segunda-feira, 14 de março de 2011

Ao meu ex-poeta


Todas as musicas ainda me tocam como se fosse o princípio de tudo e nada de mal não tivesse acontecido.

Dos meus dedos ainda saem poemas referentes a você, referentes a esse amor que depois de platônico nada foi...

Ainda sonho com os afagos que nunca existiram, e por hora me pego acreditando que você é em período integral aquele poeta, amante e sedutor, aquele amigo, companheiro e bom ouvinte, mas desperto e lembro que mais uma vez deixei-me ser levada pelas minhas inúteis idealizações.

Eu queria poder saber como vai você, como vai a sua vida, como vão seus planos, e o seu doutorado, e seus estudos, e seus livros e seu coração?...

Eu queria poder te ter mais uma vez em meus braços como um indefeso, e lhe protegeria mais uma vez. Eu queria gritar com seus medos, espantando-os um a um, e ver mais uma vez a admiração no brilho do seu olhar.




Eu poderia te esquecer, mas como sobreviveria sem seus cinco sorrisos? Como eu poderia ouvir 'Sapato Novo' sem lembrar do nosso amor, do meu amor? Como eu poderia ser eu mesma se não amasse você?

Eu queria ouvir elogios seus mais uma vez, ouvir de outros o quanto você me adora, e saber que isso é sincero.

Eu queria sentir seu cheiro, só hoje....

'[...]levo assim calado, de lado, do que sonhei um dia, como se a alegria recolhesse a mão pra não me alcançar[...]'

Que vontade que eu tenho de lhe pegar pelo braço e lhe obrigar a me amar, de pedir pra você parar com essa tortura, que pare, e volte....

Mas isso não faz parte de mim, então sigo levando a saudade de tudo o que um dia valeu a pena.

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