terça-feira, 22 de março de 2011

Eu...



Eu.
Entre ruínas e castelos. Sonhos e verdades. Devaneios e realidade. Por entre paredes, ruas, desertos, mares e labirintos... Eu, essa casca. Essa máscara que insite em não cair. Essa mágoa que não esgota. Essa meta que se distancia. Esses desafios que me enfraquecem. Entre cartas e vidros estilhaçados. Gritos e sussurros. Lágrimas e desespero. Por entre amor, liberdade, opressão, vergonha e medo...
Eu, essa mutação constante entre menina e mulher. Esse humor inconstante. Essa vida enlinhada.
Sob grandes provações. Procurando lógicas e encontrando desequilíbrio. Eu, esse corpo que definha e essa mente que não se satisfaz. Essa alma que não se aquieta.
Eu...
Rebeldia. Ingratidão. Incompreensão. Sensibilidade. Emoção. Saudade. Tortura. Juízo. Respeito. Igualdade. Justiça. Amor. Insegurança. Arrependimento. Compaixão. Espera. Busca. Remédios. Euforia. Silêncio. Amizade. Carinho. Dedicação. Extremismo. Dor. Insatisfação.
Entre várias de mim apenas EU...
Dona dos meus atos. Responsável pelo meu destino. Julgada pelas minhas palavras. Machucada pelo meu ego. Livre por opção. Levada pelos meus instintos. Acorrentada à falta de perdão. Impulsionada pelos meus anseios mais profundos...
Eu que já sorri e gritei de tanta alegria. Eu que já consegui contagiar muita gente com o meu astral. Eu que já insisti para que saíssem comigo. Eu que já tomei um porre só pra dar uma de doida. Eu que já dancei como se ninguém tivesse vendo. Eu que já fiz promessas e não cumpri. Eu que já iludi sem saber.
Eu que já fui enganada. Eu que ainda acredito... Ainda acredito naquilo que os outros chamam de FELICIDADE.

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