quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Complicada demais,simples assim


Sem prévio aviso. Foi assim que meu mundinho amargo e dolorido tornou-se agradável, como um chá quente de boldo depois da ressaca.
Aconteceu uma limpeza imaginária nas minhas entranhas, e repentinamente fui salva daquela sensação de ânsia tão esquisita que insistia em me visitar.
Puft! E como num milagre, um fim de semana calmo e solitário faz as ideias clarearem e (quase) tudo ficar bem, como numa novela de cenas afinadas e bem escritas.
Ufa! Já passava da hora de fazer as pazes comigo.
Vivo brigando com minha ansiedade, me degladiando com minha imaginação... Mas no fim acabo me entendendo. 
A gente briga com nossas caraminholas, mas no fundo a gente se ama. Um amor sem explicação.
Tô exausta das tentativas de me decifrar e nunca achar uma saída. Cansei das minhas neuras esdruxúlas e incoerentes. Cansei até de sonhar acordada, mesmo achando poético ser como sou. Cansei, mas não desisti. No fundo, não trocaria minha cabecinha perturabada por nenhuma sã.
Sei lá se quero você pra sempre, só por uma noite ou se quero que todo esse romance blasé se dane. Não consigo me decidir nem sobre a cor do meu vestido, então não venha me cobrar definição.
Garçom, desce mais um chá de boldo imaginário pra curar de vez minhas neuras de estimação!

Flah fazendo as pazes com as próprias loucuras.

Nós sem laço


Fui acumulando palavras aqui dentro e elas acabaram assim, embaralhadas. Falta paciência para desfazer os nós. Juntei tudo e coloquei num cantinho, embaixo do tapete.
Todos os dias minha consciência me dá um puxão de orelhas. 'Menina, quando é que você vai tirar a poeira e varrer o passado pra fora?'.
Não tenho resposta. Abaixo a cabeça, disfarço e saio de fininho.
A gente até pode jantar comida requentada, mas nunca se acostuma com novidades de ontem.
Mas não é sobre o marasmo que quero falar. Hoje não. Esses comentários são só minha imaginação desviando do assunto.
Hoje abri os olhos e a rotina já estava a postos... Banho, cabelo e maquiagem. Trânsito, trabalho e etc. Acordei um pouco mais tarde no mundo virtual. Estava com preguiça pra tweets e tudo mais. Mas foi lá, no mundinho-quase-de-faz-de-conta que me lembrei dele.
Pensei em mandar um scrap. Oscilei entre um telefonema ou um recado via twitter. A verdade é que ele não merece nada disso. Optei pelo mais óbvio quando se trata da garota TPM aqui: pensar, pensar e pensar... Nele, em mim, no faz de conta que criei e que no fim, rendeu menos páginas que as histórias da carochinha.
A gente se esbarrou por acaso mas me encantei de caso pensado. E no fim, não passou de um caso mal resolvido.
Chato. No fundo, me interessei pelo cara que fui inventando (imaginação filha da puta). Ele, mais maduro e bem menos criativo, me desvendou em dois tempos e sem me dar tempo, pulou fora.
Opa! Eu e minha falta de foco... Esse não é um texto sobre dor de cotovelo. Tsc tsc tsc.
Esse emaranhado de palavras é pra tentar desatar os nós que ficaram. Já tenho laços demais pra manter o que não convém.
Me dei conta de que pouco sei a respeito desse tal cara, mesmo que em algum momento eu pensasse saber tudo. Que vergonha da minha mania de achar... Vivo achando e no fim, não tenho certeza de nada.
Ãh? Ah! Ok, foco...
Eu espero que ele seja ao menos um pouquinho do que vi. E que as músicas e mensagens que trocamos em algum ponto virem uma verdade pra nós... Mesmo com outros pares.
De nós só ficaram os nós. Mais cedo ou mais tarde, a gente desata.


Esse texto bagunçado que fala tanto sem dizer nada é só um beijo carinhoso.
... pra ele.

[Ins]Piração


Dá desespero ver os dias escorrendo pelo ralo, os minutos escapando pelo ar e tudo que era deixando de ser.

Dá vontade de agarrar uma época pelo pescoço e pedir pra ela ficar mais um pouco.

'Calma, isso é só o tempo passando.' - Contemporiza minha consciência. - 'Nada além disso, por favor vamos manter a calma.'

Dá vontade de ficar com a gente pra sempre, mas a gente escapa de si diariamente.

A gente pisca e já não é o mesmo, sorri e muda de pensamento, chora e muda de opinião. A verdade é que a gente se abandona a todo momento e só um distanciamento interpretativo é capaz de permitir conclusões tão óbvias: ando morta de saudades de mim.



Texto dedicado a todas as mudanças da vida, inclusive as mais imperceptíveis e importantes: aquelas que se passam dentro da gente.

Ou 8 ou 80

Existem três tipos de pessoas: Os normais, que sentem, mas não sangram; os excessivos, cujo bater de asas de borboleta no jardim do vizinho lhes açoita e finalmente, os insensíveis.

O primeiro grupo, maior e mais comum, é formado pela maioria dos meus amigos, por meu irmão, meu pai, meus amigos... É constituído por pessoas que se sensibilizam diante de um roteiro dramático, que choram a morte de um ente querido, dizem eu te amo e eventualmente ficam tristes.

O segundo, dos excessivos, é onde me encontro. Não queira fazer parte dele, meu bem. Devo tê-lo herdado de minha mãe e o que posso dizer é que é feito de gente que dói. Doem as dores próprias e as alheias. Doem as injustiças, as notícias de telejornal, o divórcio da madrinha, a doença do avô. Dói além da conta e para extravasar, a gente escreve, pinta, borda, planta bananeira... E mesmo assim, dói. Dói amar e não amar, dói sorrir, dói chorar, dói até quando não está doendo porque a gente se
 sente meio morto. Mas óh, não se engane. Também não quero dizer que sejamos infelizes. Para os excessivos, a felicidade vem absurda – como vem todo o resto. O problema é que tudo é muito, todo sentir vem mal dosado, em proporções cavalares, e aí... Dói. Só quem é, sabe.

Finalmente, temos o terceiro grupo, os insensíveis. Não raramente os confundimos com os excessivos porque de tanto não sentir, eles aprendem a forjar. Forjam alma, lágrimas, zelo, prazer... Com esses sim, há de se ter cuidado.

Invejo pessoas normais, que sentem na medida. Me benzo contra pessoas insensíveis, que devoram o sentimento alheio. E excessiva, sigo doendo.

Amante não amável, mas amado.


Tenho mania de definição. Tento definir tudo, inclusive – e principalmente – o indefinível. Gosto também de classificar o inclassificável, nomear o inominável, justificar o injustificável, perdoar o imperdoável. Amar o não amável.
Em alguns momentos é divertido. Tentar achar uma palavra que descreva o amor, ou uma que traduza a paixão, outra que abarque a felicidade. Mesmo sabendo que é uma busca sem fim, ou até por isso mesmo, é gostoso brincar com letras enquanto sinto todas essas coisas sem nome.
O problema é que às vezes esqueço que a vida é o que há de mais indefinível. E que é real, e que o tempo passa, e que se eu estiver ocupada demais tentando alterar a natureza de tudo que aconteceu, perco a possibilidade de viver o que está acontecendo. E que por mais divertido que seja brincar de alterar a natureza, subverter condições, ou modificar opiniões, fatos são fatos e eles alteram os sentimentos por mais que eu tente negar.
Quantas vezes é possível perdoar o imperdoável sem gerar raiva? É possível justificar o injustificável sem ficar com aquele ranço de que no fundo não deveria ser assim? Dá pra classificar o inclassificável sem perder parte da beleza que lhe é própria justamente por não se caber em tabela alguma?
Quando penso nessas perguntas, quando as escrevo, tenho certeza que essa brincadeira já foi longe demais. Que cansei de tentar classificar, que desisto de nomear, que não quero mais justificar nem perdoar. Mas aí o amor. O amor é o que me leva a fazer tudo isso. No amor tudo é inominável e inclassificável, e nada é injustificável ou imperdoável. No amor, tudo às vezes é nada, e nada pode ser tudo, e tudo depende de algo que não tem explicação. Amar o não amável é submeter-se às sem-razões do desejo. É perceber que classificar, definir, justificar, perdoar, são todas apenas variações do que, no fundo, é o que me move: amar. Você. Amante não amável, mas amado.

Só sei falar de amor,mas e o ódio?


Eu só sei escrever sobre amor. Sou uma pessoa doce, melosa e brega. Tudo que escrevo cai nesse mesmo tema. Será que é isso mesmo? Na verdade sou muito menos doce do que gostaria, ou do que acho que deveria ser. Sou chata, intolerante, e altamente crítica. E não só amo. Eu odeio, fico irritadíssima e sei ser muito má. Só que acho isso ruim, então tento disfarçar. Por exemplo, estava agora mesmo irritada por sentir que não tenho escrito nada de novo, e ao mesmo tempo dizendo que não consigo me imaginar escrevendo outra coisa. Quando me defino assim, essa pessoa que só fala de amor, acabo me limitando. Se eu sinto raiva, se odeio, por que não falar disso também?

Então me veio a seguinte formulação: o ódio movimenta o mundo tanto quanto o amor. Dizem que a fé move montanhas, mas mesmo os religiosos são altamente influenciados pelo ódio. Todo o terrorismo atual e as guerras “santas” da história estão aí para provar. Parece loucura pensar que diferenças provoquem ódio e que um sentimento gere tanta destruição. Talvez por isso a dificuldade de falar de ódio, e minha resistência até mesmo em pensar nisso. Mas o fato é que todos nós odiamos. E como há infinitas formas de amar, também há um sem número de maneiras de odiar. Acho que aí reside a principal questão: o vilão não é o ódio, é o que fazemos dele. Por exemplo, eu estava aqui agora muito irritada. Com raiva, odiando um monte de coisas, pessoas, e até a mim mesma. E daí eu comecei a escrever. E, enquanto escrevia, as palavras correndo, comecei a pensar em coisas novas, ficar curiosa comigo mesma, com as minhas acepções acerca do ódio e de outros sentimentos ruins. Então tão repentinamente como me tomou, o ódio me deixou. Claro que nem sempre é assim, e não é possível fazer disso uma fórmula: quando odiar, escreva. O que aconteceu agora comigo foi apenas uma das possibilidades de lidar com o ódio. Mas basta uma para mostrar que não é preciso temer o ódio, a raiva ou qualquer sentimento. Ocorre-me agora que o medo é inclusive um fator primordial do ódio. Quantos odeiam o diferente por terem medo dele? Do que eu tenho medo quando evito falar de sentimentos e sensações que julgo errados? Temo me desconhecer, temo que ao trabalhar com significantes novos eu me desencontre de quem acho que sou. Só que agora, depois de escrever essas linhas que ainda nem sei ao certo que efeito terão em mim, tenho a certeza de que foi bom me desencontrar. Porque só assim me encontrei nova. E saí do castelo de conto de fadas que eu mesma criara, mas que mais do que me proteger, me prendia.

Amor?/Inteligencia

E então eu tenho quatro textos rascunhados há mais de dois meses sem conseguir terminá-los. Volta e meia retorno a eles, apago a metade, escrevo mais um tanto e de repente empaco. O que eles têm em comum além do fato de que eu não consigo colocar-lhes um ponto final? São todos textos "inteligentes". Textos sobre cultura, psicanálise, crônicas sobre o social. E aí hoje li um texto da Inês Pedrosa falando sobre a crença no amor, o segundo que li essa semana abordando o tema, e pensei: que saudade de escrever sobre o amor. Eu sou dessas pessoas que, como a Inês, acredita no amor como outros acreditam em deuses e santos. Eu adoro estar amando, não tenho problemas em me apaixonar e não me retraio por medo de sofrer. Mas, ao contrário do que possa parecer, isso não é uma coisa bonita e altruísta, nem mesmo corajosa. É apenas como as coisas são. Porém, como boa neurótica, eu não gosto de aceitar as coisas como elas são. Então, dentro do meu sintoma, crio uma dicotomia: ou sou inteligente, ou amo. E passo a vida, e perco a vida, buscando equilibrar duas coisas que só são opostas por invenção minha. A verdade é que eu realmente adoro falar de amor, ler sobre o amor, pensar, não entender, me irritar, ficar feliz, tudo ao mesmo tempo e sem ordem alguma. E também adoro ler textos de Lacan dos quais entendo pouquíssimo, passar horas conversando sobre as feridas narcísicas da humanidade ou explicando porque acho que o saber é hoje o deus mais cultuado no mundo. Só que, por algum motivo, é difícil pra mim aceitar que não são duas coisas, ou que até são, mas ambas estão misturadas em mim. E que o que escrevo vai surgir de acordo com o que acontecer na minha vida, e não porque eu decidi que já escrevi muita coisa romântica e está na hora de ser mais intelectual. Até acredito que para outras pessoas funcione assim, mas comigo não. Outra coisa que preciso aceitar: minha escrita, pelo menos aquela que me parece afetar os outros, não é racional. Meus textos "bons" são escritos no ímpeto, com algum trabalho depois, claro, mas o corpo tem que vir todo junto, de uma vez, senão nem adianta continuar. Por isso esse texto. Porque hoje, enquanto eu tentava relaxar para terminar algum dos outros, eu li sobre o amor, e o amor mais uma vez se escreveu, e tive a sensação que precisava escrever isso, preciso parar de lutar contra um pedaço de mim, para que todos os meus pedaços possam existir. Ao tentar eliminar um, elimino a mim, que sou todos esses pedaços desconexos, disformes e desencaixados que, na melhor das hipóteses, se deslocam e me fazem não parar.

Me calo,por amor


Calou-se. Não por ficar sem palavras ou não haver mais nada a dizer, mas porque não há como falar tudo que se diz quando se fala de amor.

Tem frases que escrevo e que me perseguem. É sério: eu as escrevo, penso que me livrei, e, de repente, a frase ressurge como se fosse a primeira vez que... o que? Que a escrevi, que a ouvi, que a pensei? Não sei. Frases assim são como pedaços de real que passam por mim, me cortam, mas que não são minhas. Elas me atravessam e deixam essa marca que não cicatriza nunca, que sangra a cada vez que penso, que ouço, que escrevo.

Calou-se. Não por ficar sem palavras ou não haver mais nada a dizer, mas porque não há como falar tudo que se diz quando se fala de amor.

Como assim calar por não poder falar tudo? É justamente por não conseguir falar tudo que eu falo. Falo, penso, escrevo, defino, grito, tudo tentando dizer o máximo que eu puder. Amor? Aí mesmo é que eu não me calo. Praticamente tudo que eu falo tem a ver com amor. Escrevo amor amor amor amor milhares de vezes tentando alcançar, entender, descobrir, saber o que é esse tal de amor que tanto me perturba.

Calou-se. Não por ficar sem palavras ou não haver mais nada a dizer, mas porque não há como falar tudo que se diz quando se fala de amor.

Curiosamente lembrei agora de um dos primeiros posts do meu blog em que eu reclamava me calar por não saber falar de amor. E respondi à minha reclamação dizendo que o problema é que eu só falava do que sabia e organizava, e que era impossível organizar o amor. Parece-me que, daí em diante, resolvi que ia falar sobre amor até aprender. Então escrevi o amor em prosa e poesia, realidade e fantasia, felicidade e agonia, e ainda assim não entendi. Não entendo, não aprendo, continuo não sabendo.

Calou-se. Não por ficar sem palavras ou não haver mais nada a dizer, mas porque não há como falar tudo que se diz quando se fala de amor.

E então, agora, esse calar. Que depois de tantas repetições (na minha cabeça e na tela do computador) me atinge de outra forma. É um calar diferente do calar por não saber ou do calar por conformismo de que não entenderei jamais o amor. Calei, no dia em que escrevi essa frase pela primeira vez, por me submeter ao fato de que não poderia explicar, e nem dizer tudo sobre o amor. Que mesmo tendo muito a dizer, mesmo tendo todas as palavras existentes e inventadas à minha disposição, ainda assim sobraria a falta. A falta, que é o que faz do amor, amor.

Calo-me agora. Não por ficar sem palavras ou não haver mais nada a dizer, mas porque não há como falar tudo que digo quando amo. E é por isso que amo.

De principes e heróis


E aí você chegou. Ou melhor, eu cheguei. Você já estava lá. Eu que andava em círculos sem parar, e você que me via e pensava, Será que ela não fica tonta nunca? Eu ficava. Mas já não sabia mais como era viver sem estar tonta, com o medo constante de que o chão desaparecesse. Até que um dia, nem sei muito bem como, eu dei um passo pro lado. Saí do círculo, e o chão continuou lá. Era estranho estar parada. Sentei, ali mesmo, ao lado do círculo marcado pelos meus passos. Passei muito tempo sentada, olhando para o que um dia foi a minha vida e achando aquilo meio cinza. Meio morto. Tudo me parecia assim e, se eu não estava mais rodando sem parar, também não estava seguindo em frente.


E aí você chegou. E me deu a mão. Eu levantei, e vi dentro dos seus olhos escuros todas as cores que o mundo havia perdido. E no seu peito encontrei um coração que batia numa melodia que eu há muito tempo não escutava. Não sei, aliás, se já a tinha escutado. Mas me parecia familiar. Nós caminhamos, e o seu cheiro também parecia familiar e, ao mesmo tempo, inédito. Parecia cheiro de terra molhada depois da chuva. Cheiro de felicidade.


Então, quando você chegou, com essas cores e melodias e esse cheiro, achei que você fosse ele. Mas você não é meu príncipe. Você é melhor. Você é feito de carne e osso, e quando você me beija eu sinto gosto de sangue. Gosto de vida. Quando eu deito a cabeça no seu ombro, sei que posso depositar ali todo o peso que a vida me faz carregar. Ao descansar nesse ombro tão forte pensei, Talvez ele seja um herói.


Então, quando você chegou, com um corpo feito de vida e um ombro de herói, eu entendi. Entendi porque era melhor que você fosse um homem, e não um príncipe. Príncipes são fantasias, assim como deuses. Tudo para eles é possível. Eles não têm coragem porque não sentem medo. Por isso, desde que o mundo é mundo, os heróis são humanos. São homens, e cada um tem o seu calcanhar de Aquiles, lembrando-o do risco, presentificando a morte. É na presença da morte que se vive. O herói, por se saber finito, faz de cada chance uma pequena eternidade. E é por isso que eu não preciso de um príncipe. Porque o amor é para heróis.

Sobre amar

Isto é ridículo, mais verdadeiro, quando não se sabe o que fazer, e se faz, você faz a coisa errada ao invés da certa, o caminho torto parece o certo, a bússola quebra e você acaba perdido, preciso anotar aqui: fazer a coisa certa. É o que eu preciso aprender,  o que eu quero dizer é que quando o coração falar, você deve parar e ouvi-lo, ou talvez não. Sei que você está confuso, sem entender nada, também não entendo nada, não disse que te daria respostas, porque não há respostas quando o assunto é amar, então amar... o que seria verdadeiramente isso, alguém se habilita? É aquela coisinha que te deixa no chão inúmeras vezes, escutando música melodramática as 23:00, num sábado, completamente sozinho em casa, um suicídio psicológico, isso acontece porque você não ama com moderação, porque amar por partes não é amar, ou se ama por inteiro, ou não se ama, amor não se divide, amor se soma, e quando ao  amor, não tem cura, esse é o perigo e  essa é a graça.Falar de amor é muito difícil, sempre fica vago, e quanto mais sabemos a respeito dessa palavra, mais nos perdemos, porque não tem o que saber, é uma coisa pra se sentir, amor é sofrer, mais amor é viver, quem não ama não vive, complexo não?Comecei a observar as pessoas que sofrem desse mal e tirei minhas próprias conclusões: todo apaixonado volta a ser uma criança com um doce na mão, ou com um brinquedo novo recém tirado da caixa, o amor nos doma de tal modo que se torna mais forte e somos condicionados a gostar dessa prisão como um cachorrinho que faz graça pelo petisco do dono no final da apresentação, nos tornamos seres indefesos! Mas que a razão seja proporcional a emoção, chega de ter o coração cinco vezes maior que o cérebro, não que amar seja ruim, mais é preciso amar com moderação!


Devastador e indecifrável




Eu odeio não saber o que está acontecendo comigo, odeio não ter palavras ou forma de explicar isso, odeio mais ainda a forma do mundo girar sem me dar um rumo certo e me odeio por sair com uma pessoa legal, sem sentir frio na barriga. Isso tudo se resume no medo que eu guardo por dentro, não um medo comum, um medo de ter perdido a única coisa que me fazia humana e me tirava toda a razão, medo do amor ter simplesmente evaporado, medo do amor ser definido, porque ninguém mais fica em mim quando eu vou embora, , o tempo passou, já é junho de novo, e ele vive com toda força em tempo real dentro de mim, eu me esforço juro, o tempo passa e a falta dele sopra as velinhas aqui do lado de dentro, foi amor, e eu senti, até de mais, e eu sei que não será como foi, as coisas mudaram eu mudei, mais se não for mais assim, nunca mais vai ser amor?O amor é só um, e na minha concepção, ou você está ou não apaixonado , e isso tem me assustado com toda força, porque não tenho mais aquela capacidade de ser de outra pessoa , e não é conversa de alguém desiludida, eu só sei que não vai ser mais como era, não tem como, eu sei, mais eu juro, eu queria sentir aquilo pelo menos mais uma vez na vida, mais eu estou muito realista pra isso. Eu só queria saber se há oura forma de amar, uma forma mais fácil quem sabe, menos dolorosa talvez. Mais não posso não mais sentir, tenho medo de não sentir, porque mesmo doendo, era o que me fazia permanecer viva.
Ele não pode ter roubado a minha capacidade de amar, sei que é loucura, mais eu preciso sofrer por alguém novamente, só assim saberei se o amor é possível de novo e de novo, o ponto é, se o amor é algo definido e único, ele pode ressurgir mais uma vez? Talvez esse seja o grande enigma, enigma esse que nós pobres mortais jamais conseguiremos entender ou explicar, porque só quem sente essa dor rasgando o peito, sabe do que eu estou falando. Mas bem queo amor poderia dar certo ,só pra variar 

Muito bom para ser verdade


Tem o típico do cara que é incrivelmente lindo, um moreno alto de olhos sedutores que você conheceu na academia, forte com uma barriga de tanquinho, ele sorri e você nota as covinhas, é o tipo do cara muito bom pra ser verdade é aquele que por onde passa faz todas as garotas suspirarem e logicamente te interessou de cara, ele é de escorpião e você de gêmeos, trocam celulares, ele é mais velho, mais maduro parece ser mais cabeça, em busca de um relacionamento serio, enfim, faz o seu tipo. Marcam de se encontrar, você passa o dia inteiro no cabeleireiro para aparecer a altura dele, passa horas na frente do espelho a procura do melhor vestido, acaba escolhendo um vermelho nem longo e nem curto com um decote comportado.
O lugar marcado é incrível, romântico, amplo e a música de fundo é lenta, chega mais cedo, para não fazer feio, senta na cadeira, e fica com a perna balançando o tempo inteiro de tanta ansiedade, sente um friozinho esquisito na barriga, como se fosse uma adolescente boba no seu primeiro encontro. Dalí uns dez minutos ele chega e todo mundo para pra ver aquele deus grego entrar, ele senta na mesma mesa que você senta e o perfume dele é suave, lhe serve o melhor vinho que você já experimentou, a noite parece linda, até mais estrelada, ele sorri o que deixa as suas pernas completamente bambas, você pensa ser a pessoa mais sortuda do mundo, até que chega o momento que ele tem a proeza de abrir a boca e estragar toda a imagem do cara incrivelmente maravilhoso que você imaginou. Não que ele seja burro, mas é mais preferível conversar com uma porta, é o papo mais idiota que você já teve, ele não dá uma dentro, é um daqueles babacas mulherengos, estúpidos, como um corpo tão lindo e estrutural pode ser tão desprovido de neurônios, lógico, química zero entre vocês quando ele conta que nunca namorou, você entende o motivo, e tenta parecer surpresa, da uma risadinha amarela, e mais uma vez quebra a cara. É minha amiga nem tudo que reluz é ouro. Sai sem saber se ri ou chora é o encontro mais estranho da sua vida, seria cômico se não fosse trágico.
Dias depois ele te liga você sempre tem uma boa desculpa na ponta da língua para não saírem, sente pena, e meio ridícula por dispensar um Brad Pitt da vida, mais um Brad Pitt sem cerebro convenhamos, enfim, é um desperdício só, mas os burrinhos que me perdoem mais inteligência é fundamental. Ninguem vive do casco pra sempre, saiba fazer uma boa escolha. O pior cego, é aquele que enxerga com os olhos, beleza se vai com o tempo, mais a essência é o que fica, e isso ninguém tira, e isso é tudo.

Não,não pare!


Tem coisa mais chata que esperar? Esperar o ônibus, que só sabe aumentar a passagem e acabar com a minha pouca paciência, esperar o novo amor chegar, esperar a gente esquecer o antigo, esperar a hora do almoço pra poder descansar. Ando muito entediada e farta de ficar só na espera, sentada, com a bunda quase quadrada, é que eu simplesmente não engulo essa história de que as coisas tem o seu tempo pra acontecer, e que cabe a nós esperarmos, NÃO, não me entra na cabeça, não aceito cruzar os braços e me conformar com o caos que está a vida, por favor não se irrite com a minha cabeça dura mas eu tenho muita preguiça desse povo que só sabe dizer, “calma guria, o que tiver de ser será”, por favor, não me venha com esse papinho sem fundamento, pode ser muito mais confortável apenas aceitar, podemos achar bonito ficarmos todos parados esperando o tempo ou o senhor destino colocar dinheiro e sucesso nas nossas mãos, mas e se eles não derem conta de te fazer alguém?

Você é reconhecido quando finalmente deixa de fazer, mais é quando você resolve fazer que as coisas acontecem, então corre filho, sua vida não está escrito nas estrelas, você segue o caminho que quer, você é quem escolhe, porque não adianta colocar tudo nas mãos de Deus se você não pretende andar pra frente. Você escolhe entre sentar e estudar a cura da AIDS ou se conformar que não existe cura, ou você acha que uma pessoa que chega a descobrir essa façanha pensava que o destino dela era fazer a tal descoberta? Não, ela fez por onde conseguir. Não concorde, não se acomode, queira mais, faça a diferença!

Porque as mulheres assistem novelas


A história de que novela é coisa de mulher ultrapassa gerações, e realmente o índice de telespectadores femininos são muito maiores, que mulher resiste a uma boa historia de amor, recheada de ciúmes, intrigas e tudo que tem direito? Tenho uma revelação a fazer,  faço parte desse grupo, sou loucamente, apaixonadamente, taradamente fissurada por romances, e choro mesmo, filmes novelas, livros, em fim, me derreto com aquele casal apaixonado impedido de ficar junto mais que possuem um amor tão grande que incrivelmente dá jeito de colocar as coisas todas no lugar. A gente vive do amor idealizado, consumindo-o e nem percebemos, é porque a gente vê tanta traição, infidelidade, gente que ama as pessoas com a mesma rapidez com que trocam de roupa, que o jeito é nos realizar nas belas mentiras dos livros, em um mundo lotado de chifrudos, quem lê romance é esperançoso, ou você acha que algum Romeu morreria por sua Julieta na vida real, ou pelo menos nesse século? Será que Jack teria insistido tanto em uma moça comprometida, de nariz impinado e metida a riquinha como foi Rose? Provavelmente não, mas todo mundo sabe disso, mais a gente gosta da tragédia do amor sofrido mesmo sabendo o quanto é irreal, nos alimentamos disso, vivemos e morremos na pele dos mais variados personagens, mesmo com a certeza de que no fim ficarão juntos.
Nicolas Sparks continuará escrevendo livros e conquistando milhares de fãs, o casalzinho fofo da novela das oito, vão se casar, terão filhos e serão substituídos por outros casais fofos e nossa alma feminina continuará a chorar, porque como dizia Martha Medeiros toda mulher carrega a síndrome WaltDisney, querendo seu feliz para sempre ao lado do seu príncipe encantado. Então homens, não venham reclamar que só sabemos assistir novelas e que são sempre tudo igual, esse é o nosso jeito de ter pelo menos inconscientemente o que precisamos porque a gente quer que dure, quer que seja eterno e perfeito, mais a gente esquece que até um livro tem seu ultimo capítulo. 

Decifra-me

Amo o frio. Amo o silêncio. Quando as pessoas não me conhecem direito costumam me achar metida, quando me conhecem melhor continuam com a mesma primeira impressão... Choro por tudo e me choco por pouco. Tenho uma memória que sempre me deixa falhar. Comemoro coisas bobas. Amo poucos, mas amo muito. Não suporto 'fazer sala'. Agnóstica por convicção - acredito em Deus, embora suponha que não seja recíproco... Nunca chego na hora. Nada me deixa mais sem graça do que alguém fixar olhar em mim por muito tempo. Sou muito orgulhosa. Se alguém me chateia, me imagino dando um fatality nela, quase sempre me acalma. Converso sozinha de vez em quando. Só consigo escovar os dentes andando pela casa. Fico depressiva em dias de chuva. Amo dormir mas fico muito na internet. Ainda escrevo cartas aos amigos porque tenho mais amigos no mundo virtual que na real life. Dizem que pareço mais nova do que sou. Gosto dos meus olhos 'fpuxadinhusr' e no grande mistério neles envoltos por olheiras enooormess e miopia. E escrevi tudo isso mesmo odiando me explicar... porque nada disso me define... ainda sou INDECIFRÁVEL!!!

Recado Ao Futuro Amado

Querido, abra a porta, tire os sapatos. Entre e fique à vontade, quero que se sinta em casa. 
Não se encabule não. 
Olha, só  não repara na bagunça do meu coração. É que não deu tempo de empilhar as últimas emoções nas suas devidas prateleiras. 
O último inquilino foi despejado e não teve muito tempo de recolher os seus pertences...
Deixou tudo jogado pelos cantos... um rastro de promessas, desilusão, enganos... quanto desleixo né? Também acho... ele deixou também uns cacos, e muita saudade, mas esses eu já recolhi.


Essas rachaduras aqui? Pretendo restaurar em breve. Com sua ajuda será tudo mais rápido, concorda? Caso você não goste da decoração, podemos trocar tudo, mudar juntos, redecorar a seu gosto.


Pode pôr os pés sobre à mesinha. Ninguém vai reparar nisso. Aqui não tem ninguém metido a besta.
Ó, se olhar pela janela poderá observar uma vista única, não é frente ao mar como talvez desejasse, mas bate dali uma brisa tão gostosa, que se fechar os olhos você se teletransportará para a praia em um segundo.


Desculpe, não tem salão de festas. Aliás meu coração já não faz festa há muito tempo. É que é muito reservado, gosta de no máximo receber uns poucos amigos... Desses espero que goste de todos. De vez em quando me trazem um presente, e às vezes trazem saudade também... chegam como quem não quer nada e acabam ficando, intimidade é isso.


Ainda tem a família, e você sabe que família é um troço complicado, fazem de tudo para ser expulsos, mas nunca vão embora... Suponho que eles não têm para onde ir...


Os vizinhos são, sempre  às vezes, inconvenientes, mas com o tempo você acostuma... ou fazer o que, não é mesmo? 





Querido, meu coração é quarto e sala, só.
Mas é bem limpinho...
Toma as chaves.
Cuide bem dele.
Ele todo seu, pode entrar.

Só sei ser só


Ela é uma menina estranha, de gostos estranhos. Nunca compreendida. Sempre criticada.
Ela gosta de silêncios e longas pausas dramáticas. Aliás, ama fazer um drama. E também gosta de ouvir o seu rock no volume máximo. Seu fone de ouvido é o que a separa do mundo vulgar. O qual tem medo de enfrentar.
Gosta de multidão mas não interage, pois tem como hobby observar as pessoas e lhes analisar cada detalhe, ela não se parece em nada com estas pessoas. E por isso é tão sozinha. No fundo ela  até gosta de ser só, de não fazer parte ou compactuar com aquilo que nunca entendeu muito bem: 'os humanos e sua mania confusa de socializar com outras pessoas que não gostam, para se encaixar em um grupo e aparentar ser o que não são, e assim se sentirem parte do mundo que desprezam'. Mas ela não repetiria isso 'por ai'. As pessoas estranhariam tanta franqueza. 
Aliás a franqueza é um de seus defeitos favoritos. Era ela, desde criança, especialista em suicídio social. Afinal ninguém neste mundo esteve/está preparado para seu nível de sinceridade. Deveria ela se calar sobre e mundo e apenas observar, e assim observando criticar em pensamento aqueles que a criticavam tão claramente em cada gesto e olhar de repreensão?
A menina não sabia se calar seria a solução, mas também já estava cansada de gritar suas verdades em um mundo onde a verdade dói, e onde as mentira são um pré-requisito para uma boa convivência social.
Não pensa em casamento, filhos, carreira... Não faz planos, não tem objetivos claros em sua vida. Deve ser triste viver como ela vive e ser como é, talvez seja mesmo, por isso ela prefere não pensar. E para que pensar e se expôr se ninguém jamais entenderia a cabeça da menina? De forma que ela sempre se sentiu como fosse em pássaro preso em uma gaiola de conceitos preestabelecidos, moldados antes mesmo dela nascer, bem antes de seus pais e avós pisarem na terra... Esses, aliás, sempre 'torceram o nariz' de reprovação para toda e qualquer ação que ela tomasse. É que para a menina não era justo ser obrigada pela sociedade a viver através de regras das quais ela não foi consultada. Mas quem a ouviria?
Impetuosa, respondona e teimosa e mesmo assim demorou para aprender uma das palavras mais essenciais do mundo: 'Não'. Ela tinha medo de decepcionar, eu disse tinha, porque depois de tanto tempo e de tantas lições, hoje, 'não' é a sua palavra favorita. 
Não, não, não e não. Definitivamente ela não pertence a este lugara este mundo... Nunca será vista nas 'rodinhas' 'fazendo média'...
'Só sei ser só'. É quase um pedido de desculpas para si mesma. E vai vivendo... Não correspondendo expectativas, não alimentando ilusões. 'Só sei ser só', ela repete como mantra. Como se isso a protegesse contra os desentendimentos, mágoas e decepções no caminho. Não protegia.
Arquiva tudo isso para usar como material para as estorinhas que gosta de inventar de vez em quando.
Sua vida nunca foi um conto de fadas, ela nunca fora a princesa. Apesar de já ter beijado muitos sapos... A menina, que mora sozinha em seu próprio castelo e visita os pais de vez em quando. A menina que é livre, mas tem um mundo todo para salvar. É a heroína e a vilã da sua própria vida. E assim foi escrevendo seu caminho. Resolveu criar o seu ponto final. E fim.

E cadê meu manual de instruções?


E cadê meu manual de instruções?
E cadê você, pessoa pelo qual eu, se conseguisse achar tal documento poderia entregá-lo em mãos abertas, nervosas e ansiosas. Cheias de vontade. Pelo qual eu esperaria minutos, horas, dias, meses a fio, até que você conseguisse compreendê-lo; coisa que  julgo nem eu mesma conseguir.
Porém, nem um, muito menos os dois.
Bastaria te encontrar que eu mesma trataria de fazer minhas próprias instruções e fazê-lo entender.
Perdoe-me, para isso se faria necessário eu compreender-me. Mas não tem desculpa, não!
Eu me simplificaria, traduziria meus códigos, mudaria a forma de persuasão. Aceitaria deslizes teus, deslizes meus.
Mas não tem motivo, nem pessoa.
Seria fácil nascer cada qual com seu manual de instruções, amarrado junto à fralda ou descobrí-lo em algum lugar singelo quando a hora estivesse em ponto. O momento estivesse exato.
Mas não.
Me encontre e me dê o  manual.
Eu também preciso. Até mais demasiado que tu. Porque gostar de mim não é fácil, e esse deveria ser um dos tópicos de introdução deste.
Porque também não sou boa com sentimentos nem com pessoas, além de não ser boa quanto a mim.
Eu sempre sei como estragar, e saber, já é um grande passo pra concretizar o feito.
Me faça te gostar do jeito certo, me entenda, me teste.
E apesar de não saber onde buscar teu segredo.
Está em tuas mãos.
Basta eu te gostar, gostando assim, não me faria necessário regras, tópicos ou instruções; porque mesmo que eu as tivesse não daria para remendar nada. Eu sou ilegal.
E mesmo que eu ignore, fale que não, esperneie, pare no meio do caminho. Faça com que eu não tenha escolha. Leia nos meus olhos, porque eu nem sempre conjugo. Prolixa sou.
Não seja demasiado bom, nem demasiado violento. Seja um mistério. Eu adoro tudo aquilo que me instiga e me faz buscar, que me faz querer compreender... para que no final, eu veja que de nada sei.
E que, me aponte as contradições de minhas certezas repetidas.
Percebes, tudo que digo se resume em uma contradição, inclusive o "tudo" que já disse até esse ponto.
E se quiser me aparecer assim, em um dia casual, natural, com palavras moldadas, com sorrisos automáticos. Agradeceria.
Ou se você for aquele pelo qual sempre vou estar presa, tenha pressa apenas em existir. Em viver em mim. Mostre-me você.
Porque há noites que preciso demasiado de tu, que nem sei onde estás.
E há dias que quero muito ter alguém a quem dramatizar, virar as costas, e rasgar meu orgulho todo em pedaços. Faça-me rasgá-lo e perdê-lo.
Mas venha, venha logo. Logo, apressado, sútil e no momento.
Se o momento não for logo, que quando o chegue, faça parecer que os dias nem sequer passaram, faça que não haja lembranças de vontades guardadas.
Mas exista, por favor, ao menos exista.