quinta-feira, 28 de junho de 2012



Era uma vez uma princesa de cabelos negros e olhos sonhadores.
Era uma vez um príncipe com barba por fazer e sorriso que derretia icebergs.
A linda princesa esperava pelo príncipe segurando a barra do vestido de fita. Ele chegava no seu carro vermelho, a tomava nos braços e beijava docemente sua testa. Olhos se cruzavam. Bocas se entrelaçavam e braços se confundiam.
O príncipe contornava sua princesa só com o seu olhar. Ela dançava por entre os girassóis e ele sorria ao ver sua pele morena contrastando com o amarelo da flor. Sentia-se rei por ser dono de toda aquela extensão de pele, cabelos e sorrisos.
Ela deitava na grama e ele também. Juntos descobriam novos desenhos nas nuvens, ela assoprava um dente de leão e outra nuvem se formava. E ela dizia: essa é minha!
E no macio da relva, a barba dele tocava a pele lisa dela, ela se arrepiava e isso pra ele era um 'eu aceito'. Aceito ser sua.
E os corpos são invadidos pelo desejo que é consumado. Lenta e deliciosamente.

E você aí achou que isso era um conto de fadas, né? Desde quando princesas usam vestido de chita e príncipes chegam de carro vermelho?
Os personagens dessa história trocam o vestido de plumas e cetim e o cavalo branco por uma história sem final feliz. Feliz é o agora.

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