Quando
vejo-me frente a frente com uma folha em branco, eu penso muito com o
que preencher ela. Penso em escrever sobre momentos felizes, mas estes
eu nunca consigo descrever. É incrível, mas momentos assim eu vivo com
tanta intensidade que acabo não conseguindo traduzir eles em palavras.
O
que me resta escrever é sobre meus sentimentos, dentre eles os meus
medos que gritam dentro de mim, as minhas agonias que horas e horas se
revoltam, as minhas tristezas que estão sempre a soluçar, meus
arrependimentos que por vez não me deixam sozinhos, minhas indecisões
que não sabem viver sem mim e meu amor que sempre parece ser o mais
intenso.
As
palavras me encantam e sempre fizeram parte da minha vida, sempre me
senti melhor com elas, muitas vezes preferencialmente a sós. Elas sabem
exatamente os momentos certos que precisam ir ao ar, sabem que sua
presença me fazem um bem enorme, mesmo que muitas vezes elas sejam
assim, apenas um desabafo.
Quando
comecei a escrever, nunca imaginei que um dia teria tantas histórias,
tantas palavras para chamar de minhas, para registrar com meu nome e ser
conhecida por quem nem ao menos me conhece.
Minhas
palavras são o meu orgulho e eu nunca as apago, o que escrevi ficou
arquivado em um lugar que não tem como modificar, apagar ou esquecer.
Enfim,
sempre escrevo para amenizar uma cicatriz, para secar uma lágrima, para
esquecer uma mágoa, para acariciar um amor e para tirar do meu coração
tudo aquilo que ele não suporta mais carregar.
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