domingo, 4 de setembro de 2011

XADREZ

XADREZ

Abre a porta!
Senão eu arrebento.
Estou cansada.
Não vou dormir ao relento.
Abra.
Quero entrar.
Não entendo porque
você não quer me esquentar.
Sou casta, pura estirpe.
Não sou novata neste
jogo incoerente.
Eu ganho sempre
impreterivelmente.
Esqueceu que sou inteligente.
Brigas para que,
não consigo te entender.
Você me olha e consome
me toca e some.
Me quer sem pudor.
Fica alimentando esta dor.
Entrei.
Agora respira, porque minha vontade
vai te tirar da linha.
Xeque-mate.
Frio na espinha?
Coisas de rainha.
Beija meus pés,
olha minha boca
vou te virar ao revés.
É uma ordem.
A tormenta passou.
Nem lembramos o motivo
que nos acorrentou.
Agora tranca esta porta atrás de nós
que a vida começou.
Silêncio.
Suplício de amor.
Começo.
E o fim da dor.
Quem ganhou?

Nenhum comentário:

Postar um comentário