segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jogo de Xadrez


Eu senti saudade dele.
Mas não é um ele ele, não...
É aquele ele que você fala tudo e pergunta tudo, mas na verdade não sabe de nada.
Aquele ele que você brinca e conversa de jeito subjetivo e tem resenhas internas, mas na verdade nada é interno.
E por isso é bom.
Não tem esperança, nem expectativa. Só a certeza de um bom jogo de xadrez de vez em quando.
Ele passa com cheiro bom e você pode elogiar segura que ele não vai deduzir do jeito errado. Ele tá com cheiro bom. E só.
Aquele que você fez um texto pensando na sua expressão, mas o texto não era pra ele... Era da expressão dele. E só.
Adoro esse 'e só' que mantem tudo simples e nos trilhos. Mas, ao mesmo tempo te dá um certeza que pouco desse jeito pode ser muito porque pode ser pra sempre.
Pra sempre o que eu digo tudo, pergunto tudo e nao sei nada. E isso tranquiliza.
Posso tomar café, coca-cola, vinho. Dar tapa, beijo, sexo.
Posso dar tudo e nada. E só.
A chance de abrir a mente, o coração, a boca, as pernas e ainda assim permanecer intacta é quase mágica.
Experiências em comum, músicas, amigos e só.
Chamo de interesseiro e tarado daqui. Me chama de memória de elefante e anormal de lá.
Só porque você é mimado e apressado. Só porque eu tenho boa memória e não gosto de beijo molhado.
E só.
Sempre perto pra mostrar que não esqueceu "Ei, eu to aqui! Firme e forte e beijos e abraços e amassos pra quando você quiser". E eu quero.
Distancias periodicas acontecem, mas depois volta. Sempre volta.
E hoje... Hoje eu senti saudade dele.
Quase liguei, mas percebi que foi uma coisa tão rara e tão gostosa e tão tão que me permiti sentir mais um pouco... Até que passou.
Assim como ele vem e vai, a saudade fez jus ao dono.
E foi bom... Não sabia se ainda era capaz de sentir isso!
Mas, como tudo em relação a ele... Ela veio, foi embora.
E só.

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