Sempre
tive uma opinião muito bem formada sobre esses dois tão confusos e
complexos sentimentos. Para mim vivemos o amor somente uma vez, enquanto
a paixão temos a oportunidade de encontrar a cada novo dia.
Defendia minha opinião e
sempre desejei ter um amor pra vida toda, do que ser refém de paixões
dolorosas. Sem querer entender o que cada um achava a respeito e
principalmente o que os outros sentiam.
Cheguei a me perguntar,
se por acaso eu já havia amado uma vez, não teria a oportunidade de amar
novamente sem ser a mesma pessoa? Fiquei revoltada com minha própria
pergunta, ao ponto de escutar outros corações além do meu.
Então me dei conta que a
maioria dos meus textos e poemas transbordavam paixões. Daquelas
paixões que doem sim, mas que me inspiraram muitas palavras lindas e que
marcaram minha vida. Paixões que ficaram distantes, que acabaram com os
dias, mas não deixando de serem bons sentimentos.
Novamente me perguntei.
Será que eu já amei? Fiquei por minutos entre cada palavra da minha
pergunta e por fim veio a resposta. Já sim, eu já amei, ou melhor, eu
amo. Tenho comigo o meu amor, um sentimento que a todo o momento se
renova com a esperança de ser o grande causador dos meus sorrisos. Um
sentimento puro, que alegra minhas noites, que é a inspiração de outros
poemas e faz minha vida não ser tão escura como muitas paixões fizeram
ser.
Hoje, prefiro a calmaria
do amor, o silêncio romântico das suas palavras e a maneira tão simples
que podemos senti-lo sem nos cobrarmos tanto se der certo, ou não.
A paixão tem sim seu
lado bom. É aquele sentimento que te impulsiona a viver o agora, que não
faz muitos planos e nem se importa com o que vai acontecer amanhã. A
paixão te faz suspirar em dias nublados, te faz cantar sozinha na rua e
te deixa fora de uma realidade dolorosa, que nem tudo são flores, ou
seja, nem toda a beleza que vemos quando estamos apaixonados existe.
Por fim, acredito que uma paixão vire um amor.
Mas e o amor, é capaz de se transformar em paixão?
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