quarta-feira, 9 de março de 2011

Vida Fútil e vazia..


É como se fosse um vazio enorme. É como se fosse uma construção abandonada. É como se fosse uma desconstrução. É como se tudo que eu tivera feito até aqui não significasse nem uma parte dos sonhos que sonhei. É como se os sonhos não tivessem significado e eu os tivesse adiando ou desistindo de realizá-los. É como se a angústia fosse tão grande que os olhos traduzem um nó na garganta. É como se eu tocasse a vida apenas por obrigação de viver. É como se a vida fosse apenas para prestar contas a alguém. É como se alguém não fizesse conta da conta que acho que devo prestar. É como se eu falasse sozinho. É como se alguém ouvisse, mas sem dizer nada. É como se a multidão não me enxergasse. É como se viver fosse apenas uma rotina idiota que se completa no cansaço e na sensação de não ter feito nada. É como se cada músculo parasse de trabalhar. É como se cada junta soasse em dores que me atormentam sem que eu saiba porque. É como se o sono desaparecesse e o dia nunca nascesse novamente. É como se todo amor que já amei não tivesse significado nada. É como não sentir-se amado. É como se ninguém conseguisse enxergar o que eu vejo. É como se toda força que faço não me movesse do lugar. É como se todos os sentidos não sentissem. É como se nenhuma cor existisse. É como se a noite fosse apenas escuridão. É como se tudo fosse sem significado. É como se os significados não se traduzissem em palavras. É como se as palavras não traduzissem os sentimentos. É como se eu estivesse me vendo de fora, apenas assistindo sem poder fazer nada pra mudar este vazio que me tomou conta. É como se fosse uma construção abandonada… tentando uma reconstrução… das cinzas de um fogo que foi apagado com as lágrimas que surgiram dos olhos de quem pensava ter apenas obrigação de viver… mas que desta vez não vai se preocupar em prestar contas nem dos sonhos e nem de nada.

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