terça-feira, 10 de julho de 2012

De onde venhu

Venho de um lugar simples, onde toda a manhã eu era acordada ao som de pássaros vibrando o novo dia. Onde o cheiro do café com leite, era a essência principal para perfumar meus planos.

Venho da sincronia exata entre o querer e o não querer. Das dúvidas mais cruéis que alguém pode sentir. Venho da mistura do medo e coragem e das várias fases que não suportei passar sozinha.

Venho do belo amor de um casal que fez de suas diferenças, algo pouco relativo a tudo que iriam viver juntos. Venho de uma educação forte, com poucas regras, mas com princípios fundamentais para que eu me tornasse quem sou hoje.

Venho de algumas palavras mal escritas, de alguns sentimentos não entendidos e de uma felicidade pouco vista. Venho de uma forma não exata, para que assim poucos consigam me entender.

Venho da fé, da força e persistência que sempre esteve comigo. Venho lá de um tempo que o que hoje é comum, antes era raro e estranho aos olhos alheios. Que o que ontem era feio, hoje é bonito.

Venho de um outubro repleto de flores perfumadas, de uma primavera reluzente de cores e brilhos e de cartas enviadas a moda antiga. Não que eu me sinta uma antiga, mas o tempo que nasci, era melhor que o de hoje.

Venho de cada amigo que conheci durante todo esse tempo. Venho da personalidade forte de uns, misturado com a fragilidade de outros. Onde a sinceridade era o principal elo de uma amizade.

Hoje agradeço de onde vim, por ter me tornado esse alguém que não sabe onde irá amanhã, mas que tem a certeza que de onde veio, poderia a qualquer momento voltar, com saudades, boas lembranças e uma bagagem lotada de felicidade.

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