Nunca
bloquiei meus sentimentos, nunca os impedi de ganharem vida e nem mesmo
responderem por alguns atos. Sempre pensei que não poderia impedir
qualquer reação do meu coração e assim fiz até hoje.
Quando
senti vontade de chorar, não econimizei lágrimas, chorei sozinha, no
colo de algum amigo. Chorei entre a multidão, ou, trancada no meu
quarto, que até hoje é o lugar que eu me sinto melhor.
Quando
tive que sorrir, sorri exageradamente. Sorri de coisas idiotas, de
piadas sem graça, de algum mico e até de mim mesma. Sorrir me faz tão
bem, que necessito sempre de alguém de bom humor por perto.
Quando
necessitei perdoar, perdoei. Joguei fora todo o orgulho, toda a mágoa e
todo o receio que algo voltasse. Julguei sim, mas reconheci que todos
nós erramos e todos necessitamos de uma outra chance.
Quando
precisei voltar, voltei. Muitas vezes o medo de caminhar sozinha por
lugares desconhecidos me fez refletir que não chegaria a lugar algum só.
Por isso, bem acompanhada por mim e mal acompanhado por outros eu fui
em busca da minha felicidade.
Quando
tive que dizer não, eu disse. Neguei muitas coisas, preenchi muitas
linhas da minha história com "nãos" e não me arrependi de negar o que eu
não queria e de ver o desgosto nos olhos alheios.
Quando
eu tive que partir, eu parti. Não olhei pra trás, não joguei uma
lágrima fora e fiz de toda a angustia um caminho de força. Lutei, caí,
levantei, consegui. Acreditei em mim sozinha e festejei sozinha os meus
objetivos alcançados.
Afinal,
para que bloquear algum sentimento se em minha vida tenho como regra
principal sentir? Sentir a chuva no rosto, o calor do sol, o ritmo da
música, a força das palavras, a dor da perda, a saudade do ontem, a
aflição do tempo, a coragem de libertar os sentimentos, sem medo de que
eles não voltem, ou, que não sejam reais.
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