quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ilusões de mulher



Ando buscando a sobriedade,
Nas mais insanas realidades.
Acabo me perdendo em razões ilusórias
E me remetendo a um ser sem história.
Sem histórias, sem realidade.
Afogada nas ilusões do mundo real.
Redescubro-me a cada instante,
Um ser sóbrio, sombrio,
Menina triste e crescida, mulher fatal.

Depressão Mórbida.
Eu vaguei por esse mundo profano,
Em todas as suas ruas.
Nele fui o alfa, fui o ômega,
Não estava nem ai para o opio.
Eu tinha tudo em minhas mãos
Até que a vida resolveu me ferir.
Tirou toda a minha felicidade.
A minha alma só sente um
Grande peso aflito,
Que nem me permite ter magoas.
Por vezes tentei me esconder
Nas nuvens negras do céu.
Fiquei sufocado na mórbida
Oscilação de grandes oceanos,
E ainda estou aqui...

Carrego uma maldição
Que nem o sofrimento de uma vida inteira
Pode me poupar.

Sinto que estou sendo vigiado
Pelos olhos do diabo.
E que só o amor não pode me tirar desse martírio
Que chamam de vida.
Se bem que a minha vida já está por fim
Já sinto um clarão ardente me tirando a visão.

Não há mais tempo para
Os meus desejos insanos.
Assim muita gente já morreu.
No silencio mortal da depressão.
Sendo crucificado, sem poder disfarçar ou afogar.
A minha dor.

Talvez o longo encontro com a paz,
Ainda me traga esperanças.
Meu terror, minha lamuria,
Meu suplicio.
Levam a minha alma
Ao imortal desconhecido,
Mas a maldição não acaba por aqui.

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