-me. Beije-me. Acalme-me.
Escute o som que produz meu coração na orquestra regida pelo seu. A valsa perfeita dos corpos que se a[traem]. A sincronia belíssima do que se completa. A emoção que me invade e me leva as palavras e produz desconcerto.
São detalhes, pequenos detalhes que eu não sei mais dizer.

Minhas particularidades...


Difícil controlar o que há tanto me preenche e faz parte das minhas características mais gritantes.
Tento sufocar, mas não consigo – fica uma agonia, um peso aqui dentro.
Sou constituída de adjetivos que se alternam em qualidades e defeitos periodicamente. Sou cada parte que faz o todo, cada peça de um complexo quebra-cabeça.
Adequar-me. Enfrentar mudanças, pausas, reticências. Causar um congestionamento do que transita de minha mente até minha boca. Impulsionar um caos no meu corpo e ouvir buzinas e gritos que me roubam o controle e deixam farpas em meu coração.
Analiso as circunstâncias na tentativa de justificar minhas atitudes. Questiono-me se os fatos são sempre originados em detrimento de algo que se esconde atrás das cortinas. Entro numa busca incessante dos meus fardos e estorvos. Travo uma batalha entre o que sou e o que deveria ser. Dou início a um duelo entre meu mundo e o desconhecido.
Manias. Convicções. Princípios. Valores. Carrego um punhado de ingredientes que me deixam pensativa, mutante, nervosa... Deixam-me em dúvida entre a “não-perfeição” e a maldade.
Enquadrar-me num conceito, procurar uma definição. Percebo que fujo as regras, salto os dicionários e gramáticas. Não estou entre as palavras, mas cercada de sentimentos. Reparo no vazio o muito que me invade.
São crises constantes de identidade. É um choro que não se esgota – estou neurótica!
Silêncio – preciso ouvir meu coração! Sobrecarregado coração, sempre numa balança entre razão e emoção.
Até que ponto devo me permitir agir esporadicamente, como se a vida pudesse acabar a qualquer momento? Como deixar fluir o que pode me causar longas noites de insônia? Complicado ponderar atitudes quando o cálculo que se tem não é preciso.
Se ao menos eu soubesse o resultado de cada passo que dou, mas não, eu nunca sei. Posso (e devo) imaginar cada desfecho que tenho a possibilidade de ter, no fim das contas sou eu, apenas eu e nada de métodos contraceptivos.
Eu que falo em demasia. Sempre tento evitar. Eu que só vivo o hoje em função do amanhã...
Não sei fugir de mim mesma e ficar na espreita esperando minha própria volta. Os dispositivos alheios me enchem os olhos, mas não, não sei usar. Acabo-me no que a vida fez de mim ou no que me transformei lentamente a cada pancada que a mesma me reservara.
Sou mesmo minhas particularidades, meus erros convulsionantes. Sou cada tombo que levei e cada gíria que usei. Sou minhas experiências bem ou mal sucedidas, minhas palavras escritas ou proferidas. Eu sou um mundo inteiro preso noutro mundo.
Tudo que trago é meu - são minhas características, minhas dores, meus ofícios. São minhas tempestades mais longas e minha calmaria mais lenta. É o meu sufoco minha dúvida de tudo que eu poderia abstrair e aprisiono aqui.dentro de mim.

Conclui que...


Incrível como as coisas acontecem num piscar de olhos, num estalar de dedos. E essa rapidez em que o tempo invade e arrasta tudo – como se tivesse algum direito disso, me deixa atônita, perplexa.
Percebo então que a vida é constituída de momentos que nós provocamos. Tudo que nos acontece só ocorre de fato porque damos oportunidade de que se instale. E agora eu afirmo – não é tudo que merece que viremos platéia e assumamos um lugar perante o espetáculo.
Por medo de perder ou em busca da perfeição, tomamos iniciativas de atos que geram graves conseqüências pra nós mesmos. Assim, nos tornamos inseguros e pequenos diante do que sentimos, do que temos. O que antes era abstrato começa a se tornar cada vez mais palpável e tudo que tínhamos em mente se torna tão real quanto as linhas bem traçadas que percebo todo dia na palma da minha mão.
O risco existe e é indissolúvel a tudo que nos cerca. A vida é um eterno arriscar e por mais que não queiramos que seja essa a nossa realidade, não podemos fugir disso como quem corre amedrotando de um cão. Temos, dessa forma, que aprender que certas coisas não podemos modificar, mas que com tudo se pode conviver – basta que adotemos estratégias, estas por sua vez, bem pensadas.
Os instantes, os momentos... Tudo que passa vira aprendizado ou se transforma em poesia.
Refletir em cima das circunstâncias é uma tarefa por vezes dolorosa, afinal, recordar ainda é viver. Há detalhes que fazem a diferença. O gostoso é descobri-los.
Nada mais confortante que um abraço em meio a um caos. Nada pode ser mais mágico do que quando um beijo toma o lugar de uma palavra. Nada!
A solidão machuca. O medo te devora. E a gente não pode jogar fora o que tem pelo simples receio de não conseguir, de não acertar, não suportar...
Diz um grande pensador: tudo na vida tem seu preço.
E foi isso que constatei ontem, hoje, quiçá em toda minha caminhada.
Assim, permanece a certeza de que a fraqueza não é um erro, mas uma parte do que nos constitui humanos: seres mutantes, sujeitos a falhas e acertos o tempo inteiro.

Utopia...


Cansei dessa gente medíocre, áspera e cruel!

To saturada dos clichês diplomáticos, das éticas hipócritas e dos rótulos [in]apropriados.

Essa gente que acha que sabe, que pensa que sente e que exige o que quer. Essa raça que impõe, delimita e argumenta sem sentido algum, por trás, tão somente, de uma ridícula crise auto-suficiente.

Pras essas exclamações, os meus incansáveis travessões e centenas de aspas, porque ponto nenhum pra mim pode ser final enquanto eu insistir que não – não aceito, não quero, não concordo nem me satisfaço.

Durante muito tempo a rebeldia contida em palavras e a ausência adestrada ao silêncio. Hoje, um conflito e uma intenção de ruptura com tudo aquilo que se torna intragável e luz incandescente aos olhos.

Das palavras rebeldes, o grito de socorro e o convite a EVOLUÇÃO. Do silêncio vinculado a ausência, a teoria de humanização e a prática reflexiva, responsável maior da minha tênue, singular e já cansada linha de prevenção.

Pergunto-me diariamente qual a finalidade das centenas de palavras que integram cidadania, quando o que vejo é um sistema sujo e corrupto moldando a alma e o coração das pessoas. Quero saber do amor, da justiça, da igualdade e do respeito mútuo que inflamam a boca e se escondem aos olhos (alheios).

Do amor que define, critica e ameaça eu desconfio, posto que ele (“... ) foge as regras e conceitos. Ele está além das palavras, talvez por entre as nuvens ou gotas de mel.
Dessa justiça que condena, sentencia e falha, eu me envergonho. Manifesto apenas minha lástima por essa profunda e velha hipocrisia.

Da igualdade que seleciona, exclui e explora, todo meu ódio e repulsa. Minha indignação face essa gente que sofre em cima dessa outra que ganha.

Do respeito mútuo, a minha incansável espera minhas noites de insônia, toda minha expectativa do que quisera definir como sonho, o que não passa de utopia.

É dessa gente mórbida que discorro: dos que definem com uma grande dose de egoísmo o amor e decidem vive-lo ao rigor de seus conceitos, fazendo com que o outro ceda por exigência ou medo de perda. Sugando do outro mais que o necessário e o tornando vulnerável a doenças psicológicas, por tirar-lhes aquilo que era seu por direito – os sonhos, os princípios e a liberdade de expressão, a busca pelo que (também) é correto – deixando-as vazias e neutras, obedecendo apenas e tão somente ao comando da subordinação. Dos que enchem a boca pra falar de justiça e erguem os punhos da soberania. Dos que clamam pela igualdade num egoísmo disfarçado de amor, numa sucessão eterna de aristocracia. Desses que lutam e reivindicam quando dentro de suas próprias casas são heterogêneos, impostores e egocêntricos – quem engana a si mesmo, tampouco poderá contribuir com o mundo. Dessa igualdade na cabeça e tão distante das mãos. Essa tal democracia que não chega e só aglomera fantasias e espera. Desse respeito que não perpassa, não caminha, não adianta.

Eu vejo fome, miséria e violência o tempo todo. Tem preconceito estampando rostos e poluindo mentes. Há uma produção que aliena e um ser humano que definha. Tem desabrigo, prostituição, tiros e desemprego – uma massa que padece frente uma que acumula. Do meu lado tem favelas, chacinas, latifúndios e nas revistas tem piscinas, castelos e iates.

Os valores éticos e morais agora agregam valores comerciais de troca, compra e venda – na esquina o corpo, na campanha o voto, no cidadão a dignidade.

Dizer que somos responsáveis por nossos erros e acertos é aceitar a ótica liberal, é adentrar um modo simplista de encarar os fatos – não, eu não posso naturalizá-los quando sei do cenário que os configura. Eu não vou tampar minhas verdades com as mentiras que publicam. Eu não vou calar. Não vou aceitar nem colaborar.

Dizem que o mundo é muito grande para que eu possa mudá-lo só e que eu não sou um super-herói com uma capa fantástica capaz de enfrentá-lo e tira-lo do caos, contudo, eu tenho um coração que sonha, uma mente que pensa e uma mão que escreve...
E você, o que tem?

Eles não são nós

Não é uma questão de tempo, certas coisas simplesmente não mudam. A espera é só um modo de se conformar com determinadas situações , que na verdade, estão além de nossas expectativas.

Não basta estimular o melhor do outro, sucumbir em nome da esperança de um dia poder dizer “valeu a pena”. Pois, a realidade, é que nem sempre vale.

É preciso parar, definitivamente. Parar de inventar projeções, estereótipos. Parar de ver o outro como uma extensão nossa. São atitudes, palavras e gestos diferentes. São coisas que a gente nunca espera ouvir ou momentos que nunca desejamos passar. Porque nós, de maneira alguma, seríamos capazes de tanto, mas eles não são nós.

Isso implica dizer que o bom senso é um lugar pouco visitado. Significa dizer, de uma maneira geral, que somos egoístas, imaturos e hipócritas. Sabemos, quantas vezes forem necessárias, apontar os defeitos alheios. Ousamos criticar o outro de forma a nos aproximar cada vez mais da perfeição. Mentimos, muitas vezes, dizendo que também temos falhas e nos reconfortamos em pensar que as nossas falhas são menores que as dos outros.

É um mundo realmente estranho esse nosso, onde pessoas que possuem os mesmos direitos e pertencem a mesma espécie se recriminam, sentenciam e julgam. E isso, vejo por aí, é natural; assim como o cair da chuva e o raiar do sol.

Li uma vez, que igualdade é ter o direito de ser diferente. E me questiono, desde então, como seria válido compreender tudo aquilo que podemos absorver diante de cada um de nossos sentidos. Mas parece que eles existem apenas como um pequeno detalhe estético.

E assim, a gente faz de conta que enxerga, compreende e aceita o outro, quando na verdade esperamos por aquela pequena transformação que vai tornar o nosso mundo melhor. Forjamos um bem estar em nome de uma perspectiva irreal, construída tão somente pelo nosso ego, que não se cansa de querer o melhor... Nem se importando de perceber que nem sempre o que é melhor pra gente, é bom pro outro.

Respeito, a humanidade precisa de você!

E dessa forma, o relógio continua avançando e o tempo se esvaindo, porque, afinal de contas, não é da conta dele.

Dane-se nós, que não somos eles!