domingo, 4 de setembro de 2011

PRIMEIRO ATO

PRIMEIRO ATO

Enche minha boca de besteira
esta noite, até amanhã.
Arrepia minha calma,
transborda, balança.
Completa o meu vício com o
seu, vamos arrasar.
Toca minhas pernas que elas vão te guiar.
Vem pelo meu caminho, meu ninho.
Se aquece, devagar.
Arremessa seu corpo no meu colo,
eu vou suportar.
Seu peso no meu eixo.
Seu queixo no meu beijo.
Seu cheiro no meu ar!
Vou te dar uma canseira, um chá!
Intenso este ato. Agora.
Fecha meus olhos e vem devastar,
de baixo para cima,
de um lado para o outro,
para dentro para fora,
abre e fecha.
Palpitar.
Amassa meu seio, aperta, morde,
belisca, não vai me matar!
Eu deixo, eu quero, preciso.
Permito.
Toma meu cálice, forte,
vivo, salgado.
Vem, vai,
não vamos parar.
Ser divino:
começa de novo.
Te dou um minuto apenas,
para respirar.

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