domingo, 4 de setembro de 2011

COROA

COROA

Minha vida, uma mentira.
Virtual, a minha alegria.
Esperançosa agonia.
No teclado uma história,
estória, em prosa, verso
ou rima, dia após dia.
Ouvindo as pessoas
na minha mente, olhando
fotos de alguma lente.
Meu desejo, utopia.
Não consigo suportar
esta dicotomia.
Entre o real e o elo,
que humilha.
Os meus dedos teclam,
não tocam, isto é uma
heresia!
Eu deveria estar com
a maioria.
Na mesa do bar ou
na galeria, ouvindo
uma bela melodia.
Dançando um samba
em algazarra, uma
tremenda alegria.
Ouçam! Decidida.
Estou pagando agora
qualquer quantia.
Para que devolvam
a minha eufonia,
meu eu, minha criança.
Ou saiam logo em romaria.
Vai ter matança, por
liberdade!
Desce a bandeira
a meio mastro e
espalhem a notícia.
Morgana não quer
mais ser fada do
outro lado da tela.
Ela quer ser gente,
que ri, fala e sente.
Todavia, chamem
a polícia.
Agora ela vira Rainha.

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