segunda-feira, 14 de março de 2011

[.Castelos de sonhos.]




Nossas vidas são construídas de sonhos, ou talvez de coisas concretas. Tem gente que ama pelo valor material, pelos benefícios e proveitos que o amor pode trazer, tem gente que não sabe amar, tem gente que não quer aprender e tem gente em falta para ensinar. Tem gente que não acredita em amor a primeira vista, em amor eterno ou em alma gêmea. Tem gente que vê o amor como uma convenção social, deve-se sempre se sair como o mais favorecido por todos os lados. E assim, entre definições sem nexo, o amor vai se moldando ao mundo de ilusões, desigualdades, e paradoxos em que vivemos e construímos nossos castelos, uns muito bem construídos, com tudo do bom e do melhor, todo o conforto disponível e toda futilidade indispensável, tudo dentro da formalidade barata que compramos junto com nossos cartões de crédito, mas ocos e sem essência. E existem castelos de areia, frágeis e delicados, que se despedem do mundo logo que a primeira ventania dá os primeiros sopros e passa levando embora a fragilidade da falta de alicerces, a eles falta consistência. E existem castelos fortes, não feitos de pedra, nem feitos de areia, mas feito sob alicerces que não se encontram á venda, artefatos que só dispõe quem conhece a real definição do que é, hoje, tão distorcido: Ama-se e deixa-se de amar com a facilidade que colocamos nosso lixo nas ruas todos os dias. Os castelos fortes de verdade, não desmoronam nem mesmo com as ventanias mais brutais. Os castelos de verdade, na chuva ou no sol continuam com a mesma firmeza que ostentavam na primeira semana após serem construídos. E os alicerces que os sustentam não perdem o vigor com o passar dos dias não enfraquecem e nem sofrem nenhum tipo de abalo. As paredes não racham, a pintura não descasca, as janelas de ferro não enferrujam, as fechaduras não emperram, a caixa d’água está sempre cheia e a fiação elétrica está sempre em perfeito estado. Porque a massa corrida usada nas paredes é feita de confiança, a tinta da pintura é feita de companheirismo, as janelas de ferro envernizadas de esperança; a fechadura de fidelidade, a caixa d’água é feita de fé e a fiação elétrica transporta ondas de positividade que contagiam todo o ambiente. E o mais curioso dos castelos fortes, é o detalhe da porta da frente estar sempre aberta, todos podem entrar; ninguém é barrado, o soldado que faz a vigia é a justiça, não há desigualdade dentro dos castelos fortes, entra quem quiser e poucos saem sem algo mudado no interior. A porta da frente está sempre aberta porque o amor é quem a mantém assim. E o segredo dos castelos fortes é colocar toda a família do amor no projeto, desde a planta ao castelo propriamente dito. Nós somos senhores de nossos destinos, e construímos nossos castelos da maneira que decidimos e achamos melhor. Mas há controvérsias. Se nos perguntassem que tipo de castelo construímos ou pretendemos construir; nossa resposta seria unânime: Todos nós responderíamos pelos castelos mais fortes. E a maioria de nós acredita plenamente que é isso que se está fazendo. Mas nem sempre estamos com essa bola toda. E aí entra em cena, um engano fatal: Os falsos castelos,que muitos de nós construímos pensando construir castelos fortes de verdade. Mas porque falsos castelos? Porque não cultivamos genuinamente a família do amor, no interior de nós e não colocamos essa família como reflexo de nossas atitudes. E então descobrimos que poucos castelos permanecem em pé. Os castelos que construímos são como nossos sentimos, são construídos pelos nossos sentimentos. E são nossa morada. Castelos falsos são sentimentos que passam, que não permanecem, que não são verdadeiros. Castelos fortes pertencem ao melhores corações e aos mais raros donos. Conservam além da maior realeza, o segredo da felicidade e de uma vida verdadeiramente digna deste título. Castelos fortes, são daqueles que amam de verdade, que ensinam a amar que não olham a quem amam pela cor, pela classe social ou pela orientação sexual. São daqueles que ainda fazem desse mundo um lugar onde o amor consegue vencer todos os obstáculos que o querem sufocar e se faz presente em cada raio de sol a iluminar um canto do mundo, em cada mão estendida para o bem. Agora eu te pergunto. Qual castelo é o seu? Qual castelo você quer construir daqui em diante que tipo de engenheiro civil você é? Diplomados ou não, todos nós sabemos como construir castelos fortes e fazer desse mundo um lugar onde ainda pode-se acreditar, viver em paz, e um lugar de verdades consistentes e não de invenções sem sentido. Um lugar de amor e não de dor, um mundo de verdade e não de ilusões de castelos perdidos entre verdades inventadas.

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