segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

VOCÊ SABE AMAR?


Tão raro quanto amar,
mas, certamente,
bem mais difícil, é saber amar.
É que todos os sofrimentos de
amor se instalam
a partir de quatro itens:
1) Um deve amar.
2) O outro deve amar também.
3) O primeiro deve saber amar.
4) O parceiro, também.

A confusão da relação
amorosa começa aí.
Se tudo fosse:
“Eu te amo. Você me ama?”
Resposta: “Amo!”, pronto,
tudo seria tão simples.
E foram felizes para o
resto da vida.

Mas, quando tal diálogo acontece
e duas pessoas percebem
que se amam,
tudo NÃO termina: aí, sim, começa.
Não está previsto em lei nenhuma
que duas pessoas que se amam
saibam ambas amar.
Normal são as duas pessoas
não saberem e se
curtirem assim mesmo.
O comum é um amar,
saber amar
(conhecer mesmo o amor)
e agüentar o rojão pela outra.

É que saber amar implica conhecer
uma porção de coisas
que o amor não sabe.
Saber amar é um mistério. Raro o
desvendador.
Saber amar é conhecer o amor,
e, por isso, implica conhecer uma
porção de coisas que o amor não sabe.

Saber olhar fundo no sentimento.
Saber a hora.
Quando os dois sabem amar,
a pele conversa de igual para igual,
a temperatura tem o mesmo calor,
o coração bate no
mesmo ritmo,
é música só ouvida por dois.
Você sabe amar, caro (a) leitor (a)?
Fica o lembrete para terminar:
Cuidado com quem ama!

Mas cuidado muito maior
com quem sabe amar!
A perda do amor de quem sabe
é mais irreparável ainda
que a perda do amor.
Dói muito, depois.
E cresce com o passar
do tempo.

Artur da Távola

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