sábado, 19 de março de 2011


"Às vezes é preciso dormir, dormir muito.
Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos.
Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada
sabe quão difícil é engolir a vida.
Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente.
Inteira."


Hoje eu quero bem pouco e prefiro me concentrar
no agora do que planejar um futuro incerto.
Eu me libertei da culpa e dei de cara com algo novo:
não me encaixo, e aceito.
Não é justo perder as asas no momento em que se descobre tê-las.
É preciso poder voar, é preciso
ter uma visão estratégica das janelas.
Ver o sol e não poder tê-lo é absurdo.
Então eu deixo algumas coisas passarem
incompletas porque tenho consciência de que certas
palavras ainda não têm tradução.
Por mais que eu grite, vai ter quem não entenda, não aceite.
O que eu não aceito é ter nascido num mundo
tão grande e conhecer só uma pequena parte.
Vou voar.Quem conseguir compreender, que me acompanhe.

"Regras não servem pra mim.
Não tenho vocação pra bailarina,
tenho fobia de linha reta, tenho o corpo livre,
o espírito solto, sou do mundo, das pessoas, das conquistas,
das novidades, vou construindo fatos e lembranças nas esquinas.
A vida que tem lá fora gritou e eu não ouvi.
Agora me movo a passos curtos,
ziguezagueando por entre mudas
de flores recentes que querem ser botão.
Eu quero ser flor:
quero terra viva que se mova e me faça mover."

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