segunda-feira, 21 de março de 2011

Agonizando no equilibrio

  Eu me sinto tentada, e me revolto. Estou disposta a me libertar de mim mas a prisão a qual quero um lugar está congestionada e não cabe mais.
Estou vivendo o ensaio sobre a cegueira e o ensaio sobre a lucidez está se distanciando a cada dia que nos aproximamos, estou cega e absolvida e o que quero é bater a sua porta e dizer "prenda-me".
      Do baú dos chás inventados eu pego o chá do sonho mais doce e misturo    um toque de limão, tomo uma caneca e fico fora de órbita decidindo se permaneço ou pulo da ponte do impossível. Estou apaixonada e a loucura não tem asas. Permaneço.
      Os ecos do Toc Toc já silenciaram e ainda assim ouço. Ouço porque estou sempre viajando nas asas da poesia mais simples. Me encho de todas as formas de Tédio e preciso de conteúdo, penso em você e quase não me controlo, sou    toda Romance e meu roteiro está agonizando no equilibrio.
   Você não está aqui. Fato. Então, idiota que sou, mergulho na inventada solidão e tomo um chá de amor, pego o homem duplicado na minha biblioteca imaginária e me lembro das duas faces de janeiro e das frias flores de abril.
      Agora, apenas mais uma do clã da casa de chá.    E em tom de conversa discutimos um lugar chamado liberdade e no exagero das palavras entramos no paraíso veloz do drama e do desejo, nas palavras noturnas somos beleza e tristeza. Sempre no extremo entre a mentira e a ironia.
      Entre o pouco e o nada, fico com o nada.
      São ecos que perturbam a minha cabeça. Como que aconteceu? Eu não sei. Quem vai dizer tchau? ou tornar real? Quem vai? Na direção do seu caminho eu vou.
      Estou na travessia de Eva expulsa do paraíso do "eu",    e é um milagre a luz que vem de ti traz tudo o que eu sempre quis. Caramba, estou aqui e tenho a pressa que nunca tive. Quanto terei que esperar?

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