segunda-feira, 14 de março de 2011

Tem que valer a pena


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No mundo dos negócios, existe um cálculo chamado custo/benefício que deveria fazer parte do conteúdo programático que se aprende na escola, pra ser usado em todas as situações da vida. O interesse de todo mundo, obviamente, é se atirar a todos os prazeres sem a culpa do amanhã, sem pensar nas consequências. Só que para cada prazer costuma chegar, mais cedo ou mais tarde, a conta. Mesmo quando trata-se de coisas banais. Quantas vezes você ouviu de sua mãe pra sair da chuva porque iria ficar gripado e não ouviu? Dias depois lá estava sua mãe com o termômetro na mão, tirando a sua temperatura e lhe enchendo os ouvidos com aquele terrível chavão que todos nós ouvimos um dia: "Eu te avisei, não avisei?"
Quem não gosta de assistir um dvd se empanturrando de pipoca e chocolate? Só que depois, vc pode ter dores de barriga. É como comer o bolo quente ou tomar vento após o banho. Mas será que esse peso todo vale a pena? Será que a gente não se castiga mais ainda pensando no depois, e depois e depois, se na verdade nem sabemos se ele virá, se estaremos aqui em terra firme para presenciá-lo?
Exitem dias em que o mundo acorda pra concordar com você, pra fazer suas vontades: Você está rodeada de pessoas de quem gosta, a conversa está ótima, todo mundo já tomou uma dosesinha de álcool a mais, estão no ponto, rindo `a toa, desligados de tudo e vc, incrivelmente, não trabalha no dia seguinte.Mas há um trabalho da escola pra terminar. Como resistir à vontade de querer ficar mais e esquecer do trabalho, amanhã vc não trabalha mesmo, não é? Acaba optando por andar na linha e se despede de todos, cumprindo com o seu pacto com a razão e indo fazer o bendito trabalho. Chegando em casa, vc faz tudo de qualquer jeito, com a cabeça mais ocupada em imaginar à quantas anda a diversão de seus amigos do que em fazer bem o texto do seu trabalho. Vale a pena? O que se quer na vida é comer o bolo e concomitantemente guardar o bolo. Quem souber conciliar as duas coisas, por favor, me ensine.
Mas existem probelmas bem mais difíceis de serem resolvidos: é quando no jogo há uma coisinha que nos incomoda muito chamada sentimento. Você está com uma companhia legal, mas passando por um momento delicado. Ele é bonito, inteligente, bem humorado, mas o ciúme dele te irrita como nada nesse mundo. Você tem necessidade de ouvir coisas bonitas, que ele até diz de vez em nunca, mas não é o suficiente. Pois é exatmanente nessa hora que entra o custo/benefício. Vocês passam por bons momentos juntos, tem um papo legal, se entendem mesmo sendo de planetas diferentes. Mas parace que existe algo que separa vocês. É nessa hora que a gente tem que decidir se vale a pena continuar. Se você for em frente, pode deixar pra trás aquele amor antigo que está esperando uma oportunidade pra acordar, aquele alguém com quem você conversa e sabe que se apostasse numa relação, seria felicidade na certa, mas que tem outra pessoa ao lado, assim como você. Mas por acaso é justo abrir mão de viver saudáveis ilusões. É saudável o direito de sentir-se apaixonada, do coração que dispara em nome do am...r - em nome de que mesmo? Não. não vou usar aquela palavrinha. Logo eu que sempre fui tão decidida, agora vejo que o teu jeito confuso de ser, me confunde também. E me coloca bem ao seu ladinho, nos deixando na mesma posição.
Será paixão? Será necessidade quebrar o tédio com alguém que antes não fazia parte da sua rotina? Ou será que você apenas precisa de carinho, em doses moderadas e por tempo determinado. Será, será o que mesmo? Falei que você me confunde.
Difícil esse momento. Se envolver sendo sensata mas não tanto pra que a outra parte te sinta fria. Tambem não sendo tão quente a ponto de assustar. Antes de tomar qualquer decisão, seria bom racionar, ter dois pesos e duas medidas, colocar os pingos nos 'is'.Pra não se pensar que se está apaixonada sem estar, pra não alimentar esperanças que você sabe que não pode cumprir.Pra não deixar que essa necessidade vital de sentir-se desejada seja suficiente pra mudar os rumos da vida, pra não deixar que roubem o amor.-Ai , a palavrinha! Soltei!- pra não deixar que roubem o amor que há pouco tempo atrás você dignou ao nome de um certo alguém.
Não se pode, nem se deve, ser sensata o tempo todo, não finja ter um coração de pedra se você chora assistindo comercial de margarina e se a primavera ainda te deixa assim mais 'in love'. Mas quando a conta chegar, seja sim muito sensata e lembre-se que o importante é que ela seja paga com prazer .De preferência com prazer na mesma medida daquele de onde ela veio. E só se paga com prazer assim, aquilo que valeu de verdade.
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