terça-feira, 10 de julho de 2012

Palavras livres

Segredos tão bem guardados entre pedaços de papel.
Rabiscos transbordam sentimentos até a última letra,
nada mais do que letras sufocadas pedindo liberdade.
Liberdade para sentir, para agir, para transpor batimentos.
A cada clique acelerado os meus dedos iam deixando
no papel parte de mim, parte do que sou, do que era,
de onde quero chegar, o que sonho e o que sinto.
Minhas palavras tomavam traços perfeitos, 
que horas e outras eu desconfiava não serem minhas,
mas eram minhas, eu estava em cada estrofe,
em cada rima, tudo exalava eu, somente eu.
Palavras perdidas achavam seu lugar,
palavras de amor suspiravam a cada toque,
palavras de dor inundavam o papel com suas lágrimas,
palavras de alegria chamavam atenção com sua euforia.
Não conseguia limitar as linhas, tudo tomava um rumo desconhecido.
Algo pedia para eu parar, mas meus dedos
seguiam o mesmo ritmo, sem que ninguém os impedissem.
Eu escrevia para mim, para vocês, para ele,
eu escrevia para o mundo, para aqueles que não conseguem ler,
 para meus admiradores, para os anônimos , 
para quem não sabe que eu sinto.
Assim, entre linhas sem fins, de tantas formas raras,
 eu continuarei sempre libertando palavras.

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