segunda-feira, 4 de abril de 2011

Como Funcionam os Adolescentes

Como Funcionam os Adolescentes
No fim do dia nossos pais dormem cansados; seja de trabalhar, de andar, de nos aturar e às vezes, até mesmo de festejar. Eles deitam pensando que seus filhos dormem com a mente tranqüila, e acordam dizendo que como “crianças” não temos com o que se preocupar. Sem querer desmerecer o trabalho de ninguém, porém, ser uma “criança” é tão difícil quanto fazer qualquer outra coisa. Tudo bem entendo que as conseqüências de um trabalho mal feito depois de certa idade maior do que as conseqüências dos
problemas que encaramos em nossa juventude, mas dizer que só porque não é tão sério que é capaz de deixar uma família inteira na rua - como é o trabalho dos pais -, é um tanto quanto infantil na parte deles. Eles já deveriam ter noção de que não é porque o problema é de um adolescente que o problema em si não seja importante.
Sempre quis sabe como adultos classificam o nível de importância de um problema. Será que tudo que basta para um problema ser mais importante do que outro é a idade das pessoas que sofrem o problema? Isso significa que a dor no dedo de qualquer adulto é mais importante do que quando seu filho chora e chora porque ele perdeu o – suposto - amor da sua vida? Sim, existem alguns adultos aqui e ali que tem noção do que sentimos, mas na maioria da cabeça dos adultos passaria a seguinte frase: “Qual é a chance de que aquele(a) fosse o garoto com quem ela iria se casar?” Eu quero saber exatamente, qual é a chance? E também gostaria de saber qual é a chance de que uma mulher ou um homem na vida de um adulto ser a pessoa com quem ele iria se casar se nada tivesse dado errado? Não vejo nada que impeça que uma pessoa seja “aquela pessoa” na vida de um adolescente, um adulto, ou até mesmo uma criança. Não existe essa história que diz que crianças ou adolescentes não podem amar, até porque, quando crianças, nós amamos mais coisas do que nunca.
Se algum adulto realmente ler esse texto, vai pensar: “Isso é o que acontece com todo adolescente” e sim, isso é verdade, a maioria dos adolescentes pensaria isso mesmo, ou pelo menos algo parecido, mas isso não significa que não seja verdade e simplesmente ignorar isso seria um ato tão deprimente quanto achar que seu problema é maior do que o de outra pessoa.
A verdade é a seguinte: Adolescentes conseguem perceber com mais facilidade os atos infantis, e com isso agir mais maduros que muitos adultos e ainda assim o adolescente consegue ser criança, essa é a graça e a beleza de ser um adolescente, a capacidade refletir os problemas sem ter a mente fechada com a velha “opinião formada sobre tudo” que os adultos têm e ainda assim, agir com responsabilidade (ou pelo menos tentamos) e maturidade para enfrentar os problemas, diferentemente de pequenas crianças. Tenho orgulho de ser adolescente, não vejo problema em ser infantil se também tenho a capacidade de encarar problemas com seriedade e maturidade.

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